É Donkey Kong em alta definição e agora patrocinado pela Loreal!
Tendo iniciado a sua carreira nos primórdios da Nintendo como fabricante de jogos, Donkey Kong é aquele personagem que de uma forma ou de outra sempre marca presença nos consoles da empresa. Mas é impossível não associar o personagem mais a série Country do Super Nintendo, e que a poucos anos voltou a brilhar no excelente Donkey Kong Country Returns, para o Wii e 3DS. Então não foi um susto para ninguém quando Donkey Kong Country Tropical Freeze foi anunciado para o Wii U, novamente nas mãos do pessoal da Retro Studios, e com a volta de David Wise no papel de compositor: sim, o mesmo cara que programava aquelas músicas lindas do Super Nintendo direto no chip sonoro do console!
Tudo começa com Donkey Kong comemorando mais um aniversário em família, quando sua ilha é atacada por vikings (ou algo assim), que expulsam todos para longe e congelam tudo em seu caminho, porque... porque sim. É sério, agora que caiu a ficha de que não há nenhuma explicação para o ataque.
Assim como já havia acontecido antes com outros jogos da Nintendo ao estrearem em versões HD, é impossível não se admirar com o quão bonito é TF, mesmo que ele mantenha a mesma direção de arte de Returns. E a prova de que a Retro não poupou esforços nesse sentido, é que você tem um jogo de plataforma que "pesa" 11fodendogigabytes em sua versão digital! Çokorro, preciso de um HD externo!
Além disso, mesmo que tenha sido uma mera adição estética, também é impressionante a atenção que foi dada ao pelo dos macacos. Sim, isso mesmo. Sabe aquelas tecnologias que deixam os personagens de videogame parecendo garotos propaganda da Loreal, com cabelos surrealmente lisos e esvoaçantes? Então, fizeram a mesma coisa em Donkey Kong.
Passado o impacto inicial do visual, a primeira outra grande melhoria que se nota é: adeus sensores de movimento. Todo mundo sabe que eu adoro o Wiimote e todas as experiências únicas que ele proporciona, mas a real é que em Returns ele não passava de um estorvo que em nada acrescentava a jogabilidade. Aqui a Retro fez um caminho tão inverso, que não contente em deixar os controles o mais tradicionais possível, resolveu que como não faria nenhum uso especial do GamePad, nem a tela precisava ficar ligada durante o jogo. A bateria do controle agradece.
Mas dessa vez, a grande chamada é a possibilidade de se jogar com múltiplos personagens ao lado de Donkey Kong, cada um conferindo alguma habilidade extra. Agora além de Diddy e seu jetpack, temos também a sua namoradinha Dixie, aquela mesmo de Donkey Kong Country 2 e 3, e que continua ajudando com seu rabo de cavalo voador, mas desta vez sob a forma de pequenos impulsos. Também temos Cranky Kong, o Donkey Kong original, com sua bengala ao melhor estilo Tio Patinhas em Duck Tales. Além disso, cada dupla tem um movimento especial que transforma os inimigos da tela em algum item específico, mas que pra ser sincero eu praticamente não usei o jogo inteiro.
Infelizmente, TF segue o mesmo caminho de Returns, onde o segundo personagem é apenas um ajudante, perdendo toda a dinâmica que os jogos do Super Nintendo possuíam. Até houve um esforço maior em torná-los mais uteis, fazendo com que algumas coisas só fossem alcançadas com determinado personagens, mas ainda sim é muito pouco. Ah, e se você estava esperando por mais animais, esqueça, novamente somente Rambi e Squawks marcam presença.
As fases, como sempre, são muito criativas e com cenários exuberantes. Neste jogo, o pessoal da Retro resolveu brincar muito com mudanças de câmera e planos de movimentação. Nas fases com carrinho de mina, por exemplo, alguns trechos exigem que você se movimente através de vários trilhos para desviar dos obstáculos. Não é nada excepcional, mas eu achei bacana.
Como o título anterior, TF também conta com muitas fases e caminhos secretos, que irão exigir que você procure mais de uma saída em certas fases. Aliás, esse jogo tem um número de mundos reduzido, seis apenas, mas na média ele mantém uma boa duração, não achei que o jogo tenha ficado mais curto por conta disso. Por outro lado, as fases aquáticas voltam a marcar presença, só que dessa vez com uma inconveniente barra de oxigênio.
As batalhas contra os chefes ficaram excelentes, e muito difíceis também. Alguns me fizeram suar bastante para conseguir passar. Mas ao contrário de Returns, o chefão final desse jogo é mais tranquilo, o que eu considero bom, uma vez que o anterior era muito apelão ao ponto de ser frustrante.
E falando em dificuldade, se prepare para arrancar os cabelos e querer jogar o controle na parede, porque esse jogo vai te fazer passar muita raiva. Se a série Mario tem se tornado cada vez mais fácil, Donkey Kong é o exato oposto, tendo inclusive desta vez cortado aquele assistente chato que ficava apitando quando você morria demais em uma fase. Mas como todo bom jogo, é aquela dificuldade em que você sabe exatamente onde errou e o que tem que fazer para conseguir. Pena que nem todo mundo enxerga isso: na época de seu lançamento, teve site grande falando mal do jogo justamente por conta dessa dificuldade.
Para ajudar nisso tudo, Funky Kong retorna com sua lojinha de itens, dessa vez com a adição de vários extras colecionáveis para serem comprados pelas inúmeras moedas bananas que podem ser coletadas pelo jogo.
Porém, nem tudo são flores em Tropical Freeze. Embora tecnicamente ele seja um jogo impecável, eu não pude deixar de me sentir um pouco decepcionado ao jogá-lo. Isso porque a Retro apostou seguro demais e não trouxe nada de realmente inovador para o jogo, fazendo parecer apenas uma versão HD de Returns, com uma mudança aqui ou acolá. Até mesmo a trilha sonora composta pelo David Wise, por mais competente que seja, não trás nenhuma música nova lá muito memorável, sendo que as melhores são releituras feitas em cima de jogos anteriores. Claro que uma fase ou outra foge a essa regra, mas no geral foi isso que senti jogando.
Mas isto não faz de Tropical Freeze um jogo dispensável. Ele ainda é de longe um dos melhores jogos de plataforma da atualidade, contém um nível de segredos a serem desbloqueados bem grande, inclusive de fases, e tem uma dificuldade pra "hadécore" nenhum botar defeito. Se você possuí um Wii U, total vale a pena correr atrás dele. Então estão esperando o que? Lavem as mãos, descasquem e comam uma banana e depois, Vão Jogar!
"Tudo começa com Donkey Kong comemorando mais um aniversário em família, quando sua ilha é atacada por vikings (ou algo assim), que expulsam todos para longe e congelam tudo em seu caminho, porque... porque sim."
foi por farfarronice (essa palavra existe?) mesmo, os Vikings são assim. e já vi, que não tem como utilizar muito a Dixie, que essa salvou muitas vidas e gerou várias brigas em locadoras para quem ia jogar com ela. e nem acho que o Kiddy Kong (sim, eu gosto do gorila bebê, me julguem) vai aparecer num próximo jogo.
se tivesse WiiU, eu pensaria duas vezes a comprar o jogo, mas não desmereço a qualidade do game
Tipo isso mesmo, por fanfarronice (também não sei), rzs.
Na verdade dá para usar todos os parceiros igualmente, quando você acha um barril dá para escolher qual pegar. Mas a dinâmica dela nesse jogo é bem diferente dos de Super Nintendo. E o foda do Kiddy é que ele tem a mesma jogabilidade do DK, não faria muito sentido mesmo.
@helisonbsb
Também gosto dos de SNES, mas acho que os que tirando DK64 que eu não curti muito, o que veio depois também é bom
Vikings são ultra machos conquistadores, eles não precisam de motivos, huahua! MEODEOS ELES ESTÃO PELUDINHOS ME SEGURA QUE EU QUERO CAFUNEZAR ELES! Cranky é amor. Só que em forma de ódio, mas é amor Quanto aos animais, Rambi era o único que eu realmente gostava. Eu adorava o Squawks, mas na trilogia inicial, quando você voava com ele. Não gostei dele no Returns... As fases de carrinhos sempre foram algumas das minhas favoritas em toda a série. Returns acrescentou a lista as fases de sombras, que eu acho simplesmente fodas. Mas aí vem o TF e me traz as fases de sombras na água! Sim, eu sou meio avessa e amo as fases da água! E, ow, num achei o chefão do Returns frustrante, não. Achei desafiador e bem bolado pra caramba! Bom, esse é um dos 3 jogos que me fariam comprar um Wii U, mas como já disse, não vou comprar um console só por causa de 3 jogos. Um dia jogo na tua casa com uma cerveja do lado! ^^
Hwa hwa hwa, pior que o pelo deles até balança ao vento
Os animais tem exatamente a mesma função que tinham no Returns, então na prática o que vale mesmo é só o Rambi.
As que eu mais gostei no Returns e que voltou nesse, são aquelas dos barris-foguete, acho demais. E sim, as fases de sombra debaixo da água são orgasmicamente lindas.
Ah, eu não gosto muito daquele chefão não. Prefiro o de Tropical Freeze, que continua difícil, mas não é tão apelativo.
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