2022 foi um ano corrido para mim, onde para todes aqui no Brasil as coisas foram bem tensas por conta das eleições presidenciais e a quase vitória do facismo, o que de certo modo ainda continua, mas em que eu consegui me focar até bastante em jogar, infelizmente sem conseguir trazer muito dessas minhas experiências para cá, salvo as transmissões, que também ficaram pelo caminho.
Foi o ano também em que eu acabei pegando um PlayStation 4, usado mesmo, o que me abriu mais ainda as possibilidades de jogos, em especial os exclusivos da Sony da geração passada, que já vão me garantir entretenimento aí por uns bons anos, o que não deve mudar muito depois, uma vez que eu tenho zero intenção de comprar aquele trambolho superfaturado deles.
Outro detalhe também é que a Letícia, minha namorada, teve uma forte influência em alguns títulos aí pelo caminho, como vocês vão ler, com alguns golpes baixos para manipular a fila de jogos, diga-se de passem.
Relembre o que eu joguei em 2021
Então sem muita enrolação, vamos logo ao que interessa, os jogos que eu joguei em 2022.
Street Fighter Alpha 2 (Super Nintendo ~ Mi Box S - Retroarch)
Virada de ano, estava de bobeira na casa da Letícia, olha ela já aparecendo aí, e resolvi pegar alguma coisa para jogar no Retroarch que tem instalado na Mi Box dela e, do que tinha disponível ali na hora, minha escolha foi um dos melhores jogos de luta já feitos, Street Fighter Alpha 2, embora na versão mais capenga de todas, a do Super Nintendo, rzs. Não lembro exatamente com quem terminei o jogo, mas me conhecendo, provavelmente foi com o Ken, que para mim é sempre diversão garantida.
Forza Horizon 5 (Xbox One)
Confesso que esse ficou ali mais pelo princípio do ano mesmo, antes de eu ser soterrado por inúmeras outras coisas e jogos, mas Forza Horizon 5 segue sendo um excelente jogo de corrida e uma ótima sessão de relaxamento para mim, explorar o México de carro e vez ou outra dar uma corridinha é tudo o que eu preciso as vezes.
Halo Infinite (Multiplayer) (Xbox One)
Como eu disse no ano passado, eu ainda joguei mais um pouco do multiplayer de Halo Infinite, mas foi só isso mesmo, eventualmente eu larguei o jogo de vez. Foi divertido por algumas semanas, mas hoje em dia é muito difícil eu me dedicar a jogos desse tipo e a minha falta de prática como atirador de videogame definitivamente deve ter feito os meus eventuais companheiros de equipe ficarem com muita raiva de mim.
Divinity: Original Sin (Xbox One)
Nossa, escrevendo esse texto eu notei que o meu ano custou engrenar e aqui vem mais um jogo abandonado pelo caminho. Não que Divinity seja um jogo ruim, longe disso, mas é que ele é um tipo de RPG de fantasia "medieval" muito específico, com muito texto para ler, que infelizmente não está em português, um sistema de batalha bem estratégico, com inimigos difíceis, que estavam me batendo muito por conta das más decisões que tomei na hora de montar os meus personagens. Mas eventualmente eu vou tentar novamente, dessa vez pensando um pouco mais na hora de escolher as classes e poderes com os quais irei iniciar.
Metroid Prime 2: Echoes (Wii ~ Wii U)
Esse já estava na minha lista do ano passado e segui jogando ele nas transmissões ainda em 2022. Como eu já havia dito, apesar dos inimigos "esponja de balas", Metroid Prime 2 segue sendo o meu favorito da Trilogia Prime, com alguns toques que remetem muito a série Zelda e o que melhor desenvolve uma das grandes arqui-inimigas de Samus de todos os tempos: Dark Samus.
Celeste (Switch)
Outro que eu já havia começado no ano anterior, Celeste é um jogo de plataforma em que ao mesmo tempo que eu acho uma gracinha, em outros momentos ele me faz ter vontade de quebrar o controle ao meio. Mas eu tive uma história engraçada com ele: após um tempo sem jogar, eu voltei no meio de uma fase que já estava salva, mas com muita dificuldade para terminá-la e isso era tipo no segundo mundo ainda. Já estava ficando frustrado com o desequilíbrio e tudo mais, mas com um pouco de persistência eu consegui terminar e aí veio a grande revelação: eu estava no meio de uma fase opcional de desafio e não em uma fase normal do jogo. Claro que depois, seguindo o fluxo normal, ainda que o jogo não seja nada fácil, eu consegui desembolar muito mais rápido e acompanhar a jornada de autoconhecimento de Madeline até o topo da montanha.
Jet Set Radio (Windows - Steam)
Nossa, eu realmente fiquei pulando entre vários jogos em 2022 e Jet Set Radio, apesar de ser um dos meu títulos favoritos de todos os tempos, um dos meu Top 3 do Dreamcast, foi mais um deles. Mas tudo bem, o ponto é que de tempos em tempos, essa mistura de graffiti e patins sempre me pega de um jeito ou de outro e essa foi só mais uma delas. Infelizmente essa também é mais uma das grandes franquias que a SEGA nunca mais retirou da geladeira, eu ainda tenho que dar um jeito de emular a continuação, que está presa ao Xbox original e que provavelmente era com o que eu estava na cabeça quando peguei para jogar o primeiro jogo da série, rzs.
Leia a nossa análise de Jet Set Radio
Metroid Prime 3: Corruption (Wii ~ Wii U)
Seguindo a sequência de transmissões, foi a vez de fechar a Trilogia Prime com o seu terceiro jogo, que embora não seja o meu favorito, eu ainda sim gosto bastante. Como o único idealizado originalmente como um jogo de Wii, aqui o wiimote é usado e abusado de todas as formas, não somente como uma forma de mirar o canhão de braço de Samus nos inimigos, mas também para várias outras interações da personagem. Infelizmente os movimentos nem sempre são reconhecidos muito bem, mas como boa parte se tratam apenas de puxar alavancas ou outras coisas do tipo, acaba sendo menos pior. É aqui também que vemos o fim do arco de Dark Samus, que mais uma vez tem papel essencial na trama do jogo.
Fallout Shelter (Xbox One / Switch)
Sei lá que comichão me deu, mas eventualmente eu peguei para jogar Fallout Shelter no Xbox, mas foi no Switch que eu encontrei o lugar perfeito para ele. Por um curto período, coisa de um mês, eu estava trabalhando de casa, então era perfeito deixar o híbrido da Nintendo ligado com o jogo rodando, só interagindo ali quando o meu abrigo solicitava a minha atenção para gerenciar algum problema. Como sempre, foi bom enquanto durou, mas eu tive que largar e seguir em frente, rzs.
Leia a nossa análise de Fallout Shelter
Termo (Web)
Lembra do surto coletivo que foi esse jogo? Pois é, eu fui pego por ele também e estava gostando bastante, mas eu tive um grande problema: eu costumava deixar para jogar na hora do almoço, mas as pessoas com quem trabalho jogavam mais cedo e não se importavam de discutir abertamente a resposta antes de eu jogar. Por fim eu desanimei e acabei largando, mas é um excelente passatempo, lembrando muito a vibe das revistinhas da Coquetel.
Cuphead (Switch)
Aqui as coisas já estavam melhorando, porque dessa vez eu peguei firme, enfrentei o Diabo e terminei Cuphead!!! Como todo jogo do tipo, a dificuldade vai indo embora conforme você tenta passar pelos chefes várias e várias vezes, até que em dado momento as coisas simplesmente fluem e você consegue. Lembro até mesmo de algumas vezes ter jogado com a Letícia, mas não foi um jogo que jogamos juntos de cabo a rabo. Ainda pretendo pegar a DLC que foi lançada, porque eu realmente gostei muito desse jogo, por mais que ele faça raiva na gente.
Portal (Windows - Steam)
Em minhas tentativas de deixar as transmissões um pouco mais simples, eu fui direto para o computador e com um jogo já meu velho conhecido, Portal, o que foi bem cômodo, já que a lembrança das resoluções dos quebra cabeças vinha bem rápido a minha mente na maior parte do tempo, fazendo com que eu voasse pelas fases. Ainda sim, é um jogo excelente, com uma narrativa bem humorada e um design de fases primoroso.
Portal 2 (Windows - Steam)
Seguindo nas transmissões já emendei com Portal 2, que dessa vez é um jogo que eu nunca havia jogado. Ele segue aquela lógica de "maior e melhor" em relação ao seu antecessor, o que faz com que ele não seja tão redondinho quanto, mas ainda sim um ótimo jogo, que eu recomendo bastante para quem curte quebra cabeças.
Rez Infinite (PlayStation 4)
Sim, agora com um PlayStation 4 eu posso finalmente colocar as mãos em exclusivos um pouco mais recentes da Sony. E para começar, nada melhor do que um remaster de um rail shooter do... Dreamcast! Sim, eu amo Rez, tipo, ele é um dos meus três jogos preferidos do último console da SEGA, junto com Jet Set Radio e Space Channel 5 Part 2, e apesar de curtinho, foi ótimo relembrar todas as 5 memoráveis fases, mais a fase extra criada para essa versão. Volta e meia eu ainda pego para jogar ele um pouco, só para tentar melhorar minhas pontuações e conseguir porcentagens maiores de itens e inimigos abatidos.
Unsighted (Switch)
Unsighted é um daqueles jogos únicos que a gente sempre fica feliz por ter jogado ao menos uma vez na vida. Criação das brasileiras Tiani Pixel e Fernanda Dias, ele é um jogo de ação, com uma mecânica de parry muito gostosa
Mas não pensem que ele é apenas um mero amontoado de nostalgia, Unsighted é um título bem robusto e que possuí uma mecânica central onde a sua personagem, Alma, uma androide que possuí um tempo limitado de consciência antes de se perder para sempre, deve não só salvar as suas companheiras, que também possuem um tempo limitado, como em diversos momentos deverá escolher entre ajudar a si mesma a fim de completar a missão ou ajudar quem estiver em seu caminho. Já aviso que é impossível ajudar a todas logo de cara e cada uma que você recusa é uma facada no coração, porque se tem uma coisa que esse jogo faz bem é fazer você simpatizar pelas personagens.
Eu não quero descrever muito detalhadamente o jogo, porque eu realmente acho que esse é um título que todo jogador deveria jogar, mesmo que desligando a opção de limitação de tempo, o que eu acho que tira um pouco do que faz o jogo ser tão bom, mas ainda sim, ele se sustenta bem o suficiente em outros aspectos para valer a pena. Não por menos eu encomendei uma versão física que foi lançada por aqueles esquemas de tiragem limitada, que já está nas minhas mãos e eu pretendo jogar novamente no futuro, até para quem sabe escrever um merecido texto aqui para o site.
The Last Story (Wii ~ Windows - Dolphin)
A Letícia curte uns Tolkien e Dungeons & Dragons, então em homenagem a ela as transmissões seguiram com The Last Story, aquele RPG de ação de fantasia "medieval" que o criador de Final Fantasy lançou para o Wii e fez parte da Operation Rainfall, em que jogadores das Américas brigaram para trazer o jogo do Japão e Europa, juntamente com Xenoblade Chronicles e Pandora’s Tower. Não é um título particularmente incrível, mas que tem uma clima gostoso de contos de fada que me agrada, em especial quando não quero algo tão denso para jogar. Só não curti muito a experiência com o emulador, apesar de ter o jogo original quis facilitar as transmissões, mas acabei me frustrando com alguns travamentos constantes.
Leia a nossa análise de The Last Story
Célula a singularidade (Android)
Não lembro especificamente onde ouvi falar sobre esse jogo, mas Célula é um clicker bem safado para Android, que me pegou por conta de sua temática, que é mostrar a evolução do planeta, como a vida surgiu e se desenvolveu e, até mesmo fazer previsões de para onde irá. Eu não acho a lógica dele tão amarradinha quanto deveria, mas como um jogo de curiosidades científicas, ele é até bem interessante por algum tempo.
Panzer Dragoon: Remake (Switch)
Eu nunca joguei um Panzer Dragoon, mas sempre fui curioso em relação a série, então quando vi esse remake baratinho na loja do Switch eu corri para comprar, só para na sequência me decepcionar, porque é um jogo bem fraquinho. Para um rail shooter ele até tem uma temática interessante, mas é um jogo muito travado onde o tempo todo não parece que eu tenho controle completo sobre o dragão que funciona como se fosse uma nave de Star Fox. Pelo menos ele é bem curtinho, então não deu tempo de eu sentir nenhuma grande raiva dele.
Horizon Zero Dawn: Complete Edition (PlayStation 4)
Ok, ok, dessa vez eu peguei um jogo do PlayStation 4 mesmo para jogar, que curiosamente já estava na minha conta da Sony, porque em algum momento a empresa tinha dado de graça a versão completa e eu havia pego para jogar futuramente. Bom, e o futuro chegou.
Horizon é um jogo muito gostoso, ainda que os desenvolvedores tenham optado por decisões mais seguras em cada elemento dele, mas as mecânicas de batalha, onde para cada máquina enfrentada há uma tática e pontos fracos diferentes a serem explorados, me pegou de jeito. A história é legal também, ainda que nada muito incrível e esse jogo também foi a minha primeira platina, olhem só. Não que eu tenha ido ativamente atrás dela, mas quando cheguei no final eu meio que naturalmente já tinha feito praticamente tudo, então foi só uma questão de fazer uma coisinha ou outra para fechar.
Futuramente pretendo jogar a continuação dele e ver para onde a saga da heroína da história, Aloy, vai parar.
Star Wars Jedi: Fallen Order (Windows - Origin)
Esse foi o meu último jogo que joguei em transmissões, também ganho em algum momento que eu não lembro qual e, apesar da história meio fraquinha, mesmo para o tão maltratado universo de Star Wars, é um título bem divertido, com mecânicas que remetem bastante aos jogos da From Software, em especial Sekiro, mas que ainda sim exploram bastante os poderes de um jedi. Eu só fiquei meio puto, em especial no final, com os picos de dificuldade em em alguns chefes do jogo, mas ainda sim recomendo bastante.
Sekiro: Shadows Die Twice (Xbox One)
E falando do diabo, eis que resolvi adentrar no universo da From Software com aquele que foi eleito o melhor jogo de 2019, Sekiro. A mistura de jogo de ação com parry e ambientação em um Japão feudal fantasioso me chamou bem mais atenção do que o medieval fantástico da série Souls ou o vitoriano Bloodborne, ao menos para um primeiro passo.
Eu confesso que demorei muito para pegar o jeito dele e a câmera quebrava de uma maneira tão bizarra em alguns momentos, que não foram poucas as frustrações. Mas quando as coisas fluem, o que felizmente ocorre na maior parte do tempo, Sekiro mostra o motivo de ser um jogo de ação tão excelente, ele é aquele tipo em que você apanha muito em um chefe ou inimigo mais forte, mas depois que decora os padrões e pega o jeito, você destrói eles de uma maneira tão satisfatória, que toda a frustração das derrotas ficam para trás. Entrou fácil na minha lista de jogos preferidos e um dia quem sabe eu o revisite para fazer os outros finais.
Tony Hawk’s Pro Skater 3 (PlayStation ~ Mi Box S - Retroarch)
Veio aquela saudade das épocas de juventude em que eu jogava esse jogo na casa de um amigo meu antes de sessões de RPG de mesa que eu narrava, então botei para rodar também na Mi Box da Letícia, o que foi perfeito, já que é um jogo ótimo para ser jogado esporadicamente. Como parece ter sido o meu carma de 2022, eu não cheguei a terminá-lo com nenhum skatista, mas depois de apanhar por um tempo, foi bem legal redescobrir como fazer longos combos, com manobras que eu nunca sei diferenciar muito bem se existem de verdade ou não, afinal eu sou o Tchulanguero, não o Skateiro. Um dos melhores da série clássica na minha opinião.
Leia a nossa análise de Tony Hawk’s Pro Skater
Blasphemous (Switch)
Nós somos muito acostumados a histórias que exploram as mais diversas mitologias, como a greco/romana e a queridinha do momento, nórdica, mas raramente vemos algo equivalente sendo feito com a mitologia cristã. E bem, embora Blasphemous não seja literalmente sobre o cristianismo, é inegável a forte influência que esse jogo tem de tal temática, trazendo diversos conceitos como milagres, culpa e penitência, mas sempre de uma forma bizarra e grotesca.
Apesar de ter influências da série Souls, ele possuí um sistema bem menos punitivo e que acaba indo muito mais para o lado da exploração, tal qual um Metroid ou Castlevania. Não é um jogo muito longo, eu mesmo terminei ele em poucos dias, durante um período em que estava visitando os meus pais e não tinha muito o que fazer de noite, já que todos na casa dormiam muito cedo e eu não, rzs.
Bayonetta (Wii U)
Por mais que eu goste de Bayonetta, por algum motivo eu não fiquei tão empolgado quando o terceiro jogo foi anunciado, até que a data foi chegando, eu entrei no hype e acabei fazendo a pré-compra do jogo. Então como preparativo para a chegada do novo título da bruxa, eu resolvi jogar os dois primeiros jogos novamente.
Bayonetta ainda segue sendo um excelente hack ’n’ slash, ou character action, eu sempre me perco nessas denominações, em especial nas batalhas, mas confesso que acho o ritmo dele meio quebrado, em especial no final do jogo. Ainda sim segue sendo um excelente título, com uma das personagens mais carismáticas, que faz jus a Dante de Devil May Cry, o seu antecessor espiritual.
Leia a nossa análise de Bayonetta
Cyberpunk 2077 (Xbox One / Windows)
Eu quis ver um pouco mais de Cyberpunk fora do contexto das transmissões, onde eu sempre acho muito difícil prestar atenção de forma plena em um jogo, mas a minha opinião sobre ele não mudou muito. Ainda é um título ok, mas com a sua personagem principal, Night City, sendo bem sem graça.
Eventualmente eu baixei também a versão de PC para testar e ver como meu computador se comportaria, em especial com toda essa coisa de ray tracing que tem hoje em dia e, apesar de realmente ser bem mais bonito e rodar em uma taxa de quadros infinitamente melhor, eu continuei achando o visual não lá muito inspirado. Sei lá, eu não consigo mais ficar empolgado com um jogo somente por esse tipo de coisa.
Bayonetta 2 (Wii U)
Seguindo com os preparativos para o terceiro jogo, foi a vez de pegar aquele que é de longe o melhor jogo da trilogia e um dos melhores do gênero. Ainda que Bayonetta 2 siga muito os passos do primeiro, tudo aqui é bem mais refinado, com momentos e batalhas realmente memoráveis, com uma fluidez que poucos jogos tem. Infelizmente o jogo mais uma vez dá um derrapada no final, só que dessa vez ao invés de arrastado, tudo termina de uma forma meio corrida e um tanto quanto anticlimática, ainda que razoavelmente satisfatória.
Leia a nossa análise de Bayonetta 2
God of War III Remastered (PlayStation 4)
Esse é definitivamente um dos jogos mais estúpidos que eu já joguei na minha vida inteira. Não me entendam mal, God of War III é praticamente um jogo de PlayStation 2 lançado no PlayStation 3, sequência de um título que eu gosto e que mecanicamente entrega exatamente o que se espera dele, mas se nos dois jogos anteriores Kratos já era um personagem meio questionável, aqui ele foi embora. É tudo tão tosco e grotesco, que parece que todas as ideias saíram de uma reunião com garotos héteros cis de 12 anos.
Mas o ponto alto dele está na dublagem em português... de Portugal. Sim, esse jogo ainda é de uma época onde essa versão esquisita do nosso idioma fingia ser mais importante, e ver Kratos falando com um sotaque bizarro dá todo um tom diferente para a história, eu e a Letícia, que acompanhou todo o jogo comigo, rimos horrores.
God of War (2018) (PlayStation 4)
Bom, falou de God of War, a Letícia está junto comigo assistindo, a verdade é que ela gosta da série bem mais do que eu, mas como tem preguiça de jogar, fica me usando para ver a história, ao ponto de ter me dado de presente esse jogo que estranhamente ela estava bem empolgada para ver, rzs.
Brincadeiras a parte, eu estou gostando bastante de God of War, e por ter pego ele na sequencia do terceiro o impacto na diferença na construção do personagem é brutal. Ainda que Kratos siga sendo um cara bruto que só sabe resolver as coisas na porrada, agora ele é finalmente um personagem de verdade, que se comporta como uma pessoa.
Eu ainda estou no meio dele e como eu deixo para jogar somente quando estou com a Letícia, ainda devo demorar um pouco para terminar, mas tenho gostado bastante, tanto das mecânicas, ainda que simples, quanto da narrativa. Só poderia ter um sistema de equipamentos menos confuso, çokorro naqueles menus.
Bayonetta 3 (Switch)
Aí eu já estava empolgado com Bayonetta 3 como falei aí em cima para vocês, fiz a pré-compra e tudo mais, apesar de todo o imbróglio que rolou a respeito da dublagem do jogo, mas acabou que deu um problema lá na loja em que eu comprei e eles não conseguiram me mandar o jogo, me devolvendo o dinheiro. Mas como a essa altura ele já havia sido lançado, não foi difícil eu conseguir rapidamente uma cópia, felizmente a um preço similar, para finalmente conseguir o meu cartuchinho com a terceira empreitada da celebre Bruxa da Umbra.
Bayonetta 3 é o mais diferente dos três títulos, ainda que as mecânicas básicas sejam muito similares aos seus antecessores, agora a ideia de você poder trazer os demônios para lutar ao seu lado em qualquer momento da batalha muda muito a dinâmica das coisas, além dele ser bem mais focado em exploração de cenário. É meio estranho a princípio e concessões tiveram que ser feitas, mas eventualmente você se acostuma e as coisas ficam bem divertidas, o jogo definitivamente tem os seus grandes momentos e há umas viradas nas mecânicas em algumas fases que me colocaram um sorriso no rosto.
É um jogo que também impressiona tecnicamente. Sim, ele está muito longe de ter gráficos lindos e bem definidos, além de raramente alcançar os 60 quadros que promete, mas o que ele faz rodando no hardware do Switch é definitivamente um feito. Por outro lado, no modo portátil a sua bateria não dura nada e a direção de arte não é lá muito inspirada na maior parte do tempo.
Mas o grande problema dele mesmo é a história, que apesar de nunca ter sido o ponto alto de Bayonetta, aqui é ruim de uma forma bem incômoda. Você provavelmente viu um monte de pessoas reclamando de diferentes aspectos dela e em especial o final, e a real é que provavelmente meio que todas elas estão certas, é uma coisa pavorosa e mal construída, que não há como não ser decepcionante. Não vou ser tão pessimista a ponto de dizer que isso impede um bom futuro para Bayonetta, mas a Platinum precisa seriamente contratar pessoas melhores para escrever a história do próximo jogo.
Final Fight (Switch)
Em algum ponto do final do ano o Final Fight original ficou de graça em todas as plataformas para o Capcom Arcade Stadium, um simulador de fliperama que a Capcom disponibiliza de graça, em que você pode comprar jogos clássicos da empresa individualmente. Então em uma tarde, de uma vezada só eu o terminei, matando a saudade desse que é um dos jogos mais antigos que eu me lembro de ter jogado em um fliperama, me valendo muito dos continues infinitos que a plataforma oferece, o que foi bem divertido, mas sem chance de fazer se fosse na base da ficha como era antigamente, rzs.
Xenoblade Chronicles 3 (Switch)
Eu gosto muito do primeiro jogo da série, amo o X, mas quando chegou no segundo eu acabei ficando sem jogar, muito pelo visual dele não ter me inspirado, digamos assim. Mas o terceiro ainda que siga com o visual de anime, já demonstra algo diferente desde o seu trailer de lançamento, o que de fato se concretizou com o jogo em mãos, já que de fato Xenoblade Chronicles 3 é de longe um dos melhores JRPGs já feitos, com um texto primoroso e personagens muito bem desenvolvidos e carismáticos.
Não é exagero meu, ainda que a construção de mundo seja relativamente simples, os diálogos dos personagens, suas personalidades e comportamentos são extremamente bem escritos, e embora não sejam perfeitos, eu passei momentos com esse jogo legitimamente emocionantes.
Talvez o maior "problema" dele é que, como padrão da série, ele vai exigir muito tempo do jogador. Na teoria dá para focar só na missão principal, mas definitivamente eu não recomendo isso, em especial pelas excelentes histórias paralelas que são apresentadas. Eu terminei ele por esses dias, fazendo praticamente tudo o que o jogo tinha a oferecer, ao menos em sua versão base, e lá se foram aproximadamente umas 275 horas de jogo, é muito tempo!
No final eu sai tão empolgado que fiquei tentado a jogar a Definitive Edition do primeiro jogo que foi lançada para o Switch, que possuí uma história a mais que faz uma ligação com o terceiro jogo, e até mesmo o segundo jogo e sua DLC de história, só para ter um pouco mais dessa série, embora eu saiba, que o texto não vai chegar nem perto. De qualquer forma, ainda será lançada toda uma história nova para talvez esse final de ano e eu já estou no hype desde agora.
Menções honrosas
Dois jogos que eu não joguei tanto, mas que merecem ser mencionados: o primeiro foi Triangle Strategy (Switch), jogo de estratégia por turnos, mais especificamente a demo do jogo, que é bem grande e me pareceu ser um título excelente, e o segundo é Tunic (Xbox One), que eu joguei um pouco em uns dias em que peguei uma promoção de assinatura do Game Pass, mas que me pareceu bem interessante também, sendo uma espécie de Zelda com um conceito bem original sobre o que é e como deve ser um tutorial de jogo, fazendo uma relação com os antigos manuais de jogos.
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Então ficamos por aqui, com mais uma lista do que eu joguei no ano anterior, bem recheada mais uma vez. Para 2023 as coisas provavelmente vão ser menores em número, mas é porque eu pretendo jogar algumas coisas grandes, fora que logo mais teremos o lançamento de Tears of the Kingdom, que com certeza irá consumir a minha vida por alguns meses.
Desejo para todes um excelente novo ano, agora com talvez as coisas um pouco mais tranquilas, espero pelo menos, para que possamos aproveitar melhor nossos momentos de descanso com o nosso lazer preferido, uma pausa justa na vida de nós proletários assalariados. Beijos e vão jogar!!!
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Esta publicação faz parte do meme gamer "O que você jogou em 2022?", que foi organizado mais uma vez pelo nosso grande parceiro Marvox e irá ocorrer até
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* Revisado em 21/02/2024 às 21:35:46
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