Análise de Tony Hawk’s Pro Skater 2 - Trazendo novas mecânicas, modos e quiçá a melhor trilha sonora da série, THPS2 é sem dúvida um outro grande clássico do PlayStation.
Trazendo novas mecânicas, modos e quiçá a melhor trilha sonora da série, THPS2 é sem dúvida um outro grande clássico do PlayStation.
Embora o primeiro Tony Hawk’s Pro Skater seja lembrado com carinho por muitos e tenha o seu valor como o debutante da série, creio que foi a partir do segundo título que a maioria das pessoas passaram a curtir a série com mais afinco, o que não é de se admirar, já que Tony Hawk’s Pro Skater 2 amplia a fórmula da série de maneira significativa.
Os gráficos e a base ainda são os mesmos, você pega o seu skatista favorito e faz um passeio por várias cidades do mundo no modo carreira, cumprindo objetivos em no máximo dois minutos, enquanto faz manobras absurdas pelos cenários. Desta vez porém você conta com a adição de Steve Caballero, Eric Koston e o lendário Rodney Mullen.
Porém são nas mecânicas que vieram as melhores adições ao jogo, ou melhor, a adição: a inclusão dos manuals. Para quem não sabe, manual é quando o skatista se equilibra basicamente apenas nas rodas traseiras ou dianteiras (nose manual) do skate. Isso trouxe ao jogo a possibilidade de combos e pontuações ainda maiores, uma vez que desta vez não se dependia apenas dos corrimões para executar grandes sequências. Essa aparente simples adição mudou consideravelmente todo o clima do jogo, que se guardava alguma característica de simulador no título anterior, foi completamente para o lado arcade neste segundo, o que nem preciso dizer o deixou bem mais divertido.
E se a jogabilidade recebeu grandes adições, os personagens também seguiram o mesmo caminho, contando agora não somente com a possibilidade de pequenas modificações nas características do seu skate, mas também neles mesmos. Ao coletar os "stat points" espalhados pelas fases, é possível aumentar certas características como habilidades em manobras aéreas, corrimões e manuals. Aliás, desta vez você mesmo pode montar o seu skatista do zero, escolhendo nome, idade, cidade, vestuário, estilo, estatísticas e manobras, também podendo melhorá-lo no decorrer do jogo. Acreditem, na época, poder ter o seu avatar em um jogo ainda não era tão básico quanto é hoje, e nós realmente gastávamos horas só nessa brincadeira. E claro, seja com um dos profissionais ou personagens customizados, terminar o jogo sempre liberava um vídeo, seja de manobras insanas ou tombos doloridos.
Ampliada a jogabilidade, ampliada a disponibilidade de novos personagens, por que não também ampliar os segredos a serem desbloqueados? Quer dizer, exagerar mesmo! Além de Officer Dick e Private Carrera, desta vez também temos a presença do amigo da vizinhança, Homem-Aranha, contando inclusive com manobras absurdas exclusivas do personagem e uma versão anos 1980 de Tony Hawk. Além do mais, é possível acessar os desenvolvedores da Neversoft através de alguns cheats. E já que o clima de realismo foi jogado pela janela, que tal também desbloquear uma fase no espaço? Sim, isso existe em THPS2.
A trilha sonora também retorna de maneira excelente, contando com bandas como Rage Against the Machine logo na abertura do jogo, assim como Anthrax, Bad Religion, Millencolin e tantas outras, incluindo muito hip-hop além do tradicional punk rock. Embora hoje em dia o número de faixas seja pequeno comparado a tantos outros jogos, pensem que essa foi uma coletânea musical que seguiu junto ao primeiro título formando o gosto de muitos adolescentes dos anos 2000, ano de lançamento do jogo.
Assim como o primeiro título, THPS2 recebeu diversas versões para os consoles da época. Para Nintendo 64 e Dreamcast o jogo é basicamente o mesmo, apesar da versão para o console da Nintendo ter cortes nas músicas por conta do espaço disponível no cartucho, mas possuí uma fase extra do jogo Mat Hoffman’s Pro BMX. Já para computadores e o primeiro Xbox, a versão Tony Hawk’s Pro Skater 2X incluía uma série de adições, como a possibilidade de se criar uma skatista mulher, jogar com até quatro jogadores com a tela dividida, partidas em rede e online, além de possuir todas as fases do primeiro jogo. Nos portáteis, o GameBoyColor teve uma versão bem melhor que a do primeiro jogo, com uma visão lateral muito parecida com o jogo OlliOlli, mas no GameBoy Advance e sua visão isométrica o jogo alcançou um nível que conseguiu transportar todo o clima da versão caseira para o portátil. Em 2010 ainda tivemos uma versão para iOS, que além de mais restrita, contava com diversas modificações e diferente trilha sonora, sendo removido da AppStore em 2014.
Assim como o primeiro título, eu acho que jogar THPS2 hoje em dia vale mais pela nostalgia, já que apesar das melhorias, ele ainda possuí uma jogabilidade bem antiquada para os padrões atuais. Mas vale lembrar que este é um dos jogos de videogame mais aclamados de todos os tempos, tanto de critica quanto de público, que com certeza fez parte da história de muitos jogadores, e por isso sempre terá o seu espaço em nossas coleções.
O segundo jogo da série é com certeza um dos mais lembrados pelos jogadores, em especial por conta de sua trilha sonora, que reúne muitas bandas e faixas excelentes. Embora o jogo não tenha recebido muitas alterações, a adição dos manuals mudou completamente a dinâmica do jogo, o afastando ainda mais da simulação, se tornando definitivamente muito mais divertido. Avaliado noPlayStation (entenda o nosso sistema de notas)
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