O que é, o que é... começou no Nintendinho, foi para o GameBoy e depois se consagrou como o melhor jogo dos 16 bits. Por incrível que pareça, pulou a geração seguinte e, quando a próxima já estava começando, voltou com força total em uma reformulação incrível para os consoles de mesa e um retorno as origens nos portáteis. De quem estamos falando? Ora, de Metroid, mais especificamente, Metroid Fusion.
Continuação direta de Super Metroid, logo no começo da história vemos que a toda poderosa Samus, armada de mísseis, armaduras e tiros de plasma até os dentes, está fazendo um bico de guarda-costas para a Federação, protegendo alguns cientistas em uma incursão ao planeta SR388. Lá ela é infectada por uma gosma amarela conhecida como Parasita X, que era comida de metroid, mas agora não é mais porque a caçadora de recompensas matou todos eles. Esse parasita ferra com o sistema nervoso da moça e quase faz ela bater as botas, mas os cientistas dão um jeito de tirar vários pedaços da armadura infectada e aplicam uma vacina de DNA metroid: pronto, agora temos uma boa desculpa para que ela comece o jogo sem nenhum item, rzs.
De cara, Fusion deixa todo mundo de queixo caído com os seus gráficos bonitos e detalhados, principalmente se você pensar que é um jogo para um portátil de 32 bits. Não tenham dúvidas que o pessoal da R&D1, mesmo estúdio de Super Metroid, ralou bastante para mostrar todo o poderio do GBA. Mas como nem tudo na vida é perfeito, essa vitrine que o jogo se tornou, acabou matando a coisa mais bacana da série: o clima de tensão. Enquanto Super Metroid utilizava magistralmente ambientes sombrios e de tons escuros, Fusion aposta em uma paleta de cores irritantemente colorida, que definitivamente não combina com a série.
Por outro lado, a trilha sonora continua excelente, apesar de acompanhar a direção de arte e não ser lá muito pesada. Os efeitos sonoros também estão muito fodas e, vejam só, temos até mesmo algumas vozes rodando no portátil, embora nada com o mesmo impacto de um "The last Metroid is in captivity... the galaxy is at peace".
Agora, se tem uma coisa que temos que bater palmas para a R&D1, é para a jogabilidade. Se não bastasse eles terem se virado muito bem com apenas quatro botões para reproduzir todas as estripulias de Samus, eles ainda acrescentaram um recurso simples, porém muito bacana, que foi a capacidade dela se pendurar em quinas e até mesmo no teto, coisa que você irá ter que fazer muitas vezes durante o jogo, até mesmo em chefões. Outra coisa que alterou um pouco a dinâmica do jogo foi o lance dos Parasitas X, que substituem os itens de recuperação de energia, já que agora que Samus está vacinada, ela consegue absorvê-los, além dos itens, uma vez que eles não ficam lá parados esperando a nossa heroína encostar neles, podendo até mesmo reviver um corpo inanimado, pronto para atacar novamente.
Porém o maior problema de Fusion não tem nada com gráficos, som ou jogabilidade. O problema é a linearidade. É sério, desculpe quem considera esse o melhor Metroid de todos, e blá, blá, blá, mas em um jogo de exploração, ter a porcaria de um computador te falando o tempo todo onde você deve ir, é um verdadeiro pé no saco. Eu até entendo que por ser um jogo portátil, não dava pra criar aquele mesmo ambiente gigante de Super Metroid, mas poxa, para isso já espalharam save points para um caramba pelo cenário, não precisava ter matado a exploração também. E o pior de tudo, é que enquanto tradicionalmente na série, coletar o máximo de itens possíveis serve não apenas para mostrar para os seus amigos o quanto você é foda, mas também para facilitar nos chefes finais, Metroid Fusion deixa você zerar com uma porcentagem de exploração mínima sem muitos problemas. Depois que você termina até tem como continuar andando pelo mapa, mas aí já não tem mais graça e nem motivo.
E falando em final, outra tradição mantida foi a questão dos "múltiplos finais", que na verdade são todos a mesma coisa, mas dependendo do seu tempo, Samus aparece em trajes mais... confortáveis (mas nada demais, seu safadinho(a)). Como obviamente o jogo não é muito longo, isso ajuda você a empolgar um pouco mais na busca pelos itens, além da busca por um tempo menor. Uma novidade para a época, Fusion também se conectava com Metroid Prime, através de um cabo que liga o GBA ao GameCube, destravando uma roupa especial no FPA da Nintendo, além do Metroid original!
Embora Fusion seja o preferido de muita gente, até porque realmente é um bom jogo, como eu já disse, eu discordo daqueles que falam que ele é o melhor da série. Ele até trás alguns elementos novos e partes memoráveis, que eu não contei aqui para não estragar a surpresa de quem nunca jogou, mas são coisas muito pontuais. Quem curte Super Metroid, sabe que o clima de tensão constante, o lance de você ter que revirar cada milímetro do cenário atrás de um item essencial para a jogatina e aquela sensação de solidão, é que fazem Metroid ser o que é, e Fusion abre mão de boa parte disso isso em troca de uma trama mais "elaborada", ação e exibição técnica do GBA. Só para vocês terem noção, até pouco tempo atrás eu considerava ele o patinho feio da franquia, sendo que o único que não joguei até hoje foi Metroid II (GameBoy). Mas é provável que eu esteja deixando o meu lado mais fã e sedento por desafios falando mais alto, para quem não conhece muito bem a franquia é um ótimo jogo para começar, bem fácil de aprender. Atualmente também se encontra disponível no Virtual Console do 3DS... eu acho, he he he.
Então não percam tempo, tirem aquele velho GBA da gaveta, deem uma boa assoprada no pequeno cartucho com etiqueta azul e Vão Jogar!!
Metroid Fusion é um jogo muito competente tecnicamente, mas abandona boa parte do que faz da série Metroid ser o que é: não traz o clima de tensão e praticamente mata a exploração com a introdução de uma inteligência artificial que indica a Samus a todo momento onde ir, supostamente em prol de uma trama mais elaborada. Avaliado noGame Boy Advance (entenda o nosso sistema de notas)
@Tchula, xará... só te digo uma coisa cara: Eu nunca joguei Metroid! Nenhum! =X Mas te prometo: quando eu tiver meu SNES (e demais) esse será um cartucho q vou fazer questão de ter. Não exatamente esse do escrito, claro (para o SNES). Mas vc entendeu! ^^ Cada informação sua sobre essa série é um incentivo! Valeu!
Eu tb nunca joguei nenhum Metroid *vergonha feelings...* mas pretendo resolver isso em breve.
Agora imagino qual seja seu patinho feio né... seu malvado! kkkkk
E essa alegoria toda colorida na armadura de Samus é pq ela foi possuída pelo (ritmo Ragatanga -N) vírus? Ou pq ela vai ser a próxima Globeleza mesmo? xD
Brincadeiras a parte, parece ser um jogo cool, depois de Super Metroid e os mais novos quem sabe eu pegue ele tb pra jogar sério \o
Estava escrito: "destravando uma roupa especial no FPA da Nintendo" Eu li: "destravando uma roupa especial no FAP da Nintendo" ... Eu e minha mente... tsc, tsc...
Tchula, tipo assim, eu cheguei a jogar um pouco de Super Metroid e lembro bem os cenários escuros, esse aí tá quase parada gay de tão colorido. É até estranho.
Cara, eu gostei de sua crítica e concordo que o jogo é linear, mas acredite em mim: isso não é defeito! O computador está ali em prol do roteiro, pois nesse jogo a Federação Galáctica ainda não confia totalmente em Samus depois do acidente e colocou o computador para vigiá-la, coisa que é mostrada, e muito, durante o jogo. É por isso que ele fica toda hora te indicando o caminho, é uma forma da Federação manter Samus "na linha".
Outra coisa: o ambiente colorido também é culpa do roteiro: em Super Metroid, Samus explora cavernas, enquanto em Metroid Fusion nossa heroína está numa estação espacial. Como é um ambiente artificial, é óbvio que ele estaria bem iluminado, e mesmo assim há toda uma área bem escura (o Sector 6, que é artificialmente noturno).
Sou fãzaço de Metroid, e o Fusion não é o meu preferido (gosto mais de Zero Mission e seu final à la Metal Gear). O grande problema dos Metroids de GBA é que muita gente os compara com o jogaço do SNES, que tem uma pegada totalmente diferente. Pra mim, eles são jogos únicos, e compará-los com Super Metroid é tão injusto quanto compará-los com a série Prime!
Vixi, então aguarde o próximo ano, vai rolar muito Metroid por aqui
@Thiago "T-ROK"
Precisa imaginar não, eu falo mesmo, é a porquera do Other M, rzs.
Sobre a armadura, é meio que um misto dos dois viu, hwa hwa hwa.
@sucodelarangela
Você tá precisando de terapia mulher...
Mas é bem isso mesmo, até da dor nas vista.
@tristanccm
Iaê cara, quanto tempo
Cara, esse argumento é o mesmo que o pessoal usa para defender Other M, mas contém a mesma falha: Fusion é o último Metroid na linha do tempo da franquia, logo não faz sentido nenhum a Federação não confiar nela, ainda mais depois do que ela fez em sagas anteriores. Concordo quem é um problema do roteiro, mas Metroid linear não é Metroid, perde a graça.
Concordo com a questão de ser mais claro por conta de estar em uma estação espacial, mas isso não justifica o excesso de cores. É só lembrar do início de Super Metroid, que também era em outra base científica, e não era esse carnaval todo.
Claro que eu entendo ele ser um jogo de magnitude menor pelo fato de ser portátil, mas eu comparo Fusion com Super Metroid sim, porque essa foi a proposta dele na época, como ele era vendido. Ele faz questão de mostrar na apresentação um "Metroid 4" em alusão ao "Metroid 3" de Super Metroid, é uma seqüência direta, e foi uma forma de manter os fãs mais tradicionalistas calmos com o lançamento de Metroid Prime, que mudava radicalmente a jogabilidade da série. Aliás, essa era a proposta do GBA, ser um Super Nintendo de bolso.
Sempre fui fã da série Metroid tanto que tive um Super Metroid original que comprei por 10 reais no período de 1999/2000 e o mesmo foi surrupiado numa limpa que fizeram na minha casa. Sim, concordo que Super Metroid era bem mais sombrio e me deu mais sustos. No Fusion o clima é tenso é dado pela Samus X principalmente naquela parte que você precisa correr dela.
Eu assim como o @Tristan: o computador era uma maneira de manter a caçadora de recompensas nos eixos, fazendo o que eles queriam. Chegando a ter descoberto o que não devia (com o lance do laboratório cheio de Metroids).
Eu achei interessante essa abordagem, não diria que Fusion deixou de ser menos Metroid por conta disso. Fusion é um excelente jogo comparar com Other M é uma heresia sem tamanho. Fusion é melhor em construção.
D00d!
29/12/2013 às 16:41:41
Acrescentando, mesmo que tenha um computador tagarela falando pra onde você tem que ir e o que você tem que fazer não quebra a exploração do local onde vocês está designado a ir. O que ocorre é uma linearidade da ação e não uma poda da exploração.
O problema da SA-X, é que ela é mais um elemento de roteiro do que de jogabilidade, como eu disse de forma indireta no escrito, algo pontual. Você não tem que se preocupar com ela durante o jogo inteiro, e ela nunca aparece de forma totalmente inesperada.
Sobre o computador, se ele só me falasse aonde eu tenho que ir ainda ia, a série Prime também tem isso e é de boa. Mas o jogo te tranca em vários trechos, não permitindo que você vá aonde quer, aê não dá. Não adianta cara, linearidade e Metroid não combinam na minha cabeça, rzs.
Ah, com certeza Fusion é bem melhor que M:OM, eu só comparei um ponto específico
Abraço!
D00d!
04/01/2014 às 17:39:15
Mas cara, até mesmo em Super Metroid tinha áreas inacessíveis sem algum power up específico. Mundo aberto em Metroid é uma ilusão.
Acho que não me expressei bem. Quando eu disse que o jogo te tranca, não é através do tradicional esquema de precisar de um item para acessar uma área, é de te forçar a seguir um caminho mesmo, seja porque acontece algum evento que bloqueia a passagem só para fazer você ir até um chefão, ou o computador trancando as salas. Mas de fato Metroid nunca foi mundo aberto, mas a graça dele é em deixar você explorar cada canto do mapa e ir descobrindo por conta própria como alcançar determinadas áreas que apesar de visíveis, só ficam acessíveis quando você consegue uma determinada habilidade. Por isso não gosto de computadores dizendo aonde devo ir, tira a graça de eu ficar procurando por uma solução.
Zerei apenas uma vez esse jogo...na época, o GBA era muito caro!!!! Era mais vantajogo investir no Mega drive, Super Nintendo mesmo ou até mesmo num PS1!!!! Com o tempo zerei no Emulador e foi alegria total!!!! jogo com mecânica boa, gráficos meio estranho no console e até mesmo no Emulador!!!! valeu
Como sempre, videogame é uma coisa cara né. Mas ironicamente o GBA foi um dos poucos consoles que tive no lançamento, não lembro em que ponto eu joguei Fusion pela primeira vez, mas hoje é um dos poucos jogos que tenho do portátil.
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