Análise de Horizon Chase - Com pouco mais de um ano, Horizon Chase segue como um ótimo exemplo de que bons jogos podem apelar a nostalgia, mas ainda sim se manterem contemporâneos.
Com pouco mais de um ano, Horizon Chase segue como um ótimo exemplo de que bons jogos podem apelar a nostalgia, mas ainda sim se manterem contemporâneos.
Quem cresceu jogando entre a terceira e quarta geração de consoles, com certeza irá se lembrar com carinho de clássicos como Out Run e Top Gear, jogos de corrida com mecânicas simples e desafiadoras, que com o passar dos anos foram sendo substituídas pelas complexas simulações dos jogos atuais. Mas de uma plataforma que muitos jogadores daquela época abominam hoje em dia, os celulares, surge um jogo que trás o legado dos antigos títulos de corrida aos novos tempos, Horizon Chase.
Desenvolvido pelos gaúchos da Aquiris Game Studio, Horizon Chase não somente consegue ser uma grande homenagem aos jogos do passado, mas também um excelente mobile game. Algo que nem sempre é entendido por muitos estúdios, é que jogos para celulares podem ser bons, mas tem suas especificidades, e isso é muito respeitado em Horizon Chase.
A não ser que você tenha um daqueles controles para usar com o celular, sim, você terá que jogar com os dedos na tela. E se por um lado não tenha nada o que se fazer a respeito da falta de resposta tátil dos botões virtuais, a Aquiris os posicionou bem o suficiente para que eles ocupem o menor espaço possível. É aqui também que vemos a nostalgia servindo ao game design, uma vez que utilizar poucos comandos também auxilia nessa economia de espaço. Tudo o que você tem são dois botões que controlam o carro para a direita e para a esquerda, um botão para acelerar, que funciona como freio quando você o solta e outro para ativar o nitro. E esses botões respondem de uma maneira rápida e precisa durante o jogo, sendo que eu nunca me senti perdendo o controle do carro.
Outro ponto que também me agradou bastante foi com o quão leve Horizon Chase roda em meu celular, um Moto G de 2ª geração que definitivamente não é uma boa plataforma para jogos. Mesmo em pistas com neve ou chuva, em que o aparelho é um pouco mais exigido, a queda na taxa de quadros não chega a me impedir de jogar.
Graficamente Horizon Chase é um jogo muito bonito, com gráficos em low-poly mesclados com cenários de fundo bidimensionais muito bem feitos. Mas o que mais me chamou a atenção, é como eles utilizam estes elementos para fazer uma ligação entre os jogos antigos e novos. É muito comum neste tipo de proposta os estúdios apelarem para a pixelart em alusão as antigas gerações, mas Horizon Chase consegue nos trazer a sensação de estar jogando um jogo de Super Nintendo ou Mega Drive, ao mesmo tempo em que se parece exatamente como um jogo da nossa década, seja pelos gráficos, músicas, mecânicas ou recursos.
Claro que essa pegada nostálgica se dá através de outras formas, como a necessidade de coletar combustível na pista e os balões de fala do piloto, por exemplo. Aliás, nesse ponto Horizon Chase tem uma grande vantagem em relação aos títulos antigos, especialmente se jogado em português, afinal é só nele que você verá o piloto dizer coisas maravilhosas só presentes no nosso idioma como "Eita!". Mas outro grande trunfo no resgate nostálgico está na trilha sonora, que não somente da mesma forma que os gráficos, abusa das nossas memórias ao mesmo tempo em que se mantém contemporânea, foi composta por ninguém menos que Barry Leitch, responsável dentre tantas outras coisas, pela trilha do primeiro Top Gear, para Super Nintendo.
Assim como nos clássicos, Horizon Chase também parte da premissa de um grande campeonato ao redor do mundo, passando por diversos países, incluindo claro, o Brasil. Mas ao invés de obrigar o jogador a passar por todas as pistas de maneira linear, é possível escolher entre pequenos grupos de três pistas e avançando de acordo com a pontuação conquistada nelas, que varia de acordo com o desempenho. Cada país exige uma pontuação específica, então mesmo que não seja obrigatório nem mesmo a vitória em todas as corridas, o jogo vai exigir um pouco de esforço, ainda que a sua dificuldade mantenha-se em níveis normais. Mas para os mais ávidos, fazer 100% em um país trás os seus benefícios, sendo possível desbloquear novos carros e melhorias para todos eles ao fazer isso.
Um outro recurso atual e bem interessante também, é poder conectar o jogo a sua conta do Facebook e poder comparar os recordes de tempo nas pistas com o dos seus amigos que também fizerem o mesmo. Apesar de em termos práticos não alterar em nada o jogo, quem não fica sempre com aquela coceira na mão quando vê um amigo sendo mais rápido?
Horizon Chase me foi uma grata surpresa, que apesar de já ter sido lançado a tanto tempo e ter passado a ter sido mencionado tantas vezes na mídia especializada, até pelos inúmeros prêmios que conquistou, eu só fui ter contato há alguns meses. É um jogo que funciona praticamente como uma releitura dos clássicos, trazendo-os a era atual com todos os seus benefícios, mas sem perder a essência.
Atualmente o jogo pode ser encontrado para Android e iOS, bastando acessar as lojas dos mesmos. As primeiras pistas podem ser experimentadas de forma gratuita, mas Horizon Chase é um jogo pago, custando R$ 9,99 na loja da Google e US$ 2,99 na da Apple, o que são preços completamente justos em relação ao conteúdo oferecido. Recentemente em comemoração ao aniversário de um ano, o jogo recebeu uma atualização com um país a mais e dois carros extras a serem desbloqueados. Versões para PC (Steam) e PlayStation 4 também estão sendo desenvolvidas, com a promessa de mais modos e recursos. Então não percam mais tempo, tirem o escorpião do bolso, gastem uns trocados comprando o jogo e Vão Acelerar!
Horizon Chase é a mescla perfeita entre o moderno e o antigo, mantendo características nostálgicas sem abandonar toda a evolução dos jogos ao longo dos últimos anos. Aliado a isso, o jogo é muito bem otimizado e possuí controles precisos, como o gênero exige. Avaliado noAndroid (entenda o nosso sistema de notas)
Muito bom o escrito! Este jogo é bem pra calar a boca daquela galera que tem preconceito estúpido com mobile. Eu comecei a jogar este ano e tô curtindo demais, ainda não consegui concluir todas as pistas, tem um ’Qzinho’ de estratégia no jogo quanto a escolher carro e aprimoramento dependendo de como é a pista. Gera um baita desafio. Não dá pra se basear somente pelo primeiro país que é gratuito (nem vou falar nada sobre esta decisão ter gerado um monte de mimimi imbecil nos comentários do Google Play). Falou bem sobre os gráficos: é velho, mas é novo! E é lindo! Controle na tela não me atrapalhou em nenhum momento, e olha que eu tento jogar em movimento! kkkk Vale dizer aqui que peguei ele por algo em torno de 5 reais, vira e mexe ele entra em promoção. Vale avisar também que assim que terminar todas as pistas, vou bater o recorde de miguxos do alfacebook, então seus recordes serão quebrados. Desculpe por isso. Como diria um velho amigo, "you’re too slooowwwww"... hahuahuahuahuahua E pra ter aquele meu toque hater básico quem passou a odiar o universo inteiro recentemente: isso sim é jogo, não Pokemongô. Obrigado pela leitura do comentário! Beijos!
Pessoal acha que só porque é jogo de celular, não pode ser pago, como se não houvessem custos de produção envolvidos e o estúdio não precisasse de grana... vai entender né.
Vilxi, então vai rolar uma disputa futuramente, eu tenho o mesmo plano de voltar fazendo os recordes depois, rzs.
E deixa de ser chato Caduco, Pokémon GO é legal também (apesar do meu celular não dar conta de rodar).
Pena que, assim como muitas outras coisas, não tem versão pro WP (mas ainda assim não o troco por Android/iOS).
Eu já iria achar ele muito foda pelo estilo, pela trilha sonora e pela coleta de combustível, mas tenho certeza absoluta que eu ia me rachar nostalgicamente de rir era com o balãozinho de "Eita!" no carrinho, hauhauhuahua!
Compartilhe