De tempos em tempos alguém sempre tenta forçar a falência da Nintendo, pregando que ela não é mais a mesma, que o Wii U é um fracasso e coisas do tipo.
Não é segredo para ninguém que o Wii U não tem o mesmo sucesso comercial que seu antecessor, o Wii, teve. Primeiro console da geração atual a ser lançado, ele parece não “ter engrenado” nas vendas, mas, diferentemente de seu parente mais velho que, apesar de grandes jogos terem sido lançados para ele, sofria por ter, geralmente, conversões ruins (vide os jogos da série Need for Speed, excetuando apenas Nitro, que era um ótimo game), ou mesmo por não ter conversões para o sistema, o Wii U tem, sim, em seu catálogo, ótimos títulos em seu período de vida, além dos produzidos pela casa do Mario, como Injustice: Gods Among Us, alguns jogos da série Assassin’s Creed, Deus EX, além, é claro, de Bayonetta 2, título outrora lançado para os consoles concorrentes cuja sequência figura exclusivamente para o console da Big N. E a lista segue, mostrando que, apesar de qualquer coisa, o Wii U conseguiu ampliar o leque e possibilidades da empresa, uma vez que o Wii era, assumidamente, inferior aos seus pares, tendo percorrido um caminho diferente dos demais.
Diferente também é lançar os olhos sobre o outro caminho percorrido pela empresa de Kyoto, onde tudo parece, desculpem a redundância, diferente. Os portáteis da Nintendo nunca tiveram os mesmos problemas que seus consoles de mesa e, apesar destes não terem uma gama de séries e novas IPs de terceiras, o 3DS, por exemplo, recebe novos títulos com frequência, muito é claro, pelas vendas expressivas, o que acaba convencendo as produtoras a investirem no pequeno, uma vez que há um grande mercado a ser explorado.
Mas...
Mas confesso que não sabia o que esperar, principalmente porque os últimos tempos pareciam um tanto quanto mornos para a Nintendo. E, então, veio a notícia da morte de seu presidente, Satoru Iwata. Era óbvio que a empresa passaria por mudanças, como qualquer outra que perdesse seu frontman. Foi então que antigas possibilidades foram ganhando força até o ponto em que a Nintendo fechou parceria para produzir jogos para dispositivos móveis. Nesse período foi lançado Miitomo, que mereceu um texto aqui no Vão Jogar!, mas que logo esfriou.
Mas eis que Pokémon GO foi anunciado, intrigando todo mundo sobre como funcionaria. Teve até aquele vídeo de uma batalha contra o Mewtwo.
E a febre que nunca passou continua...
E Pokémon GO foi lançado, batendo recordes de download, sendo o aplicativo mais usado em países como Estados Unidos e Inglaterra, mostrando que ainda hoje, passado décadas desde o primeiro jogo da série ter sido lançado para o Gameboy, todos ainda querem pegar os pokémons.
E não demorou para coisas bizarras acontecerem, como o caso do homem que capturou um Pokémon enquanto sua esposa dava a luz ao filho do casal, ou que pessoas invadiram uma delegacia à procura dos monstros de bolso e até um homem na Nova Zelândia que deixou o emprego para se dedicar ao jogo.
Mas nada demonstra mais a popularidade de Pokémon GO do que a "brincadeira" feita na campanha para a presidência dos Estados Unidos, onde Donald Trump captura sua concorrente, Hillary Clinton, com sua pokébola, tendo ainda uma breve descrição sobre sua nova captura: "Costuma ser vista mentindo ao povo americano, burlando o sistema e compartilhando emails secretos”. Isso, é claro, sem deixar de mencionar que a “evolução” da candidata seria “desempregada”.
Por fim, Pokémon acaba sendo, novamente, um grande chamariz, por ser um grande sucesso nos portáteis da Nintendo e que aporta esse mesmo sucesso nos celulares. Agora, só resta esperar a febre também chegar ao Brasil...
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