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E3 2017: A desanimada apresentação da Eletronic Arts

Papo LivreE3 2017EA Play 2017

E nem foi por falta de conteúdo.

autor Rafael "Tchulanguero" Paes
datahora 11/06/2017 às 12:54:07   tagarelices 5

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E nem foi por falta de conteúdo.


Embora desde o ano passado a EA não participe mais da E3, quando ela passou a realizar o seu próprio evento, o EA Play, para nós que acompanhamos as coletivas pela internet não há nenhuma diferença em termos práticos, então podemos lidar como se fosse uma conferência normal de E3. E como qualquer conferência de E3, é normal ficar algum sentimento em relação às apresentações, como empolgação por algum jogo que esperamos muito ou tristeza por aquele título não ter dado as caras. No caso do EA Play 2017 o sentimento que ficou é apenas de desanimo.

Leia mais sobre a EA Play 2017:
E3 2017: Acompanhe a EA Play, apresentação da Eletronic Arts
E3 2017: A Way Out é a nova propriedade intelectual da EA, dos criadores de Brothers: A Tale of Two Sons
E3 2017: Anthem é o novo jogo da BioWare
E3 2017: Velozes e Furiosos, digo, Need for Speed Payback ganha trailer de jogabilidade
E3 2017: Star Wars Battlefront 2 é a renovação que os jogadores pediram para a série

Não entendam mal, dentro do que já era esperado até foi um bom conteúdo, mas você sabe que tem algo errado com uma apresentação quando o apresentador precisa se utilizar de algum subterfúgio para chamar a atenção do público, que não entendeu que a fala havia acabado e era hora de bater palmas. Sim, ocorreu exatamente isso durante a apresentação. Mas apesar da escolha duvidosa do formato, cheia da figuras ou nada carismáticas ou simplesmente que não sabiam apresentar mesmo, o conteúdo no geral foi bom, ainda que sem maiores surpresas.

Janina Gavankar
É Janina, sua entrada no palco com um monte de stormtroopers foi legal, mas estava difícil de acompanhar sua apresentação viu

Claro que como qualquer apresentação da EA, muito tempo foi dedicado aos jogos de esportes. Esse ano foram apresentados Madden NFL 18, FIFA 18 e NBA Live 18. Sinceramente eu não sei muito o que dizer a respeito do conteúdo de qualquer um dos três, uma vez que desde os 16-bits que eu não jogo algo do gênero com algum afinco, mas me chamou a atenção de como agora todos os jogos de esporte da EA tem algum tipo de modo história. Eu sei que isso não é nenhuma grande novidade para o gênero, mas eu como total leigo via as cutcenes e só sabia reconhecer de qual jogo era por alguma indicação na tela. É como se houvesse um estúdio interno especializado em criar dramas esportivos.

E sim, eu deixei Need for Speed Payback de fora da categoria esportes, ainda que automobilismo seja considerado atualmente como um esporte olímpico. Mas é que o novo jogo da série se inspirou tanto em Velozes e Furiosos, que assim como a série cinematográfica, o novo título resolveu que carros e corridas não são mais tão importantes, dando atenção mais a trama e a cenas exageradas de ação. Eu pessoalmente não gostei muito do que vi, fiquei com a impressão que a todo momento o jogador será interrompido por algum evento scripitado, tirando totalmente a dinâmica do que restou de corrida. Mesmo em títulos mais antigos, como Most Wanted, que também se apoiava em história e tinha (deliciosas) perseguições policiais, a coisa parecia fluir melhor e era possível escolher o momento de aproveitar cada aspecto. Mas claro, ainda é cedo para dizer algo de mais concreto, veremos quando o jogo for lançado.

Mario Kart 8
... por outro lado, é sempre bom lembrar que Mario Kart 8, uma das maiores surubas automobilísticas já feitas, um dia ganhou um prêmio de melhor jogo esportivo do ano, então talvez eu deva considerar Need for Speed Payback como esporte novamente.

Por outro lado, o selo EA Originals se mostrou mais uma vez uma das iniciativas mais interessantes da empresa nos últimos tempos. Depois de Unreveal e Fe, esse ano foi a vez de A Way Out, dos mesmos criadores de Brothers: A Tale of Two Sons. Ainda que não tenha sido mostrado muito, e nem seja a ideia mais original de todas, as mecânicas me pareceram interessantes o suficiente para que seja um jogo a se acompanhar, principalmente por ser totalmente voltado para o multiplayer cooperativo, em especial o local.

In the name of the Tsar - Arte Conceitual
Battlefield 1 também passou pela apresentação, trazendo o anúncio de novos mapas noturnos para o jogo e a apresentação da DLC In Name of the Tsar, além de todo um arco sobre como a EA se preocupa com o cenário competitivo de seus jogos.

Anthem, o novo jogo da BioWare que finalmente foi apresentado, me deixou um pouco com a "pulga atrás da orelha". Embora seja melhor esperar pelo que será mostrado na coletiva da Microsoft, ele me pareceu ter um design de personagens parecido demais com o de Mass Effect, o que é um bocado decepcionante, ainda mais depois que Andromeda, ainda que com suas qualidades, foi tão mais do mesmo. Será que junto ao estúdio que faz dramas esportivos, também tem um outro que cria personagens genéricos para jogos espaciais / futuristas?

E não é que é verdade? :P

E um dos jogos que mais recebeu atenção foi o já anunciado Star Wars Battlefront II, com um grande foco da EA em dizer como eles souberam ouvir as reclamações a respeito do título anterior feitas pela comunidade de jogadores, e se emprenharam em aplicar no desenvolvimento deste novo. Me pareceu um trabalho bem honesto, realmente fazendo as modificações necessárias e sem fazer aquele apelo barato à nostalgia, ainda mais quando falamos de uma franquia tão amada como Star Wars.

Star Wars: Galaxy of Heroes
A apresentação ainda passou mais um pouquinho por Star Wars, com o seu jogo mobile Star Wars: Galaxy of Heroes, que eu sinceramente não entendi o motivo de ter aparecido por ali além de simples propaganda, uma vez que não havia nada de novo a ser mostrado.

Ao contrário do que é bem comum de acontecer, o problema da apresentação da EA não estava em seu conteúdo, que se mostrou dentro do esperado e com surpresas interessantes, como A Way Out, mas em seu formato antiquado e burocrático. Eu entendo manter o formato tradicional, até para não se tornar algo muito díspar da E3, mas por outro lado, justamente pelo fato do EA Play não estar vinculado diretamente a feira é que se torna ainda mais necessário um novo formato. Mesmo a Nintendo, que é uma empresa extremamente tradicionalista e que continua vinculada a E3, já dispensou o formato tradicional há alguns anos, apostando em suas transmissões diretamente para a internet. Talvez seja a hora da EA aproveitar a sua independência e sair de uma vez da sombra da E3, para que em um futuro talvez consiga um evento próprio com maior relevância.

Vídeos dos jogos anunciados pela EA em sua apresentação


* Revisado em 13/06/2017 às 11:41:50

outras tags: A Way Out, Anthem, Madden NFL 18, NBA Live 18, Need for Speed Payback, Star Wars Battlefront II, Star Wars: Galaxy of Heroes e Battlefield 1: In the name of the Tsar (DLC)

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  • avatar de sucodelarAngela
    sucodelarAngela
    12/06/2017 às 13:57:38   localizacao São Luís - MA
    Bom, meu pitaco sobre o tal do Anthem: não é à toa que você achou muito parecido com Andromeda, a verdade é que estão usando Frostbite, que é a mesma engine que usaram no Mass Effect. Inclusive, foi um dos motivos de Mass Effect ter saído com a qualidade que saiu, já que as equipes da Bioware praticamente foram aprendendo a usar a engine enquanto produziam o jogo. E ao fim de Mass Effect, vários funcionários ainda se queixavam (e se queixam) do quanto é complicado trabalhar com essa engine e como ela deixa a desejar em alguns aspectos (animação facial é uma delas). Então, tá complicado a Bioware me convencer de que tudo vai ser lindo nesse jogo.

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      15/06/2017 às 03:54:56   localizacao Vespasiano - MG
      Ué, mas essa Frostbite não é a engine fodona da EA, cura de todos os males?
    • avatar de sucodelarAngela
      sucodelarAngela
      15/06/2017 às 13:22:03   localizacao São Luís - MA
      Pelo visto, foi só papo. Os funcionários que falaram da Frostbite (não quiseram se identificar) disse que ela é uma boa Engine pra jogos de ação e tiro, mas pra RPG foi ruim de trabalhar porque eles tiveram que criar procedimentos do zero na engine para as expressões faciais e até para o sistema de menus do jogo... por isso muita gente também reclamou dos menus de Mass Effect que não eram tão intuitivos... A geração de cenários e a parte do Mako Nomad foram as coisas que tranquilas de fazer, de resto, muita encrenca.
    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      16/06/2017 às 17:55:37   localizacao Vespasiano - MG
      Saquei. Mas já que você tocou no assunto, a pergunta que não quer calar é: vai ser de boa para fazer o Mako Kart? Hwa hwa hwa.
    • avatar de sucodelarAngela
      sucodelarAngela
      26/06/2017 às 08:26:22   localizacao São Luís - MA
      Pelo depoimento dos caras, seria perfeito pra fazer o Mako Kart, ahuahuhauhaua!

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