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Retrospectiva da vida

Papo Livre

Os elementos aqui encontrados são focados na trama. Se não deseja conhecer a história, pressionte "start" e vá jogar!

autor Rafael "Kratos Vudu" Alencar
datahora 27/11/2015 às 13:29:23   tagarelices 17

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As festas de final de ano estão se aproximando e como é de costume nesse período, muitas pessoas fazem a retrospectiva de tudo que aconteceu durante o ano, seja como uma auto-análise na intenção de corrigir seus erros, melhorar o que já está bom, organizar e planejar a vida ou apenas relembrar tudo o que se passou. Bom, confesso que não sou exatamente como uma dessas pessoas, normalmente faço isso sempre que possível e não deixo apenas para um período específico. No entanto existe um acontecimento nesse ano que eu gostaria de relembrar e dar atenção especial aqui.

No final do primeiro semestre fui convidado para fazer parte da equipe do Vão Jogar! e apesar de já ter escrito algumas coisas por aqui, não me sentia, digamos, "devidamente" apresentado. Não que isso seja necessário e nem mesmo pretendo entediar vocês com "Oi pessoal. Meu nome é Rafael, sou de Fortaleza...", mas vou aproveitar esse momento exatamente como uma oportunidade pra me "mostrar" melhor, contar um pouco das minhas experiências e de como isso me definiu como gamer, ou seja, fazer a retrospectiva da minha vida com videogames.

Primeira vez

Hoje tenho 31 anos e não consigo lembrar com exatidão qual foi a minha primeira experiência com algum console. A certeza é que foi com o Atari 2600 no início da década de 1990, entre meus 6 e 8 anos. Eu morava numa casa de família grande, entre 8 a 10 pessoas e lembro que um primo mais velho tinha um Atari desses lá em casa. Não lembro se era dele mesmo ou emprestado, mas lembro apenas que a gente ficava num cantinho da sala jogando River Raid e Pac-Man. Na mesma época eu costumava passar finais de semana na casa de uns outros primos ricos que também tinham um Atari e a gente jogava Frogger, "Sexta-feira 13", "Boxe", Keystone Kapers e muitos outros, além dos próprios River Raid e Pac-Man. Então é difícil eu determinar em quais desses eventos eu realmente joguei videogame pela primeira vez, mas a verdade é que independente de quando eu comecei, nunca mais parei.

Boa parte dos jogos de Atari eram (são) como meros desafios, apenas pra determinar quem conseguia chegar mais longe ou obter a melhor pontuação. Isso sem dúvidas era muito divertido, mas ainda não havia claramente a ideia de gênero de jogos. O que quero dizer com isso é que apesar de tecnicamente existir diferenciação entre os gêneros, a experiência era bem semelhante para a maioria dos jogos. Era sempre uma disputa.

Realmente não consigo lembrar de certos eventos na exata ordem de acontecimento. Depois do Atari , por exemplo, não sei dizer em qual momento eu tive o primeiro contato com um console 8 bits. O fato é que nessa época um vizinho tinha um Turbo Game (CCE) e os jogos Robocop e The Punisher. E lembram o que acabei de mencionar sobre os gêneros dos jogos no Atari ? Então, esses dois jogos citados e muitos outros da era 8 bits mudaram drasticamente a experiência que tínhamos. Havia agora questão da imersão, o detalhamento dos cenários, as novas mecânicas, objetivos mais complexos e história! Deixamos de jogar apenas pra quebrar recordes ou disputas e começamos a nos envolver mais com os jogos.

Eu não sabia o que era NES

Meu primeiro console foi um Top System (Milmar) e era mais um dos vários clones do NES que, pra falar a verdade, eu não fazia a menor ideia do que era esse tal de NES. Minha mãe era funcionária pública, não tinha uma renda muito alta e acredito que ela tenha sacrificado um bom dinheiro pra conseguir me dar esse console de presente. Ele veio com um jogo "parecido" com Star Fox, mas muito pior. Digo parecido apenas porque era "3D", de avião e de tiro, mas era muito ruim. Enfim, e como já era de se esperar, não havia dinheiro pra comprar cartuchos. Eu nunca comprei nenhum cartucho, essa é a verdade. Foi aí que comecei a alugar (depois de muito implorar pra fazer o cadastro na locadora) e também pedir emprestado de amigos. Os jogos que mais me marcaram nessa época foram Super Mario Bros. 3 e os da série Mega Man. Como era difícil conseguir dinheiro até pra alugar cartuchos, eu passava muito tempo com um mesmo jogo e depois de devolver, deixava passar um tempo e já pegava emprestado de novo. Sem contar toda aquela questão da dificuldade da época, que aumentava bastante o tempo de gameplay dos jogos.

Uma das coisas que eu realmente gostaria de lembrar é qual foi o destino do meu Top System. Não sei se minha mãe vendeu ou se deu pra alguém por algum motivo, honestamente não sei. E eu me sinto triste por não ter, à partir daí, começado a minha coleção.

Ah! E eu joguei Battletoads e não finalizei, claro.

A era SEGA

Minha mãe costumava alugar fitas VHS numa locadora que ficava a uns cinco quarteirões da nossa casa e em um dia qualquer eu fui com ela. Nesse dia vi umas duas ou três TVs que ficavam atrás do balcão de atendimento dessa locadora. Eram Mega Drives "rodando" Streets of Rage e Sonic: The Hedgehog. Eu lembro que olhava fixamente pra aquele cenário da primeira fase do Streets of Rage e sentia uma coisa tão intensa que até hoje não sei explicar. "Como aquele jogo era... possível? Tão real...". Depois de muito insistir, convenci minha mãe a ir um outro dia na locadora pra eu poder jogar. Cara, foi uma das melhores experiências de toda a minha vida.

E sabe? Aqueles primos ricos adquiriram um Mega Drive, então os finais de semana lá foram se intensificando cada vez mais. Eles tinham muitos jogos. Um deles era fã de Sonic. Finalizou todos, sabia todos os macetes. Um outro vizinho rico também adquiriu um Mega Drive e quando eu não estava na casa dos primos... haha!! Pedia dinheiro a minha mãe pra alugar os cartuchos pra jogar lá com ele, a gente até dividia o valor e alugava dois ou três cartuchos por final de semana. Eu devo grande parte da minha infância a esse cara, de verdade. Um dos jogos que eu mais curti foi ToeJam & Earl, é uma experiência multiplayer sem igual.

Quanto ao Master System, eu lembro que jogava pouco porque ele era raro por onde eu morava. Só tinha um outro vizinho que tinha um, mas os pais dele eram muito rígidos e não gostavam de deixar outras crianças ficarem fazendo "bagunça" na casa deles. Na verdade, outros "vizinhos" tinham sim Master System, mas eu só tinha a chance de jogar quando algum amigo deles que também era meu amigo me chamava pra ir na casa de um deles.

O começo do vício (parte 1)

Um dia um outro vizinho (nenhum repetido até agora hehe!!) me chamou pra ir com ele num lugar. Ele não falou o que íamos fazer, pelo menos não lembro. Era na casa de um amigo dele, na rua ao lado. Inclusive era uma rua que eu frequentava pouco exatamente por eu não ter nenhum amigo por lá. Entramos na casa, atravessamos a sala e sentamos num cantinho um pouco ao lado. Meu amigo entregou umas moedas pro amigo dele e de repente a gente estava ali, jogando Super Mario World numa TV preto e branco, com um único controle. E assim eu conheci o SNES.

Deixem eu explicar logo uma coisa. Lembram que eu falei que minha mãe não ganhava tão bem e que cito primos "ricos"? Então, eu era uma criança que adorava jogar videogame, mas não tinha muito acesso a isso com tanta facilidade, pelo menos não em relação à aquisições. Como eu não tinha acesso à revistas, tudo chegava até mim de surpresa. Hoje eu penso que foi melhor assim, afinal sinto que era mais gosto "descobrir" essas experiências.

Mas no meio dessas "descobertas" eu acabei encontrado um grande problema. Eu me tornei viciado, de verdade. As locadoras de videogame começaram a crescer e com a implantação do Plano Real, a "facilidade" de se conseguir consoles e jogos com fornecedores em feiras de rua crescia cada vez mais e o SNES dominava na minha região. Eu era uma criança e queria apenas jogar videogame o tempo todo. Com qualquer trocado que eu conseguia já corria pra locadora. Pedia minha mãe, meus tios, padrinhos. Não havia limite. Cheguei ao ponto de abrir a bolsa minha mãe ou a carteira do meu tio (mais de uma vez) e pegar dinheiro, ou seja, roubar. Eu apanhei por isso, mas não conseguia me controlar. Minha mãe me educou muito bem, eu nunca fiz nada, absolutamente nada que fosse considerado negligência dela, mas ela não contava que eu iria gostar tanto de jogar videogame ao ponto de ficar viciado. O que ela fez então? Mais uma vez ela sacrificou algum dinheiro e me deu um SNES de presente! Isso seria comovente se não fosse trágico. Passei algum tempo com o SNES que veio com o F-Zero que cansei de jogar. Convenci a ela que deveria pagar 150 reais (na época) pra destravar o console, assim eu poderia alugar cartuchos piratas que eram a coisa mais comum naqueles tempos, mas não adiantou muito. Por algum tempo eu conseguia me contentar com os jogos alugados e emprestados, mas aí a Sony apareceu trazendo com ela o PlayStation 1 e a caralhada de jogos que a maioria já conhece.

Se você achou que tirar dinheiro escondido da bolsa da mãe foi coisa de uma criança com um sério problema moleque escroto, eu fiz coisa pior. Eu vendi o meu SNES. Como diabos uma um criança pensa em fazer isso? Vender um presente que a mãe teve que sacrificar um dinheiro suado e que foi dado no mínimo, com amor? Isso não é tudo, eu vendi sem avisá-la e pra um "estranho". Um estranho que morava pela vizinhança, mas não era tão amigável. E ainda pior, ele me "pagou" com um cheque sem fundo. Prefiro não continuar com mais detalhes sobre essa história e não quero nem pensar o quanto minha mãe deve ter ficado magoada com esse meu ato, mas eu era uma criança e realmente tinha um problema grave.

A tecnologia que "salvou"

Na adolescência consegui me recuperar com a ajuda da prática de um esporte radical, o Aggressive Inline Skates ou simplesmente patins (que foi uma febre nacional né?), me tornando uma pessoa mais "saudável". Ainda acompanhei boa parte da era PlayStation 1 e um pouco da era Nintendo 64, esse último sendo algo bem mais raro por onde eu morava. Como o N64 ainda usava cartuchos enquanto o PS1 já usava CDs, a questão da pirataria pesou muito, afinal copiar CDs era muito mais simples e barato do que copiar cartuchos. Mas ainda sim frequentava bastante as locadoras e raramente conseguia juntar dinheiro pra alugar um PlayStation 1. Nessa mesma época os estudos ficavam cada vez mais intensos e devido à ótima educação da minha mãe, nunca deixei que isso fosse afetado pelo meu problema, ou seja, fui diminuindo o ritmo (dos jogos). Ah! E lembrando que o meu maior "feito" numa locadora foi conseguir finalizar Resident Evil 1 sem usar memory card, com mais de seis ou sete horas de gameplay. No final, o dono da locadora me deu dois pacotes de Cheetos de queijo como prêmio. Quem sabe eu deveria ter dado esses salgadinhos pra minha mãe e dizer o quão tudo que eu fiz valeu a pena né? Só que não...

E ela, ainda funcionária pública (que se aposentou como tal), começou a trabalhar junto com tecnologia informatizada, ou seja, os computadores começavam a tomar espaço. Ela conseguiu comprar um PC 486 133 MHz com uns 8 Mb de memória RAM (com alguns upgrades ao longo do tempo), eu acho. Nesse momento a minha vida já estava definida mesmo sem eu saber (hoje sou programador de sistemas). Então eu não precisava mais sair de casa pra jogar videogame, eu tinha tudo ali, TUDO. Além dos jogos do PC propriamente ditos, já conseguia jogar com os emuladores do SNES e do Mega Drive, então não me faltava mais nada. Minto, faltava sim, uma placa de vídeo pra jogar os jogos do PS1 hehe!! Lembro bem como minha mãe falava que o Doom era o "jogo da mão". E ela, de tão contente que estava com isso tudo (eu gosto de acreditar nisso), se permitiu até fazer a assinatura de uma revista da época, a PC CD-ROM, eu acho. Era baratinho e vinha muita coisa bacana. Conheci muitos jogos através dessa revista, mas infelizmente devido à uma reforma que houve na nossa casa na época eu perdi muita coisa, praticamente tudo.

E eu ainda conheci um amigo na escola que também já tinha um PC, era um daqueles Compaq Presario Pentium, top demais!Começamos a andar juntos e jogávamos os mesmos jogos: Doom, Quake, Command & Conquer e muitos outros. Nos tornamos grandes amigos, de verdade! Aí veio o Counter-Strike...

A recaída (Parte 2)

Começava aí aquela história das LAN Houses, uma "praga" que se espalhou de repente. Jogar Counter-Strike em casa só tinha graça se você pudesse pagar uma internet banda larga, pois o multiplayer é o foco do jogo, todos sabem disso. E o que essas LAN Houses fizeram? Permitiram que nós "viciados" que não podiam pagar internet banda larga pudessem jogar Counter-Strike com seus vários amiguinhos lado a lado, todos reunidos num só lugar. Divertido só um pouco né? Haha!! Tudo bem, nessa época eu já era "crescido" e tinha mais noção das coisas que eu fazia, mas vício é vício. Dessa vez não cheguei a fazer nada de absurdo como a história do SNES, mas jogar Counter-Strike era a única coisa que eu conseguia fazer, tinha clã amador e participava de torneios locais e tudo. Quase que eu não entro pra faculdade por causa disso, mas graças à educação da minha mãe mais uma vez e por ter conhecido minha esposa (através do mIRC), que me inspirou a ver um futuro na vida, nada disso aconteceu. Mas o fato é que ainda gastei bastante dinheiro durante um bom tempo, até que consegui um "emprego" em uma das LAN Houses que eu frequentava, diminuindo assim meus gastos com a jogatina.

Pois é, e com isso eu também perdi TODA a era Xbox e Playstation 2. Quando eu digo TODA é toda mesmo, do começo ao fim. Eu desconhecia esse console Xbox (e vários outros), acreditem. E se alguém me perguntar se eu me arrependo das minhas escolhas eu respondo que depende do ponto de vista. Eu joguei CS por muito tempo e durante esse período eu me diverti muito, isso é um fato. Me diverti com apenas um jogo, mas me diverti e todos concordam que quando falamos de videogames, o mais importante é a diversão, não é? Então por esse ponto de vista eu não me arrependo nenhum pouco, mas se for considerar os inúmeros jogos e experiências que perdi nesse período, realmente é algo de se lamentar amargamente.

E a vida segue

Antes mesmo de concluir a faculdade eu já tinha conseguido meu primeiro emprego de verdade como desenvolvedor de sistemas, não cheguei sequer a fazer estágio, fui direto pra chibata! E mesmo na rotina de estudos eu já demonstrava que ia largando o CS, principalmente pela popularização da internet banda larga e o surgimento de jogos online multiplayer de outros gêneros, diminuindo consideravelmente o volume de jogadores de CS. As LAN Houses perderam lugar no comércio e hoje em dia o pessoal só vai na LAN pra imprimir o currículo ou a segunda via do boleto.

Após muitos anos, com o recebimento do meu primeiro salário eu comprei o meu terceiro console, um PlayStation 2. Acho que nessa época já existia o PlayStation 3 Slim, não lembro bem. E foi através do PS2 que eu conheci a minha franquia favorita: God of War. Esse jogo, independente de fatores críticos, me encantou de uma forma espetacular. Bom, deve ter sido porque foi o jogo que me recebeu na geração que eu perdi, então isso deve ter contribuído bastante, não sei. Depois de um tempo consegui também comprar um bundle do Guitar Hero 3 que vem com a guitarra e sem dúvida foi uma das melhores coisas que eu fiz, principalmente por causa do Guitar Hero: Metallica, que jogo massa!

Infelizmente eu tive que fazer uma escolha. Se eu quisesse passar pra "nova geração" (PS3) eu teria que vender o meu PS2, pois quem é do ramo sabe que vida de programador não é tão fácil assim como parece! E assim o fiz, vendi o PS2 e o PS3 é o meu console atual e principal desde então. Depois de um tempo eu juntei dinheiro e consegui comprar um Nintendo Wii, mas confesso que não faço o mesmo investimento nele como faço no PS3.

Hoje a vida é focada no trabalho e na minha família e jogar videogame é algo que faço de menos, apesar de ser apaixonado por isso. Mas meus planos consistem em ter paciência, pois quando eu for um idoso não vou fazer outra coisa a não ser jogar videogame e cuidar dos meus bichanos. Assim espero! E enquanto esses dias não chegam, aqui estou eu escrevendo um "resumo" da minha vida, a minha retrospectiva.

No mais, Vão Jogar!

* Revisado em 16/12/2016 às 16:50:55

outras tags: Counter-Strike (Série), F-Zero (Série), God of War (Série), Mario (Série), Mega Man (Série), Sonic (Série), Star Fox (Série), Master System, Mega Drive, NES, Nintendo 64, PC, PlayStation, PlayStation 2, Super Nintendo e Wii

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  • Esse texto tinha que ser lido por muita gente que é contra jogo pirata, downloads e compras alternativas, uma forma de melhorar o acesso da maioria que não tem grana e tem o direito de se divertir também. Lendo essa retrospectiva, vejo que nada mudou tanto, tudo continua caro se for comprar no estilo certinho, calculando milimetricamente o que será comprado enquanto meia dúzia de gato pingado desfruta e ainda critica os outros.

    • avatar de Kratos Vudu
      Kratos Vudu
      30/11/2015 às 12:07:49   localizacao Fortaleza - CE
      Concordo Doc, todo mundo tem esse direito sim. Mas te digo que hoje em dia eu valorizo jogos originais porque eu gosto de guardar coisas (várias coisas), apesar de não ser necessariamente um colecionador rigoroso.

      Não sou contra a pirataria e nem condeno ninguém por isso, jamais. Pelo contrário, tem mesmo é que "boicotar" esse mercado ridículo de videogames aqui no Brasil. O que não deve ser feito é apontar o dedo e julgar, independente de qual lado se esteja.
    • Sim, quem tem grana ótimo, que aproveite o privilégio de adquirir as coisas, alguns poucos levam de boa a questão do acesso alternativo. Mas você percebe que parte da inquietação dos críticos está mais para o fato de boa parte da população ter acesso as mesmas coisas dele do que o "prejuízo" dado ao país que já tem imposto pra cacete e não fomenta o consumo interno (jogos BR por exemplo).
    • avatar de Kratos Vudu
      Kratos Vudu
      30/11/2015 às 17:41:47   localizacao Fortaleza - CE
      Bom, do que esses críticos que você falou exatamente reclamam eu não sei, mas das questões econômicas com certeza não é.

    Responda!
  • avatar de helisonbsb
    helisonbsb
    01/12/2015 às 20:35:16
    ¨Meu primeiro console foi um Top System (Milmar) e era mais um dos vários clones do NES que, pra falar a verdade, eu não fazia a menor ideia do que era esse tal de NES. Ele veio com um jogo "parecido" com Star Fox, mas muito pior. Digo parecido apenas porque era "3D", de avião e de tiro, mas era muito ruim.¨ Acredito que era o bom e velho f-15,,,bons tempos!!! também tive um processo educativo como o citado acima,,,,comecei pelo cce vg 3000 (Atari), top game vg 9000, mega drive e super famicom que ainda tenho....bons tempos!!!! atualmente nessa minha vida adulta está dificil obter tempo para jogar,,,, tem as reponsabilidades, internet e contas a pagar,,,tá dificil,,,,valeu

    • avatar de Kratos Vudu
      Kratos Vudu
      02/12/2015 às 10:03:05   localizacao Fortaleza - CE
      Helison, juro que fiz de tudo pra tentar lembrar o nome desse jogo. É esse mesmo!

      Tempo pra jogar também é o mais difícil pra mim hoje, por isso espero pela minha aposentadoria. Hehe!!
    • avatar de helisonbsb
      helisonbsb
      03/12/2015 às 23:29:03
      saudade dessa época boa,,,já joguei f-15 muito no hi-top game(milmar) , f-15 e thunder blade do master system são parecidos ou identicos na jogabilidade em determinados momentos,,,,,,bons tempos....época boa também foram os jogos DOS dos tempos de 386 e 486 DX 100,,, joguei muitos jogos na Namco, sega e sierra nos pcs dos anos 90 e 2000!!! zerar resident evil 1 sem memory card é kabuloso,,,eu não consigo sinceramente,,,, estes dias zerei re 3 nemesis em 10 horas no nivel normal,,,dificil depois de muito tempo!!!!bons tempos e feliz natal a todos!!!! valeu
    • avatar de Kratos Vudu
      Kratos Vudu
      04/12/2015 às 16:07:42   localizacao Fortaleza - CE
      Esse Hi-Top Game era Milmar? O Top System também era. Dois consoles "idênticos" do mesmo fabricante. Videogames e seu atual mercado bizarro.

      Um dos melhores jogos do DOS que eu joguei (com Doom em primeiro lugar) foi Carmem Sandiego. Tinha umas charadas lá que realmente eu não conseguia decifrar, mas jogava direto!

      Tá, confesso que esse "feito" do Resident Evil 1 foi facilitado por um detonado de uma revista (na época emprestada). Eu já tinha avançado grande parte do jogo por conta própria, mas a resolução de alguns segredos só foi possível com a ajuda da revista. Na época eu não sabia NADA de inglês, então puzzles como aquele de criar a substância pra enfraquecer a planta seria muito difícil de eu resolver sem gastar muuuitas horas na locadora. E eu finalizei sem memory card porque a locadora não possuía nenhum, não foi por opção não! Eu sempre jogava do início todas as vezes.

      Boas festas!

    Responda!
  • avatar de Gamer Caduco
    Gamer Caduco
    02/12/2015 às 21:00:02   localizacao SP
    Cacilda, Vudu! Curti muito o post, muito nostálgico!
    Curti muito a ideia da retrospectiva, foi como comecei meu blog mixuruca, mas em versículos (posts sobre consoles que tive, basicamente). Gosto muito de posts assim.
    Enfim, engraçado que eu também não sabia o que era um NES. Eu mal sabia que Phantom System e Dynacom eram clones desse tal de NES e que possuíam os mesmos jogos. Estes eram os que eu tive contato na infância. Mas foi pouco contato, eu era do time Master System.
    Legal a lembrança de "realidade" do Mega Drive, era um salto enorme em relação ao 8 bits em questões gráficas mesmo. Deu nostalgia lembrar aqui...
    Cara, que merda a história do SNES, como tem gente pilantra e sem coração no mundo, me dá raiva um negócio desses.
    Curiosamente, eu também acabei tendo um 486 em casa (e se bobear com as mesmas configurações) e isso fez com que eu também me tornasse um programador de sistemas... curto essas coincidências! :D
    Só não fui sugado por Counter Strike, pelo contrário, o jogo me fez pegar ódio do gênero FPS! kkkkkkkkkkkk
    Sua paixão por God of War é mais do que compreensível, os dois primeiros jogos de PS2 são absolutamente incríveis e foram um marco na indústria dos jogos, e disso ninguém pode discordar por mais que deteste a franquia. O que ferrou com ela foi a passagem de geração, o "futuro" não deu tão certo. E disso eu entendo bem, sou fã de Sonic, né? rs
    Cara, demais a história. E creio que foi uma delícia relembrar tudo isso e escrever aqui no VJ!
    Excelente escrito!

    • avatar de Kratos Vudu
      Kratos Vudu
      03/12/2015 às 09:57:14   localizacao Fortaleza - CE
      Ah Cadu, legal que teve história parecida com a minha em alguns aspectos. Acho que se morássemos perto provavelmente teríamos jogado juntos (até o CS aparecer heim?). Mas se bem que tu era da galera do Master System né, que eu não tinha muitos amigos. Hehe!! :P

      Aliás, um fato interessante é que o CS fez exatamente com que pessoas que nem mesmo jogavam videogame ficassem mais próximas, aumentando consideravelmente a comunidade gamer na minha região, inclusive passaram a conhecer jogos de console posteriormente.

      Bom, acho que joguei Phantom System uma vez só, não tenho certeza. Lembro de ter jogado com uma pistola uma vez, mas não sei dizer se foi no Master ou no Phantom. A verdade é que esse console é bem bonitão!

      E essa lembrança de ter visto o Mega Drive pela primeira de fato é a que mais me marcou, mais do que ter jogado videogame pela primeira vez. O Mega Drive é um console muito f*da!

      Então, vamos ver exatamente o que esse "futuro" tá preparando pro GoW nessa Playstation Experience que vem vindo. Isso se ele aparecer, claro.

    Responda!
  • avatar de sucodelarangela
    sucodelarangela
    06/12/2015 às 13:34:48   localizacao São Luís - MA
    "uma oportunidade pra me "mostrar" melhor"
    Bicho réo aparecido, hauhauhauua, brinks
    "Primeira Vez": como não pensar besteira? Mas tá, vou continur lendo, huhuaua

    A minha primeira vez com games foi com uns 5 anos de idade, mas eu não lembro exatamente o console. Creio que era um Nintendinho e um Atari também, e eu adorava, ADORAVA, jogar Battle City e Ice Climber! Tenho boas lembranças também de Super Contra! Super Mario Bros. 3 é meu Mario favorito, mas eu só lembro de ter jogado ele mais a fundo no SNES, com aquele Mario All-Stars. BTW, um dia desses joguei o Super Mario 3D World (acho que é isso), no 3DS e achei foda demais por conter muuuuitos elementos de Mario Bros. 3, foi lindo.

    Falando em SNES, só fui ter um na minha pré-adolescência, porque meu irmão disse que ia montar uma locadora de games, mas acabou vendendo um dos SNES, ficou com o outro e deixou o terceiro com a gente. Acho que foi o videogame que mais joguei na minha vida, seguido do PSX que compramos alguns anos depois.

    Depois veio o Ps2 do meu outro irmão. Depois ficamos sem console nenhum, e foi quando eu resolvi jogar algumas coisas em emuladores e alguns jogos de PC mesmo. Consegui uma placa de vídeo de 512mb que me salvou, pois Guitar Hero e Lego Star Wars, por exemplo, só rodavam com placa de vídeo.

    Depois me formei e conseguir ganhar um dinheirinho mais tranquilo e comprar meu PS3 e meu Wii, que é o meu status atual. PS4, só Odin sabe, hauhau!

    Jogos da Sega não eram meu forte. Pra falar a verdade, eu nunca consegui gostar de Sonic, o carro chefe da Sega nessa época 80-90.

    Porra, Vudu, como é que tu faz umas desfeitas dessa coma tua mãe, bicho?

    • avatar de Kratos Vudu
      Kratos Vudu
      07/12/2015 às 10:01:16   localizacao Fortaleza - CE
      Pois é! Hehe!!

      Então, Super Mario Bros. 3 eu costumava pegar emprestado várias vezes de um vizinho da rua de trás. Acho que ele já tava ficando chateado com isso. Mas o jogo é um dos meus favoritos também. Gosto demais!

      Eu joguei muito o Frets On Fire. Ao contrário do Gutar Hero que era mais pesado pro meu hardware, o Frets ainda permitia se expandir com plugins, inclusive deixando igual ao Guitar Hero. Eu jogava com o teclado na "posição de guitarra" e tudo! Quando comprei o PS2 aí sim Guitar Hero dominou.

      E... pois é. Essa história da "mãe" não é algo que me orgulho muito, mas tudo se resolveu e graças a ela mesma eu não virei nenhum delinquente. Hehe!!
    • avatar de sucodelarangela
      sucodelarangela
      07/12/2015 às 13:24:53   localizacao São Luís - MA
      Eu ouvi falar desse Frets on Fire, mas eu tinha um preconceito em jogar ele. Pra mim, era uma imitação do Guitar Hero. Doidice. Eu também jogava com o teclado na posição de guitarra, usava F1-F5 pra fazer as notas e tocava no Num Lock, huahuahua
    • avatar de Kratos Vudu
      Kratos Vudu
      07/12/2015 às 13:40:07   localizacao Fortaleza - CE
      Então, o Frets on Fire É uma imitação do Guitar Hero! Haha!!
      Mas foi o que eu encontrei primeiro. E como falei, é mais customizável. O problema maior era (ainda é) o fato de não ser possível pressionar quatro teclas ao mesmo tempo, daí quando vinham aqueles "acordes" de três notas + palhetada não rolava. =P
    • avatar de sucodelarangela
      sucodelarangela
      07/12/2015 às 13:42:12   localizacao São Luís - MA
      Ouxi, mas o Guitar Hero de PC também era customizável. Consegui colocar até Calypso pra tocar, hguahuahuau
    • avatar de Kratos Vudu
      Kratos Vudu
      07/12/2015 às 14:09:13   localizacao Fortaleza - CE
      Calypso?! Pôxa vida heim?! Huahua!!
    • avatar de sucodelarangela
      sucodelarangela
      07/12/2015 às 14:18:46   localizacao São Luís - MA
      Tou dizendo, haha!

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