O suprasumo do fetiche nerd: mulher, robôs e lasers!
Tem coisas na vida da gente que não tem como fugir, você pode olhar para o lado e tentar evitar, mas não adianta e a coisa te persegue, com os jogos não é diferente. Então você pode ter namorada, ser casado e tudo mais, mas quer coisa melhor pra atrair a atenção do jogador masculino do que um jogo com mulheres? Ou vai dizer que você matava a Mai com um especial em The King Of Fighters só pra ganhar mais pontos?
Foi em uma dessas que eu resolvi me aventurar por Product Number 03, ou simplesmente P. N. 03. Pra quem não sabe, este jogo fez parte do Capcom Five, cinco jogos que seriam exclusividade da Nintendo e seu GameCube, só que no frigir dos ovos alguns deixaram de ser exclusivos (Resident Evil 4, Viewtiful Joe e Killer 7) ou não foram lançados (Dead Phoenix), sendo que somente P. N. 03 ficou como exclusivo, provavelmente pelas baixas vendas, afinal estamos falando da Capcom né.
E já que estamos falando de mercenários, no jogo você controla uma, a bela Vanessa Z. Schneider, que recebe de seu atual contratante um traje de combate capaz de atirar os mais variados e inusitados tipos de laser, afinal há muitas bases a invadir e robôs para destroçar.
Com uma visão em terceira pessoa o negócio é sair passando fogo em tudo que se meche, aquela velha máxima de "atire primeiro, pergunte depois", tudo dividido em várias salas. Mas é a jogabilidade de P. N. 03 que gera controvérsia: você pode rolar, esquivar, pular, mirar, virar e tudo mais, mas enquanto faz tudo isso não pode atirar, aê é escolher um ou outro. Apesar do povo meter o pau por não poder andar e atirar, a impressão que eu tive é que é justamente isso que torna a coisa interessante, pois não basta sair atirando feito louco, rola toda uma estratégia pra passar das fases e algumas dão um trabalhinho bom. O segredo está em dominar a esquiva e saber utilizar as próprias fases para se esconder nas horas do aperto.
Mas nem tudo é desespero, lembra que eu falei que o jogo tem as fases divididas em salas? Então, cada sala que você passar te dá uma pontuação, que varia de acordo com o tempo que você gastou nela, inimigos que matou e chumbo que levou, e ainda tem os pontos que já ganha normalmente durante o jogo. Esses pontos servem para comprar continues, novos ataques, mais energia e o que é melhor, trajes de combate melhores, que vão aparecendo conforme você vai passando as fases no modo história. Pra facilitar, é possível brincar no modo trial, que serve para acumular pontos e é aonde você passa boa parte do tempo se quiser comprar os trajes mais poderosos, já que da pra ficar repetindo as fases quantas vezes quiser. O ponto fraco deste modo é que é tudo muito repetido, fica aquela coisa de jogar apenas para conseguir os pontos. E por falar em repetições...
Os cenários são meio genéricos, apesar de ter uma certa variedade de ambientes, ás vezes a impressão é de estar dando voltas em círculos. A variedade de inimigos também não é muito grande e mesmo Vanessa e seus trajes não são muitos inspirados, tendo apenas cores diferentes. Apesar disso os gráficos são bem feitos e utilizam bem o potencial do Cubo. A trilha sonora e feita de umas músicas eletrônicas até bacaninhas, mas também pecam na repetição, no modo trial então nem se fala. Os efeitos sonoros não tem nada de mais, mas cumprem bem o seu papel.
No final das contas P. N. 03 é um jogo bem diferente e até legal de jogar, mas não espere nenhum super jogo ou coisa do tipo. No meu caso ele é muito bom pra dar uma relaxada de alguma fase que eu estiver preso em algum outro jogo, apesar de ter gostado dele não consigo jogar por horas e horas.
- Mas peraê velho, ainda não entendi aquele papo todo sobre mulheres no começo do escrito, que porra era aquela, só porque você controla uma mina?
Então, é aqui que vocês pegam tudo o que eu escrevi e jogam no lixo. O maior trunfo de P. N. 03 é isto aqui ó...
Sério velho, esta é a bunda virtual mais perfeita que eu já vida. E como se isso já não fosse suficiente, saca só a mulé lutando:
É o tipo de jogo que definitivamente não tem como eu ignorar, sério. Depois desse argumento irrefutável ainda preciso dizer mais alguma coisa? Vão Jogar!
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