Bem vindo à Inquisition, o melhor Dragon Age já lançado!
Olha só, eu poderia chegar aqui e dizer apenas o que Inquisition é o melhor Dragon Age já lançado e eu já teria dito tudo que interessa saber sobre ele. No entanto, isso só se faz verdade para quem jogou a saga, o que não é a realidade de muita gente, então vou trocar em miúdos aqui o porquê dessa minha afirmação: Dragon AgeInquisition filtrou tudo que havia de bom nos seus dois antecessores, adicionou uma boa porção de novidade e temperou isso tudo com um enredo muito foda, já apurado pelo universo geral de Dragon Age. Colocando isso tudo em um forno pré-aquecido de hype e fascinação pela franquia, após 120 horas você finaliza essa DELÍCIA de jogo!
Já dei uma explanada geral aqui no site sobre os dois primeiros jogos da franquia: Dragon Age Origins e a luta da Heroína de Ferelden para vencer o arquidemônio e a 5ª podridão; e Dragon Age 2 com a jornada principal da Campeã de Kirkwall, que culmina nos eventos que levam a história do Inquisition adiante.
Após os eventos ocorridos no final de DA2, as relações diplomáticas entre magos e templários - há muito desgastadas - acabam por iniciar uma guerra de proporções gigantescas entre ambas as classes. Após muito caos e mortes, a dirigente da chantria, Divina Justinia, ordenou que os templários depusessem suas armas, no entanto, eles recusaram e declararam sua independência, e assim tudo piorou. Em uma última tentativa de alcançar a paz, a Divina intimou os líderes dos magos e dos templários para um conclave em solo neutro, para que conversassem pela primeira vez em busca de uma resolução para a guerra. E é assim que se inicia este grande jogo. Para saber o que acontece, quem é você no meio dessa bagunça e como tudo se resolve, aí só jogando, né?
O enredo geral de Inquisition não é nada simples. A história é cheia de interações, reviravoltas, revelações e requerem, também, diplomacia. Com tanta complexidade, as missões de DA:I foram divididas em três tipos: missões principais, missões de exploração (secundárias) e missões cronometradas (terciárias). Todas elas são encontradas em seu mapa na Sala de Guerra, onde você vai definir que missão irá executar e quem irá executar. Para ter acesso a essas missões, você precisará de pontos de Poder, que são recebidos quando você realiza certas missões e requisitos no jogo.
As missões principais são demarcadas com uma mancha verde (que representam uma brecha do imaterial), requerem, geralmente, um número alto de poder para que você tenha acesso e é você e sua equipe que tem que resolver o pepino da missão; já nas missões de Exploração, você deverá enviar alguém para conseguir informações preliminares acerca de determinado local. Depois disso, você e sua equipe podem visitar o local e completar missões secundárias por lá; e nas missões cronometradas, o único envolvimento que você tem é decidir quem vai resolver o pepino por você. Então, você manda seus agentes, espera passar o tempo requerido pela missão e, quando ela for cumprida, você recebe uma notificação. Ao voltar para sua Sala de Guerra, basta receber o relatório da missão e suas recompensas. Simples assim.
Assim, como nos jogos anteriores e, também, no Mass Effect, Dragon Age permite que você importe seu save de jogos anteriores para o atual. Como já havia dito nos escritos anteriores, apesar de cada Dragon Age ter um protagonista diferente, o universo do jogo é um só e todos os eventos são conectados de alguma forma. A importação do save do jogo serve, justamente, para manter o universo coerente com todas as escolhas tomadas desde o primeiro jogo.
No entanto, no Inquisition essa importação de saves é diferente e não ocorre mais diretamente no console como antes. Para este novo jogo, a BioWare e a EA criaram um site chamado Dragon Age Keep, onde o jogador pode utilizar seus saves para criar um Estado do Mundo. Para facilitar o entendimento de como o Keep funciona, eu fiz um vídeo mostrando o principal de lá.
Bom, depois de fazer todas as suas alterações e configurações no Keep, é chegado um dos momentos mais bacanas de qualquer RPG com personagem customizável: fazer o seu personagem! Relembrando aqui sobre isso, a série Dragon Age te permite escolher entre três classes (mago, guerreiro e ladrão), mas o Inquisition tem uma novidade: você agora tem a opção de ser um Qunari, além de poder escolher entre as raças padrões da série (humano, elfo e anão) e o gênero do personagem. Obviamente, escolhi jogar como uma maga Qunari, classe e raça que ainda não havia experimentado nos outros jogos.
Em relação à customização dos Qunaris, a única reclamação que tenho a fazer é que não há opção de cabelo comprido para a raça, e minha ideia inicial era que minha Qunari ficasse com o cabelão como é mostrado na carta de tarô específico dela (detalhe: todos os personagens do jogo são representados por cartas de tarô). Seguindo a linha do Origins, após escolher raça e classe, o jogo te dá uma origem específica para o seu personagem, o que irá afetar a forma como as pessoas te veem, te tratam e o que elas podem comentar com você face algumas escolhas durante o gameplay.
O fato de eu ter escolhido jogar como uma maga me colocou em posições bem complicadas no universo do jogo. Mas o objetivo da BioWare é exatamente esse: que você se envolva com os personagens e com a trama. E posso afirmar com toda segurança que cada companion de cada Dragon Age acrescenta muito à trama, não apenas com sua experiência em combate (o óbvio), mas também com seu background e com seus pontos de vista e comentários sobre as situações, visto que você pode conversar com eles e conhecê-los mais profundamente, pode pedir que opinem em conversas importantes no enredo e pode até ter aquele bom e velho romance com aquele que mais te apetece.
Além dos companions, em DA:I você tem os conselheiros (advisors), que tem papel importantíssimo na trama. Eles não podem ser levados na sua equipe em missões, mas eles permanecem na Fortaleza do Céu, sendo responsáveis pelas missões secundárias e terciárias. São três conselheiros: nossa velha conhecida e fodásticaLeliana (espiã-mestre), nosso também velho conhecido Cullen (conselheiro militar) e a novata Josephine (embaixadora e conselheira diplomática). Uma outra novidade em relação ao romance em DA:I é que você também pode ter um romance com Josephine ou com Cullen, sendo a primeira vez que Dragon Age permite romance entre não-membros da equipe principal.
Em jogabilidade, Inquisition recebeu uma série de melhorias em relação aos demais. Na minha opinião, cada novo Dragon Age lançado teve melhorias significativas. A movimentação do personagem foi feita de modo a ficar em um meio termo em relação aos demais: Nem tão pesada quanto no Origins, mas não tão rápida quanto DA2. Dessa forma, não fica unicamente focado apenas em estratégia como também não vira uma hack n’ slash, ficando em um ponto ideal para Action RPGs. O WheelMenu mais uma vez marca presença no jogo, podendo ser usado para pausar batalhas e escolher estratégias. Mas se você realmente quer jogar estrategicamente, a grande sacada do Inquisition é utilizar a câmera tática. Nela, você escolhe ações específicas para cada personagem em sua equipe, podendo definir que inimigo cada companion irá atacar e podendo até mesmo escolher alguém para te defender e vice-versa. Ao selecionar um inimigo, também é possível ver o nível e as fraquezas e resistências do mesmo. Essa câmera tática já existia em DA:O, mas apenas para as versões de PC, sendo trazida de volta pelo Inquisition em todas as plataformas.
Além disso, seu personagem pode pular e cavalgar, algo que não acontecia antes e que facilita e agiliza muito a exploração dos cenários (que estão gigantes e lindamente elaborados). Com a aplicação do pulo no botão X, os ataques físicos foram direcionados para o gatilho R2. Enquanto isso, o botão R1 funciona como um slot adicional para habilidades e magias, ou seja, agora você tem 8 habilidades/magias com acesso rápido em vez de apenas 6. As árvores de habilidades seguem o mesmo padrão adotado em DA2, que é bem mais intuitivo do que o de Origins. Quanto à exploração, você pode escolher entre quatro categorias de montaria, que são adquiridos ao longo do jogo e que incluem cavalos, dracoliscos, alces e outros bichos exóticos. Escolher uma montaria forte é essencial: Quanto mais forte sua montaria, menor a probabilidade de queda em caso de ataque dos inimigos.
É importante que eu diga que o Inquisition também possui um sistema de criação/alteração de armas e armaduras, diferente dos demais, onde você tinha que simplesmente esperar alguma arma/armadura bacanuda surgir para poder trocar. Há uma série de planos que você pode comprar ou encontrar durante sua jornada, que vai lhe permitir criar diversas armas e armaduras, além de acessórios para ambas. E, confie em mim, criar seus próprios itens será muito mais vantajoso do que esperar surgir qualquer arma aleatoriamente em um loot. Praticamente tudo que eu uso para equipar minha maga foi criado por mim, e raramente surgia algo no jogo que superava meu item. Para vocês entenderem melhor como funciona isso tudo, eu fiz um outro vídeo mostrando como criar e modificar armas.
Com todos esses adendos, DA:I se tornou um jogo muito mais divertido e prazeroso de jogar. Unindo-se à jogabilidade melhorada, a trilha sonora do jogo também é um show, com músicas que se encaixam muito bem aos acontecimentos do jogo, ora com temas grandiosos que compõem a dramaticidade dos eventos, ora com músicas de fundo mais pontuais apenas para ajudar na imersão do jogador ao ambiente. A música do menu, assim como nos outros jogos, é sempre uma música marcante durante todo o gameplay. Ah, e as tabernas possuem bardos que realmente cantam músicas diversas (e não estão lá só fingindo).
Graficamente, o jogo tem paisagens grandiosas e lindíssimas, detalhadamente elaboradas. Como já era de se esperar, os cenários cobraram sua parte das capacidades gráficas do PlayStation3, que passou por alguns maus momentos: durante as 120 horas de jogo, passei por seis situações de travamento total do console, sendo obrigada a fazer hard reset para reiniciar a jogatina. Isso resultou em alguns saves corrompidos (de outros jogos, ainda bem), além de muita chateação. Após algumas pesquisas em fóruns internet afora, acabei descobrindo que isso se devia realmente ao fato de tanto o PS3 quanto o X360 estarem rodando no máximo de suas capacidades gráficas. Uma outra prova de que o jogo ficou um tanto pesado nos consoles da geração anterior é que, conforme vocês devem ter percebido no vídeo de criação de armas, as texturas demoram para atualizar em alguns casos. Isso acontece durante o jogo inteiro, principalmente durante cutscenes, mas esse não foi um problema para mim.
Independente de alguns problemas técnicos, Inquisition merece ser jogado e rejogado, e posso afirmar que é um dos melhores jogos que já peguei esse ano. O enredo e os personagens são envolventes, o jogo é muito bonito, trilha sonora fantástica e vai lhe render muitas horas de diversão. Em um futuro não muito próximo, quando tiver algum console da nova geração, comprarei ele novamente para poder apreciar ainda mais a beleza que esse jogo traz. Mas independente da geração de consoles em que vocês estejam, peguem suas espadas, escudos e pergaminhos de magia, vistam suas armaduras e Vão Jogar!Inquisition porque vale muito a pena!
O jogo conseguiu reunir as melhores características de seus antecessores, trazendo de volta a jogabilidade mais estratégica de Origins, mas de forma mais fluida, aproximando-se de DA2. Além disso, novidades como a adição dos conselheiros, a oportunidade de jogar como Qunari e o sempre muito bem elaborado universo da trama fizeram Inquisition o melhor Dragon Age já lançado. No entanto, devido aos limites gráficos das plataformas PS3 e Xbox360, o jogo teve sérios problemas de travamentos que me forçaram a reiniciar o último save várias vezes (algo que supostamente não acontece nos consoles da última geração). Avaliado noPlayStation 3 (entenda o nosso sistema de notas)
agora que nessa semana estou comecando o Origins, talvez com o tempo chegarei a esse Inquisition. e vou fazer personagens anas femininas, para nao ter problema com personagens gays (e para ser um pouco diferente do que a maioria escolhe) parab[ens pelo texto.
@Leon Belmont Eu não entendi a relação entre as anãs e os gays, mas tudo bem kkkkkkkk Quando eu rejogar a série, vou fazer personagens homens e com classes diferentes. Já até dei uma iniciada no Origins de novo e fiz um anão rogue com origem na realeza (da primeira vez joguei com uma guerreira elfa da cidade).
Aew, finalmente a larAngela acabou e agora vamos ficar livres de ouvir sobre esse jogo!
Pelo que você falou, diferente do segundo, esse parece ter um escopo gigantesco. Ainda bem que nem tenho como chegar perto desse jogo, já tenho muitos sugadores de vida programados para esse ano, hwa hwa hwa.
Calma, garoto. Acho que não terão Dragon Age’s lançados em um período tão próximo, huahuahua!
O escopo do jogo é realmente gigantesco, consegui finalizar tudo em 120h ainda burlando algumas missões cronometradas: eu colocava as missões e mudava a data do console pro dia seguinte, então elas ficavam prontas quase que instantaneamente. Mas olha, eu só fiz isso porque só restava a última missão e uma pá de cronometradas, então quis adiantar logo o fim do jogo.
Thanks, boss!! Eu não apareci no vídeo, mas a voz tá lá, tosca as always!
Muito bom o post, Ângela! Vê-se que você é muito fã da série. Nunca joguei mas tenho um amigo que falava muito do primeiro, logo quando lançaram, ele adorava o jogo, então fiquei com essa boa impressão desde o início
Seus videos ficaram ótimos também. O ritmo da sua voz é ideal, e olhe que assisto muuuuito youtube, então entendo um pouco hahahaha
Ângela, pra quem quer começar a série, você recomenda pegar logo o Inquisition, que pelo visto é o melhor, ou seguir a ordem cronológica mesmo?
Obrigada, que bom que gostou! ^^ Bom saber que deu pra assistir de boas, verei se faço mais esse tipo de coisa por aqui!
Olha, eu sou meio suspeita pra falar porque amo Dragon Age, mas eu acho que seria bem mais bacana se você pudesse pegar os outros jogos. Por mais que você sempre tenha conversas e códices explicando certas coisas dos eventos passados no Inquisition, é bem melhor vivenciar as situações. Nesse caso, é só ter em mente que os jogos anteriores não são tão elaborados quanto DA:I, mas ainda assim são bons!
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