Falo estranhamente, porque na minha cabeça eu havia jogado muito menos coisas e aí ao pegar a lista eu vi que alguns jogos que eu jurava ter jogado em anos anteriores, na verdade eu joguei em 2021 mesmo, apesar de alguns verdadeiramente repetidos. A essa altura também a noção de tempo já foi para o caralho.
Mas também não foi por menos, além de seguir jogando alguns jogos mais antigos que eu tenho, bem menos do que eu gostaria, é verdade, e investir ainda mais no Xbox One para aproveitar um pouco mais de jogos modernos, eu também acabei adquirindo um Nintendo Switch, um modelo usado que caiu praticamente de bandeja no meu colo com um preço irresistível, que apesar de não ter sido presente, mais uma vez contou com participação da namorada aí no processo. E com ele eu me vi pego de maneira muito forte e inesperada pelo modo portátil, assim passei a jogar algumas coisas através de partidas rápidas em momentos específicos do dia, sem aquela coisa de "sentar para jogar", que nem sempre é possível fazer.
Ajuda também o lance das transmissões, em que eu sempre estou jogando alguma coisa diferente do cotidiano e que acaba expandindo bem mais as possibilidades, já que normalmente eu não costumo jogar várias coisas ao mesmo tempo.
Relembre o que eu joguei em 2020
Agora sem mais enrolações, a minha lista com o que eu joguei em 2021!
Mario Kart Tour (Android)
Foi divertido (às vezes), mas acabou. Depois de um bom tempo jogando Mario Kart Tour, a Nintendo lançou uma atualização que deixou de fora o meu celular, que aparentemente não tem mais hardware para rodar o jogo. Eu pessoalmente não fiquei muito abalado, mas minha namorada curtia bastante e ficou particularmente chateada. Por esse lado, perdemos aquele jogo que servia para a gente ficar trocando figurinhas um com o outro, uma pena.
Street Fighter 30th Anniversary Collection (Xbox One)
Eu já havia falado da última vez que ganhei esse jogo de Natal e como estava na vibe de jogos de luta da Capcom, aqui a coisa só seguiu o seu fluxo. Aproveitei não somente para dar aquelas jogadas esporádicas em títulos que eu gosto bastante, como Street Fighter Alpha 2, Street Fighter Alpha 3 e Street Fighter III: 3rd Strike, como também encarei o primeiro Street Fighter de todos, que me faz questionar seriamente qual foi o motivo de terem feito um segundo jogo da série, porque está para criarem jogo com comandos mais truncados e desajeitados que esse. Eu sinceramente me vi incapaz de terminá-lo sem ser na base do savestate, ainda sim com muita dificuldade, só para ver o Sagat caído no chão ao final.
The King of Fighters XIII (Xbox 360 ~ Xbox One)
Esse aqui veio em um dos jogos dados para os assinantes da Gold e serviu de brinquedo por algumas semanas. É realmente impressionante o nível de detalhe dos desenhos e animações dos personagens, todos feitos a mão, mas no fundo é a mesma The King of Fighters de sempre, para o bem e para o mal.
Uma coisa bizarra que eu notei é que ao jogar com a Mai Shiranui, personagem que eu sempre gostei bastante desde The King of Fighters ’96 do Game Boy, os diálogos que antecediam as lutas são quase sempre uma tentativa pífia dos desenvolvedores de justificar as roupas, ou falta de, da personagem.
Nier: Automata - Become as Gods Edition (Xbox One)
Eu reconheço que Nier: Automata é um jogo bem feito, com ideias legais, toda uma viagem filosófica como base, mas... não, para mim é no máximo um jogo ok, ainda que bem produzido, que esconde o quão rasas são algumas de suas ideias em uma narrativa desnecessariamente confusa, história picotada entre várias perspectivas e um mundo aberto enfadonho. Nem o sistema de batalha me pegou muito, apesar de mais uma vez, ter boas ideias aplicadas, o que é um pouco triste vindo de um jogo feito pela Platinum.
Me incomodou muito também a representação feminina hipersexualizada durante todo o jogo, em especial da protagonista, uma androide de batalha, caracterizada como uma adolescente usando roupas estilo Lolita, que volta e meia aparece em poses eróticas disfarçadas. Não custa lembrar que toda essa estética tem ligações com pedofilia, mesmo que não tenha sido a intenção dos desenvolvedores.
Ainda sim foi um título que eu joguei bastante, tendo não feito apenas um dos finais, o mais complexo e que me exigiria um esforço enorme que eu definitivamente não estava interessado em fazer. Inclusive houve um trecho em uma das sequencias em que você fica alternando entre dois personagens contra um chefe, que foi o mais próximo que eu vi da Platinum dos "hack ’n’ slash sangue no olho" brilhar, o que realmente conseguiu me colocar um sorriso no rosto.
Bloodstained: Ritual of the Night (Xbox One)
Aí eu tive a brilhante ideia de jogar o Castlevania que não é Castlevania em uma transmissão na Twitch de cabo a rabo e foi de longe uma das piores decisões da minha vida. Não que o jogo seja ruim, tenho certeza que muita gente amou ele e tem sim seus méritos, mas eu já cansei dessa nostalgia por jogos difíceis "porque sim" e em uma transmissão tudo fica ainda pior. No final esse jogo me marcou zero, a parte da exploração, que é o que eu mais curto no gênero, foi completamente sobrepujada pelas batalhas e dificuldade exagerada, a história é qualquer coisa e apesar do jogo ter os seus momentos, nada ali me foi muito especial.
Mass Effect Andromeda (Xbox One)
Mass Effect é uma série que para mim enquanto foi melhorando mecanicamente com o tempo, foi declinando cada vez mais como RPG ao longo dos títulos, em especial no terceiro jogo. Então não é como se eu esperasse muito de Andromeda, até por já ter sido largamente criticado depois de alguns anos de lançamento.
Mas a curiosidade bateu, ele estava ali de bobeira no Game Pass e eu resolvi jogá-lo. E assim, o texto é sofrível? Sim, bastante, salvo um momento ou outro de inspiração, tem horas que parece que os escritores só digitaram aleatoriamente qualquer coisa. Ainda assim no final eu me diverti bastante com ele.
Apesar da mecânica de ir recuperando os planetas ser meio repetitiva, eu entretive-me bastante com elas, as batalhas e movimentação dos personagens são ótimas, alguns cenários são realmente muito bonitos e é uma pena que esse jogo tenha tido um escopo tão limitado por problemas em seu desenvolvimento, há ali um conjunto de boas ideias pedindo por um carinho bem maior do que o que foi dado.
Alien: Isolation (Xbox One)
Jogo tenso, com sessões de cagaço a cada cinco segundos, vai se fudê! A Angela ficou falando de jogar no difícil, mas nem fodendo, no normal eu já passei perrengue demais com o Alien me caçando o tempo todo e ouvindo todos os peidos que eu estava dando de medo dentro dos armários da estação espacial em que o jogo se passa.
Mas de verdade, o único problema dele é ser longo demais. Como todo jogo desse tipo, ele é meio que um quebra-cabeças sobre como chegar do ponto A ao B evitando o monstro perseguidor, aí eventualmente você começa a decorar os padrões, conseguir melhores equipamentos e o medo do monstro vai acabando... até que o filhodasunha vai lá e te dá um susto mesmo assim.
E tem os androides, malditos androides... aaaaaaaaahh!!!
Leia a nossa análise de Alien: Isolation
Titanfall 2 (Xbox One)
Eu não sou fã desses jogos de tiro em primeira pessoa da escola Call of Duty, mas sempre ouvi tão bem sobre o modo história de Titanfall 2 que resolvi experimentar. E de fato é um bom jogo, que vai além do simples tiroteio para apresentar cenários e mecânicas bem variados, quase que brinquedos, ao longo de sua trama, que apesar de meio batida, é muito competente em demonstrar a relação de amizade entre o protagonista e o seu Titan. O problema é que é tudo tão rápido, o modo história dura tão pouco, que eu senti que parte do potencial é meio que desperdiçado.
Quantum Break (Xbox One)
Eu realmente queria entender qual era a ideia aqui. Quantum Break é um jogo de tiro em terceira pessoa ok, que mescla armas de fogo e alguns poderes envolvendo manipulação do tempo até interessantes, que as vezes tornam as batalhas uma espécie de quebra-cabeças a ser resolvido, nunca incríveis, mas que cumprem o seu objetivo a contento.
O problema é que alguém achou que seria legal além de contratar uma série de atores de peso para viver os personagens, como o protagonista, que é interpretado pelo ator Shawn Ashmore, conhecido por fazer o Homem de Gelo nos filmes dos X-Men, também produzir uma série de TV do jogo e colocar tudo junto. Entre um capítulo e outro, você assiste a um episódio da série, que dura uns 20 minutos cada, mostrando o que acontece do lado dos vilões da história e variando de acordo com as suas decisões ao longo da jornada. Mas no final isso não agrega nada, é só como se fosse uma grande cinemática contanto uma parte da história de vez em quando.
A série até conta com bons atores, como Aidan Gillen e Lance Reddick, que eu não conhecia muito, mas recentemente passei a ter mais contato ao assistir a excelente The Wire, mas não pareceu ter tido com um grande orçamento, fazendo com que as constantes cenas com efeitos especiais deixem tudo com um tom meio toscão.
Ryse: Son of Rome (Xbox One)
Tinha um restinho de Game Pass sobrando, aí usei o HowLongToBeat para escolher algo rápido de terminar e acabei optando por Ryse, mais pela curiosidade do que por vontade de jogar.
Lembro de lá na BGS 2013 ter jogado a demo e gostado do combate, mas o Caduco já havia torcido o nariz e depois de eu jogar Batman: Arkham City eu entendi o motivo, já que o jogo tem uma pegada similar, só que mais sem graça.
E de fato é um jogo bem qualquer coisa, com uma história genérica de vingança de um soldado romano e esse sistema de combate ok, mas que não anima muito. No fim ele serve só como uma tech demo do Xbox One mesmo, com gráficos tecnicamente bonitos, mas como uma direção de arte sem nenhuma inspiração.
Fallout: New Vegas (Xbox 360 ~ Xbox One)
Depois do meu Game Pass promocional ter acabado, eu finalmente voltei a New Vegas e putz, que jogo foda né?! Apesar de tecnicamente e mecanicamente um pouco datado, tanto a narrativa quanto a miríade de possibilidades que ele te proporciona são algo que mesmo hoje é difícil ver em RPGs. A forma como as coisas se influenciam e se conectam, a liberdade de ação que ele te dá, colocaram ele lá no topo da minha lista de jogos preferidos. A cereja do bolo para mim foi a forma como ele me permitiu enfrentar o "chefe final", respeitando completamente a personagem que eu havia montado, permitindo usar as habilidades específicas que eu escolhi desenvolver ao longo do jogo: basicamente eu derrotei ele só na lábia.
The Witcher 3: Wild Hunt (Xbox One)
Saindo de um RPG foda, caí em um mais ou menos. Sim, Witcher 3 dá um salto gigantesco em relação ao seu antecessor e agora se tornou um jogo decente, mas não vai muito além disso. Praticamente tudo nele termina em porrada, não importa o que você faça, os sistemas são desengonçados e as batalhas sempre vão terminar com você rolando eternamente até aparecer uma brecha para atacar. É sério, eu usei essa tática até no chefão final e foi sucesso garantido.
O modo como ele guia os finais também me incomodou profundamente, com uma série de decisões arbitrárias que você precisa tomar em um trecho mais para o final da história principal. O pior de tudo é que eu gostei do final ruim, que foi o que eu acabei inadvertidamente fazendo, é realmente um bom desfecho para a história de Gerald, ainda que trágico, mas pior ainda foi assistir aos outros finais depois pelo o YouTube e ver que as partes que eu mais esperava ver não passam de uma desenho com um parágrafo de três linhas completamente genéricos.
Mas há de se elogiar algumas coisas, como alguns arcos de história, em especial o do Barão Sangrento, a construção de mundo e principalmente a sua ambientação, que faz você realmente sentir como é estar naquele universo de fantasia medieval, chegar em Novigrad pela primeira vez e não ficar absorto com o nível de detalhes é difícil.
De qualquer forma, apesar de não por agora, ainda pretendo sim jogar as DLCs Blood and Wine e Hearts of Stone.
Hellblade: Senua’s Sacrifice (Xbox One)
Apesar de já ter jogado Hellblade antes e dessa vez voltar mais para fazer a transmissão depois de adquirir a minha cópia física dele, não tem como não ficar tenso com esse jogo, que é de longe também um de meus preferidos. Eu ainda acho toda a trajetória de Senua algo muito bonito, apesar de todo o sofrimento da personagem, com um final que se conecta com a gente de tantas formas, que não dá para não se emocionar de algum jeito.
Leia a nossa análise de Hellblade: Senua’s Sacrifice
Cuphead (Switch)
Aí eu comprei um Nintendo Switch usado né, que veio com Cuphead, então pesei "Poxa, finalmente vou poder jogar esse negócio"... cinco minutos depois eu já queria jogar o controle na parede, rzs.
Agora sério, Cuphead é um jogo excelente, mas realmente vai exigir muita paciência e dedicação de quem quiser jogar, é daquele tipo sobre você ir decorando os padrões até conseguir avançar cada vez mais. Eu não peguei ele para jogar direto em nenhum momento, mas sempre gosto de brincar de vez em quando para passar um chefe ou uma fase, até um dia eu quem sabe terminar.
Never Alone + Foxtales (Xbox One)
Never Alone é um jogo curtinho de plataforma, muito simpático, baseado em algumas histórias do povo Iñupiat, nativos da região que hoje é conhecida como Alasca, pertencentes a um grupo indígena que pejorativamente ficou conhecido por muitos como "esquimós".
O título possuí trechos documentais com os próprios Iñupiat narrando as suas histórias, fazendo ligações com o que acontece no jogo e também comentando sobre as mudanças que ocorreram em suas terras ao longo dos anos, incluindo em como o aquecimento global vem afetando a suas vidas.
The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Switch)
Aí o Switch que eu comprei também veio com Zelda né, e eu já tinha jogado umas 500 horas (literalmente) de Zelda no Wii U, mas bateu a curiosidade de ver como ele roda no videogame novo, nada demais na real, uns detalhes gráficos muito sutis melhorados, a resolução um pouco maior, mas de resto igualzinho.
Hum, não vou jogar novamente, mas deixa eu ir naquele santuário ali na frente... legal né. Ah, só fazer os santuários não tem problema, não vou chegar nem perto da história principal. Putz, ficou faltando dois dos 120 santuários, tem que passar umas bestas para conseguir os outros dois né, deixa eu ir nelas também. Ah, já tô passando as bestas mesmo, deixa eu pegar as missões principais e enfrentar o Calamity Ganon... caramba, lá se foram mais 90 horas de jogo.
Leia a nossa análise de The Legend of Zelda: Breath of the Wild
Deus Ex: Mankind Divided (Xbox One)
Dessa vez não teve erro, peguei logo a versão física e pude jogar Mankind Divided até o fim. E esse Deus Ex é um jogo que eu continuo gostando bastante, apesar de ser bem similar a seu antecessor e, mais uma vez um RPG que deixa eu resolver as coisas do jeito que eu quiser, ainda que as vezes acabe caindo para o tiroteio. Só é uma pena ele ter sido tão picotado entre DLCs sem sentido, jogando só o jogo base fica sempre parecendo que está faltando algo entre o Human Revolution e ele.
Rocket League (Switch / Xbox One)
Apesar de ter ficado mais concentrado no começo do ano, eu ainda encontrei um tempinho entre uma coisa e outra para umas partidas de Rocket League, puta jogo divertido. Como a Microsoft liberou o online para jogos gratuitos, o Xbox One acabou virando a máquina principal para o jogo, seguido do Switch, que também permite jogar online da mesma forma. O melhor de tudo é que o progresso é compartilhado, então tanto faz onde eu estiver jogando.
Super Meat Boy (Switch)
Foi só uma vez para transmissão, meio a trabalho por ter recebido uma chave para análise para a então recém lançada versão para Switch, mas Super Meat Boy é sempre um jogo divertido de jogar, tirando a parte depois que você morre umas 20 vezes no mesmo lugar e quase trinca os dentes de raiva, rzs.
The Legend of Zelda: Skyward Sword (Wii ~ Wii U)
Eu concordo que ele não é lá o melhor Zelda da série, mas Skyward Sword é um título que eu sempre acho bem gostoso de jogar, seja pelo clima descontraído que ele tem, seja pelos controles de movimento, que eu sei que muita gente não gosta, mas eu particularmente amo.
E jogá-lo novamente depois de Breath of the Wild foi bem interessante, muita coisa além do que eu lembrava antes já estava ali, inclusive alguns efeitos sonoros. Se o próximo Zelda conseguir reaproveitar algumas ideias dele e aplicar do jeito certo, com certeza teremos um jogo excelente.
Leia a nossa análise de The Legend of Zelda: Skyward Sword
Overcooked: Special Edition (Switch)
Peguei em uma promoção para jogar jogar com a namorada e, apesar de termos nos divertido bastante, chega uma hora que parece que o jogo realmente demanda mais pessoas ao mesmo tempo, gerenciar a cozinha apenas de dois é um desafio que pode ser meio cruel de vez em quando. Mas ainda sim é um jogo que gosto bastante.
Downwell (Switch)
Acabou que não joguei tanto, mas não resisti e comprei Downwell para o Switch também, para mais uma vez pular no poço enfrentando monstros com as minhas pistobotas. Não consegui ir muito além do que já costumava ir antes na versão de celular, mas jogar com controles é bem melhor do que na tela de toque. Essa versão ainda permite jogar com o aparelho na vertical, o que muito útil principalmente no modo portátil, apesar de não ser o jeito mais confortável do mundo de se jogar.
Asphalt 9: Legends (Switch)
Da série já a essa altura clássica de celulares, esse é um free to play de corrida estilo arcade que eu achei bem honesto. Sim, ele tem um milhão de microtransações, carros e itens que você pode comprar com dinheiro real, mas se o seu objetivo é só jogar umas partidas rápidas despretensiosamente sozinho, ele funciona perfeitamente bem. Mesmo nos momentos em que você empaca em uma corrida ou outra, sempre tem um outro campeonato ou algum outro modo que dá para você se divertir, mesmo a limitação de você ter que gastar gasolina dos carros a cada corrida também é bem tranquilo.
Final Fantasy VII (Switch)
O fim de uma era chegou, depois de anos eu finalmente joguei Final Fantasy VII inteiro, fazendo tudo o que tinha direito, Chocobo Dourado, Knights of the Round, derrotar todas as Weapons, tudo!!! Mas isso só foi possível graças a esses recursos maravilhosos introduzidos nas últimas versões do jogo que são poder desligar as batalhas aleatórias a qualquer momento e acelerar a velocidade do jogo em 3 vezes. Somado isso ao fator Switch, ficou fácil de vez em quando dar aquela jogada rápida só para subir o nível dos personagens, para em outros momentos poder jogar mais a sério seguindo a história.
E é engraçado como mais uma vez esse é um JRPG que quando você tira toda a carga da idolatria dos fãs e até mesmo a exploração monetária por parte da própria Square Enix, se torna um jogo muito mais simples e agradável. Aliás, é incrível como apesar de tudo que já foi lançado como spin-off desse jogo, e ainda é com o seu remake, a história dele é muito bem fechada em si mesma, ainda que eu tenha as minhas críticas a ela.
Ainda pretendo escrever uma análise dele, uma hora quem sabe sai.
Cyberpunk 2077 (Xbox One)
Depois de jogar o tão aclamado Witcher 3 e perceber que a CD Projekt Red está muito longe de ser um estúdio que sabe fazer grandes jogos com bons sistemas, que teve boa parte do seu sucesso atribuído nos últimos anos a um universo muito amplo e rico, mas que não foi criado por ela mesma, eu só consigo pensar que toda a expectativa em cima de Cyberpunk 2077 foi infundada ou então parte um delírio coletivo, ainda que também tenha sido baseado em um universo criado por outros.
Todos os problemas dos sistemas de Witcher estão repetidos aqui exatamente da mesma forma, aliás, a estrutura de jogo é a mesma, se V pudesse rolar para esquivar eu diria que seria uma cópia fiel. Mas o maior problema é que aqui além da história ser bem mais fraca, com trechos que parecem que saíram da mente de uma pessoa de 14 anos, com bem mais frequência do que acontecia em Witcher 3, a ambientação também é muito decepcionante, Night City é só uma enorme cidade sem graça que não desperta muito o interesse para a exploração.
Não vou dizer que é um jogo ruim, mesmo com todos os problemas técnicos, mas jamais que ele vale o preço cheio, somente com uma promoção muito grande, como foi meu caso na edição física, e se houver curiosidade, fora isso é um título que pode ser perfeitamente ignorado.
Pokémon Unite (Switch)
Só Pokémon mesmo para me fazer jogar um MOBA. Mas de fato, Pokémon Unite é um jogo bem divertido, que eu destaco além da familiaridade com o universo de Pokémon, as partidas rápidas, de dez minutos, como pontos principais. E é de graça também.
Não que eu tenha ido muito longe no jogo, esse lance de ter que ficar jogando todo dia, aprendendo melhores estratégias, evoluindo personagens e tudo mais, definitivamente não é para mim, então eu entro só esporadicamente para uma partida ou outra, mas há de se reconhecer todo o mérito dele.
Mario + Rabbids Kingdom Battle (Switch)
Finalmente joguei o XCOM simplificado de Mario feito pela Ubisoft. Enquanto a parte de exploração dos cenários é bem qualquer coisa, com quebra-cabeças simples que raramente desafiam o jogador, e um humor ok, mas que não chega nem perto de alguns outros títulos envolvendo o encanador italiano, a parte das batalhas é muito bem feita e divertida, sendo até engraçado ver os personagens do mundo de Mario empunhando armas.
Infelizmente eu senti que o seu maior trunfo é também o seu maior defeito. Enquanto a simplicidade é algo que facilita muito você se habituar com as batalhas estratégicas, rapidamente eu senti falta de sistemas um pouco mais complexos, em especial no quesito de evolução de personagens, que é praticamente inexistente. Bom, acho que agora é a hora de eu tomar vergonha na cara e pular logo de cabeça em algum XCOM...
Super Mario Odyssey (Switch)
QUE... JOGO... FODA!!!
Super Mario Odyssey é uma das coisas mais bem feitas que a Nintendo lançou nos últimos anos, tudo, desde direção de arte, trilha sonora, mecânicas, controles, fases, tudo tem um esmero tão grande que só com um coração de pedra para não gostar.
A ideia de você ter cenários maiores, mas agora com muito mais "estrelas" espalhadas é ótima, porque deixa você sair explorando tudo de forma mais solta e ainda sim ser recompensado por isso, até por conter muitas áreas secretas, mas sem exigir demais para avançar na história se você quiser.
O chapéu bumerangue também é outra adição ótima, não somente como forma de ataque, mas como forma de ampliar a mobilidade de Mario, permitindo também você dominar o corpo de alguns seres e adversários, funcionando como os power-ups do jogo.
Eu só fiquei meio maluco com o fato de New Donk City, a parte de cidade do jogo que apareceu tanto nos trailers iniciais, ser um lugar que você só chega lá para o meio da história, apesar de valer cada minuto de espera, de longe a minha área favorita.
Agora, só para arrematar, porque eu já estou falando muito e ainda pretendo escrever melhor sobre, mas é impressão minha ou os desenvolvedores realmente jogaram umas referências a Sonic ali no meio? Inclusive tem uma música no final do jogo que poderia ser encontrada tranquilamente em um Sonic 3D da vida.
Metroid Prime (Wii ~ Wii U)
Em especial depois da minha experiência com Cyberpunk, eu cheguei a conclusão de que transmitir jogos que eu ainda não joguei não vale muito a pena, é difícil se dedicar ao jogo de maneira integral dessa forma. Então porque não usar isso como desculpa para jogar coisas que eu gosto e já conheço de cabo a rabo? Foi nessa aí que eu decidi rejogar a trilogia Metroid Prime, obviamente na ordem.
O primeiro título dessa série não é o meu preferido dos três, mas é um que eu gosto bastante, é incrível como a Retro Studios conseguiu trazer boa parte do clima de Super Metroid para um universo em 3D e ainda mais como um jogo de tiro em primeira pessoa.
Claro que hoje ele já é um pouco defasado em termos mecânicos, mas ainda sim segue sendo bem gostoso de jogar, em especial com os controles de movimento do Wii... sinto muito quem não gosta, mas vocês estão errados.
O maior defeito dele é ter batalhas que definitivamente não foram feitas para quem tem 30 anos ou mais, se antes eu já terminava algumas delas com as mãos doendo, agora então nem se fala, rzs.
Horizon Chase Turbo + Senna Sempre (Xbox One)
Horizon Chase é um jogo que eu gosto bastante e que com controles físicos ficou ainda melhor. Foi a primeira vez que coloquei as mãos na versão Turbo, na real para experimentar a DLC Senna Sempre, que trouxe um novo modo com algumas mudanças em relação ao jogo base, com a história baseada na carreira de Ayrton Senna, carros de Fórmula 1, que são mais velozes, outras dinâmicas de corrida e visão em primeira pessoa, bem nos moldes do clássico Super Mônaco GP. É um excelente conteúdo, eu só achei que poderia ter se desprendido um pouco mais do jogo base.
Leia a nossa análise de Horizon Chase
Leia a nossa análise de Horizon Chase: Senna Sempre
Forza Horizon 5 (Xbox One)
Eu havia gostado de Forza Horizon 4, mas estava sussa em relação ao quinto título da série, até que eu vi um post do Somari no Twitter, me bateu uma coceira e eu acabei comprando a versão física do jogo, aquela que vem com uma bombeta, que acho que é a versão padrão que veio para todo mundo mesmo.
Apesar do preço um pouco salgado de lançamentos atualmente, foi uma decisão muito acertada da minha parte, porque Forza Horizon 5 é um excelente jogo de corrida e o cenário do México deu um clima bem diferente em relação ao seu antecessor, até porque agora a gente dirige do lado certo da rua.
O jogo em si não mudou muito, as mecânicas básicas seguem as mesmas, salvo uma adição aqui ou acolá, mesmo tecnicamente, ao menos no Xbox One ele segue o mesmo, mas os cenários continuam impecáveis como sempre, e não sei porque as ruas do México me trazem um clima de familiaridade um pouco maior.
Como sempre, aqui eu fico mais andando a esmo, mapeando as estradas e procurando as placas de experiência do que correndo, mas tenho tentado brincar um pouco em alguns modos, em especial nas corridas de rua, ainda que eu tenha que manter a maior parte das assistências ligadas e usar muito a função de rebobinar.
Com certeza seguirá na minha lista de jogos de 2022.
Metroid Dread (Switch)
Esse aqui eu não resisti e fiz a loucura de comprar a versão física, fazendo o máximo de gambiarras possíveis para abaixar um pouco o valor que eu tive que pagar, o que ainda sim deixou o jogo caro. Minha recomendação, não façam isso em casa, no máximo uma versão digital, ou então pirateia mesmo, porque tá fora de qualquer realidade o preço dos jogos físicos do Switch.
Agora, falando do título em si, eu adorei! Não, ele não chega nem perto de um Super Metroid, tendo uma vibe completamente diferente, parecendo mais um remake de uma sequencia de Metroid Fusion, que na verdade nunca existiu, incorporando vários elementos que a Mercury Steam, que desenvolveu o título, introduziu em Samus Returns.
É verdade que ele tem alguns tropeços, como os E.M.I., que no final das contas não acrescentam muito, além de ser meio linear, o que na visão de muitos é um pecado para a série, algo justo inclusive, mas ao contrário de Fusion, aqui essa linearidade é mais sobre um level design inteligente levando o jogador ao lugar certo do que a IA Adam dizendo para onde você deve ir.
Por outro lado, o que os desenvolvedores fizeram em termos de mecânicas deixou esse Metroid extremamente fluído e gostoso de se jogar, de uma forma que nenhum outro jogo 2D da série havia feito, além de essa ser de longe uma das personificações mais fodonas da Samus em todos esses anos.
Como vocês devem imaginar, esse é um jogo que deve aparecer ainda no site sob a forma de análise ou transmissão, talvez os dois? O fato é que com certeza eu vou querer jogá-lo novamente várias vezes para obter todos os finais.
Metroid Prime 2: Echoes (Wii ~ Wii U)
Metroid Prime 2 é dos meus jogos favoritos de todos e o que eu mais gosto dentro da trilogia. Além de melhorar muitos aspectos em relação ao primeiro, ele rompe mais com a parte nostálgica e abraça um novo cenário, com novas possibilidades, mas ainda assim mantendo as características que fazem você o reconhecer como um jogo da série Metroid.
É um jogo que também traz uma estrutura que a princípio parece mais engessada, com objetivos gerais mais definidos, se aproximando ainda mais de um Zelda, mas que funciona muito bem dentro da proposta. O lance de você ter que alternar entre duas dimensões, sendo que uma delas literalmente tem um ar tóxico que causa dano constante a armadura da caçadora de recompensas, acrescenta outra camada a parte de exploração.
Seu maior defeito é que os inimigos costumam ser um pouco "esponja de balas" e muitas vezes é mais sobre você ficar atirando por mais tempo do que realmente uma grande dificuldade, isso é mais aparente ainda nas batalhas contra os chefes, por isso eu não recomendo muito jogar nas dificuldades maiores. Só para constar, a versão original para GameCube é ainda pior nesse aspecto.
Celeste (Switch)
Esse jogo de plataforma simpático eu fiquei conhecendo há muito tempo, até por contar com o trabalho dos artistas brasileiros do estúdio Miniboss, o qual eu sempre tive interesse, mas ainda não havia jogado.
Ainda estou no começo e jogando de maneira bem intercalada, pegando o Switch e passando um trecho ou outro em partidas rápidas, mas apesar da vontade de quebrar o console no meio por conta da dificuldade, tenho gostado bastante.
As mecânicas são boas, a direção de arte é linda e assim como Super Meat Boy ele já te coloca rapidamente no ponto em que você morreu para tentar novamente.
Também a história de Madelaine sobre superar os seus próprios medos ao escalar a montanha é realmente algo, ainda quem bem intercalada em meio as sequencias do jogo.
Halo Infinite (Multiplayer) (Xbox One)
Eu não sou lá muito o cara dos jogos de tiro, mas o multiplayer de Halo Infinite é de graça, ele não tem muito daquela estética de guerra do mundo real, com armas de verdade e tudo mais, ainda que extremamente militarista, então resolvi experimentar o jogo do momento.
Obviamente que das vezes que eu joguei eu morri bastante, algumas pessoas devem ter ficado muito putas comigo, mas gostei das mecânicas mais focadas em estratégias de grupo e que não são exclusivamente sobre dar tiros, como o modo em que ganha a equipe que ficar mais tempo segurando uma... bola.
Duvido que vá virar "o jogo" para mim, mas é bem provável que eu siga jogando uma partida ou outra de vez em quando.
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Então esses foram os jogos que joguei no ano passado, foi até legal escrever, mesmo que brevemente, sobre cada um e relembrar de como foram as jogatinas.
Para 2022 eu espero manter o mesmo ritmo, ainda tenho muita coisa parada aqui em casa para jogar e tenho até mesmo evitado comprar muitos jogos novos para não atrapalhar a fila, mas vai saber né, nunca se sabe quando a Nintendo vai lançar um Breath of the Wild 2, Bayonetta 3 ou Metroid Prime 4 para jogar a empolgação lá para o alto.
Tem também o fato de eu finalmente depois de anos ter comprado um novo computador, que apesar de não ter sido adquirido com o foco em jogos, dessa vez eu planejei bem e consegui comprar peças boas o suficiente, que com certeza servem para rodar tudo que está sendo lançado até o momento, então pode ser que alguns jogos de computador ou mesmo emulação que exijam um pouco mais de hardware, devam entrar eventualmente nas minhas jogatinas.
No mais é isso, espero que tenham gostado da lista, um abraço para todes, tomem a terceira dose da vacina, assim como qualquer outra futura dose que seja necessária, utilizem máscaras PFF2 em lugares públicos, um excelente 2022 e vão jogar!!!
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Esta publicação faz parte do meme gamer "O que você jogou em 2021?", que foi organizado mais uma vez pelo nosso grande parceiro Marvox e irá ocorrer até o dia
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* Revisado em 03/02/2022 às 19:57:46
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