Ontem rolou o primeiro dia da BGS 2015, onde a imprensa especializada, incluindo grandes nomes como Vão Jogar! e Gamer Caduco (hwa), e a galera que pagou a mais por isso, pôde desfrutar das novidades do mundo dos jogos. E apesar de pouquíssimas grandes novidades, foi um dia bem legal.
Sem muitos rodeios, o grande destaque da feira esse ano, pelo menos para boa parte do público, é Street Fighter V, título exclusivo para PS4 e PC. O extremamente simpático Yoshinori Ono, produtor da série desde Street Fighter III, esteve na feira para anunciar o novo personagem do jogo, a brasileira Laura.
Sim, todos já estavam sabendo da personagem por conta do vazamento de informações que rolou nos últimos dias, mas eles souberam levar a situação com bom humor na apresentação. Ono pediu para que todos esquecessem o que viram nos últimos dias e fez a apresentação da personagem como se fosse novidade, onde inclusive antes fez uma brincadeira onde era questionado se o novo personagem não seria Blanka, Sean ou... Blana!
Pois é, depois de uma apresentação tão carismática, que terminou com a famosa foto de todos fazendo um Shorryuken, as estações de SF5 já estavam com a personagem liberada ao público pela primeira vez no mundo, seguindo o mesmo esquema que fizeram com o anúncio de Zangief na Rússia. Mas antes de falar de Laura, deixe-me falar sobre as minhas primeiras impressões a respeito de Street Fighter V... QUE JOGO FODA!
Apesar das minhas brincadeiras com relação a Killer Instinct, é difícil colocar qualquer outro jogo de luta no mesmo patamar da série, sendo que muito poucos conseguiram chegar no mesmo nível de técnica, acessibilidade e diversão. E Street Fighter IV já tinha conseguido ser um excelente jogo, apesar da reclamação de algumas pessoas, mas eu acho que SF5 foi além. De uma forma parecida com que o próprio Ono fez em SF3, esse novo episódio da série rompe um pouco com o título anterior.
A jogabilidade segue a mesma base de sempre, salvo que agora praticamente não existem mais golpes carregados, tudo é resolvido na base de meia-lua ou no infame "Z", o que pode gerar um pouco de estranheza ao jogar com certos personagens, o que foi o meu caso com o Birdie por exemplo. Existem uma série de outras novidades mais técnicas, como movimentos de "parry", por exemplo, mas que eu nem vou arriscar muito entrar em detalhes, porque não sou nenhum expert em jogos de luta, só gosto mesmo. Mas o que eles mais acertaram em cheio, foi na famosa sensação de impacto dos golpes. Sabe quando você toma uma porrada mais em cheio e faz até uma careta como quem diz "hum, isso deve ter doido"? Pois é, essa Street está bem com essa pegada.
A respeito dos personagens, não cheguei a jogar com todos, mas deu para ter uma ideia geral. Ken por exemplo está bem diferente, com alguns golpes acionados de outras formas e até mesmo que funcionam de outro modo. Definitivamente ele se tornou um personagem completamente a parte de Ryu, o que muda um pouco o jeito de se jogar, mas continua igualmente prazeroso. Cammy também está muito boa, e talvez foi a que senti menos mudanças na jogabilidade, assim como Zangief, que me garantiu uma das poucas vitórias contra o Caduco (estou acumulando muitas derrotas pra esse menino, rzs), bem diferente de Birdie, que eu não consegui fazer muita coisa.
Dos novatos, joguei com o árabe Rashid, que confesso não ter gostado muito, o cabeludo Necalli, que parece ser bem interessante, é bem mais ágil do que aparenta, mas requer um certo tempo para se adaptar, e claro, a brasileira Laura. Questões peitorais a parte, confesso que quando vazaram as informações sobre ela não parecia muito o tipo de personagem que eu iria gostar de jogar, mas não foi bem assim. Laura tem golpes totalmente baseados em socos, com um golpe inclusive parecido com o agarrão aéreo da veterana Rose, além de ser muito ágil e se recuperar de golpes rapidamente. Está aprovada a garota.
Mas nem só de Street Fighter vive a BGS. Também pude jogar um pouco de Rise Of The Tomb Raider, exclusivo inicialmente para Xbox One, em uma demonstração a portas fechadas. Não sei porque, apesar dessa nova fase de Lara Croft estar anos luz a frente da antiga, ainda não é um jogo que me chama muita a atenção, mas é inegável o quanto este novo episódio está bem feito. Visualmente ele é muito bonito e detalhado e a animação de Lara está perfeita. No mais, baseado no muito pouco que joguei do título anterior, acho que está na mesma levada, e com certeza se você gostou de Tomb Raider, vai gostar de Rise Of The Tomb Raider.
Com algumas estações tímidas no estande da Microsoft, uma das coisas que eu mais me diverti jogando, ao lado do Caduco, foi sem dúvidas Cuphead, aquele jogo baseado em animações antigas, para Xbox One. Haviam várias batalhas contra chefe disponíveis, em um estilo meio Contra, e deu para ver que esse é o tipo de jogo que vai agradar muito a galera que curte um desafio, porque ele é bem difícil. Tudo bem, que por ser uma demonstração, não estávamos com melhorias e tudo mais nos personagens, mas tem muito uma pegada de jogo antigo, onde entender o padrão de ataque dos chefes é essencial. É o tipo do jogo que te suga em um vortex temporal e que eu compraria sem dúvidas se tivesse um XOne.
No mais, eu dei uma olhada em algumas poucas coisas indies, que eu irei dar uma atenção maior nos próximos dias, e jogar alguns jogos já lançados que no momento eu não tenho como jogar, como Batman Arkham Knight e Metal Gear Solid V. Também vi o Caduco ser tietado e dançar Pump It Up, que eu documentei em vídeo e mostro para vocês assim que tiver acesso a uma internet mais rápida que o meu 3G.
Já sobre o evento, não tive do que reclamar. Por ser um dia dedicado a imprensa e clientes vips, e por eu estar credenciado, a entrada foi muito rápida e nos estandes fui muito bem tratado pelo pessoal, até ganhamos um picolé de limão da Microsoft, que além de terem salvado a pátria, foram bem melhores que os pirulitos sem graça da Sony . Salvo algumas confusões com relação ao transporte oferecido entre o metrô e o Expo Center Norte, acho que a organização acertou bem.
Mas é notável o quão vazia de conteúdo ela está esse ano, principalmente quando você nota grandes espaços vazios entre os estandes, e o tamanho anormal que as áreas de fliperamas e museu de jogos receberam. Há sim muitas estações e títulos para jogar, coisas como Dark Souls III e Assassin’s Creed Syndicate estão lá, além de outros jogos menores, mas não sei se isso é o suficiente para atrair a atenção do grande público. Vamos ver como será hoje no primeiro o dia aberto a todos, mas prevejo que os poucos grandes títulos disponíveis serão muito disputados, gerando filas intermináveis e impedindo que as pessoas possam aproveitar o evento de maneira adequada. Não sei avaliar de quem é a culpa nesse caso, se da organização do evento que falhou em captar mais empresas, ou das empresas que vieram e não trouxeram tudo que podiam, mas é nítido que isso pode ser o calcanhar de Aquiles da feira esse ano.
Porém não desanimem, como eu disse, há muita coisa legal para ver por lá, então peguem o seu ingresso, uma boa dose de paciência para as filas e Vão Jogar!
* Revisado em 19/11/2016 às 02:21:03
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