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Uncharted: Golden Abyss

DegustaçãoUncharted: Golden Abyss

Análise de Uncharted: Golden Abyss - Uma breve análise de Uncharted: Golden Abyss, jogo exclusivo do incrível e esquecido portátil da Sony.

autor Hugo "Somari" Couto
datahora 23/06/2020 às 14:43:53   tagarelices 3

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Uma breve análise de Uncharted: Golden Abyss, jogo exclusivo do incrível e esquecido portátil da Sony.


Desde pequeno, sempre gostei de brincar no meio do mato que tem atrás da casa onde cresci. Gostava de fazer trilhas e de filmes como Jumanji, Indiana Jones e tudo mais que tivesse essa temática de exploração de templos antigos e selva. Então, quando aluguei, sem saber, pela primeira vez o primeiro Tomb Raider pro meu velho Sega Saturn, veio junto aquela felicidade em saber que eu poderia explorar selvas, cavernas e templos de forma não passiva. Não demorou muito para esse se tornar um dos jogos que mais aluguei no console e um dos meus gêneros, ou subgêneros, favoritos.

Com a chegada de Uncharted, em 2007, o que foi motivo de críticas para muitos, foi o que mais celebrei: o fato de ser “apenas uma cópia de Tomb Raider”. Afinal, havia certa carência de jogos do tipo, que não fossem da própria franquia Tomb Raider, claro. Infelizmente nunca tive oportunidade de jogar para valer qualquer jogo da série de Nathan Drake, pois demorou muito, mas muuuito tempo até eu conseguir ter algum console que conte com algum dos títulos em sua biblioteca.

Então há alguns meses, resolvi comprar Drake’s Fortune para o meu PlayStation 3, que infelizmente resolveu quebrar, por falha minha, entre o período da compra e o da entrega. Enfim, azar o meu. Mas o que eu já tinha tomado como chateação acabou se tornando felicidade, pois pouco tempo depois desse ocorrido, me surgiu a oportunidade de comprar um PlayStation Vita e, claro, não pude deixar passar a oportunidade de ter um dos jogos mais bonitos, se não o jogo mais bonito, do pequeno monstro esquecido da Sony: Uncharted: Golden Abyss.

Nathan Drake segurando arma em batalha contra inimigos dentro de uma caverna

Antes de mais nada, é importante dizer que não tenho conhecimento da plot da franquia como um todo, onde cada coisa se encaixa na timeline e etc. Também, como disse antes, nunca parei para jogar a sério nenhum outro jogo dessa série, conheço apenas alguns personagens e a premissa básica, que é a de exploração de templos e busca de tesouros perdidos. Levando isso em conta, posso dizer que Golden Abyss se sai muito bem.

Primor técnico

Claro, não poderia deixar de começar com o ponto que mais me chamou atenção nesse jogo: os gráficos, que são simplesmente sensacionais! Ouso dizer que ele consegue equiparar ou até mesmo superar alguns títulos do PS3 nesse aspecto. Junte a isso ambientação, cenários vastos e muitos detalhes na tela e, temos em Golden Abyss o jogo 3D mais bonito do Vita.

Nathan Drake parado sobre um vale

E não só os cenários, mas tudo nesse jogo é bem feito. Os modelos dos personagens, as cinemáticas e etc. É realmente um jogo de PS3 que colocaram em um portátil. A Bend Studios definitivamente fez um ótimo trabalho aqui.

Outro aspecto que eu preciso destacar é a forma como eles lidaram com a então novidade da Sony. Lembra da enxurrada de jogos da primeira leva do Nintendo DS que utilizavam de todos os recursos da plataforma? Pois é, o mesmo acontece aqui.

Tela de Quick Time Event, com uma seta indicando para cima

De forma inteligente, Golden Abyss consegue utilizar quase todos os recursos do Vita, com exceção apenas do microfone. E diferente de muitos jogos onde o uso desses recursos é excessivo a ponto de ficar chato, aqui ele é obrigatório apenas nas partes onde faz sentido. Veja bem, eu disse “obrigatório”, não “somente”, pois há trechos onde o uso da tela de toque é feita de maneira opcional, como em momentos de escalada, por exemplo. Nesses casos, para aqueles que preferem utilizar os analógicos e jogar de maneira tradicional, não há o problema de ter que ficar trocando de mão a todo instante para tocar na tela.

Puzzle do jogo em que se utiliza a câmera e o giroscópio
Alguns puzzles utilizam de maneira bastante inteligente os recursos do Vita. Esse aqui, por exemplo, usa a câmera e o giroscópio para fazer com que você leia uma mensagem escondida contra a luz.

A jogabilidade em si é bastante fluida e rápida, embora o controle não seja tão preciso quanto o de um console de mesa, o que se deve ao fato dos analógicos do Vita serem pequenos. Não me entenda mal, isso não atrapalha a jogabilidade no geral, mas em alguns momentos onde você precisa dar passos curtos, como em cenários de stealth, será preciso um certo treino, o que é até normal para os usuários do Vita. Em trechos com tiros, no entanto, a vantagem é o uso do giroscópio do console para ajudar na precisão.

E é impossível deixar de citar os colecionáveis, ponto alto de jogos desse gênero “Tomb Raider”. Nesse aspecto, Golden Abyss é bastante servido e muito provavelmente você terá que rejogar pelo menos uma vez, visto que há uma considerável quantidade de itens escondidos, além de outros que são bastante visíveis, mas que demandam de um timing preciso para pegá-los. Ah! E para os platinadores, há troféus aqui também.

Apesar de parecer extenso, o jogo na verdade tem uma duração mediana. São 34 capítulos, além de um prólogo, sendo alguns desses resumidos apenas a cutscenes e outros são pequenos trechos só com batalhas ou puzzles rápidos.

Menu de alguns itens colecionáveis
Apenas um tantinho dos itens colecionáveis.

Um ótimo jogo, mas...

A história é baseada no período das expedições espanholas à América Central, e há referências legais ao longo do jogo, com o desenrolar de um mistério envolvendo esse aspecto histórico. Cada item encontrado possui uma um pequeno texto explicando sobre si e embora não necessariamente tenha importância para a trama, serve como aspecto de curiosidade. Mas infelizmente a parte boa do enredo fica por aí, já que o desenrolar é muito fraco. Há pequenos momentos de surpresa, mas não são marcantes o suficiente para sobreporem a ausência de qualidades. No geral, a história se resume a inimigos tentando roubar o tesouro que Nathantambém está atrás, mas ao invés de grandes plot twists, a coisa aqui é bastante previsível. Os personagens são fracos e igualmente previsíveis e, não há muita progressão ao longo dos 34 capítulos. Como disse, nunca joguei nenhum outro jogo da franquia, então espero que os demais também não sejam assim. Infelizmente a Bend Studios não acertou muito aqui.

Nathan Drake conversando com Dante

Em seu conjunto, Uncharted: Golden Abyss, a aventura de bolso de Nathan Drake, não faz feio. Apesar da história fraca, todo o resto faz o jogo brilhar nessa plataforma esquecida pela própria empresa. O uso dos recursos do console faz com que ele dificilmente tenha uma revisão para outras plataformas, o que torna ainda mais especial a experiência de jogá-lo diretamente no Vita. E felizmente esse foi um jogo que ficou bastante popular entre os usuários do console na época, fazendo com que seja bem fácil de encontrá-lo a um preço justo hoje em dia, sendo uma compra praticamente obrigatória para quem tem o portátil.

Uncharted: Golden Abyss
Uncharted: Golden Abyss

* * * * .  O jogo possui seus altos e baixos, mais altos do que baixos. Tendo uma qualidade técnica impecável, é praticamente obrigatório que quem seja dono de um PS Vita e goste de jogos do gênero, tenha uma cópia. Agora, caso você esteja buscando um jogo por conta de sua história, pode ser que você se decepcione um pouco aqui.
Avaliado no PlayStation Vita
(entenda o nosso sistema de notas)


Série: Uncharted
Estúdios:  e
Plataforma: PlayStation Vita
4

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  • avatar de Gamer Caduco
    Gamer Caduco
    06/07/2020 às 09:28:23   localizacao SP
    Gostei da análise, Hugo!
    Só não vou levar ao pé da letra o lance de obrigatório para donos de Vita, pois eu não vou chegar nem perto de jogar esse troço aí... haha! Não é meu tipo de jogo, Unchato... digo... Uncharted nunca me chamou muito a atenção, especialmente quando tentei as demos do 1 e 2.
    Mas pra época foi bem legal ele ter sido lançado pro aparelho, eu tenho certeza que isso deve ter impulsionado uma boa parte das vendas dele. Pena que não emplacou, é um excelente portátil.
    Só fiquei um pouco curioso a respeito do que vc falou dos analógicos. Eu acho eles quase perfeitos, ainda mais comparado a outros portáteis e seus analógicos desajustados (PSP e 3DS, estou falando de vcs). Mas nunca precisei jogar nada que dependesse de grande sensibilidade, ou pelo menos não me recordo. Vou tentar reparar nisso depois!
    Valeu, ótimo texto!

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  • avatar de helinux
    helinux
    01/10/2020 às 21:50:54
    Muitas vezes quem curti fazer trilha, exploração, natureza e programas de TV ligados ao sistema Ecológico...sempre vão atrás de determinados games do quesito!!!! joguei muito a série Dragon Quest que tinha algo sobre isso e a série Tomb Raider foi outro incentivador do termo natureza-gamer!!!! Lembro de assistir um filme bastante inteligente com o Nicholas Cage: A lenda do tesouro perdito, que tem algo haver com Uncharted, Tomb Raider e determinados jogos clássicos RPG!!!! Fato é que a jogabilidade muitas vezes é influenciada pela a cadência gamer que existe nos filmes de Indiana jones...muito anos antes de tudo isso que conhecemos sobre filmes e games!!!! Apesar que foi lançado nos anos 90 o game Indiana jones para Master System e Nes, Montezuma Revenge que já tinha sido lançado para atari e Master system!!!! Fato que o game Adventure e Hero do Atari pode ser considerado o primórdio dessa era game com cara de Uncharted e Tomb Raider...que só fui jogar depois da era Master system em Emuladores, mas...lembro de jogar Pitfal na casa de um amigo meu no VG 3000 da CCE!!!! No final das contas, clássicos da era 8 bits vai nos influenciando a conhecer toda essa fase adventure que existe nos jogos atuais em todos os quesitos e estilos!!!! A evolução tecnológica continua, mas...o passado gamer prevalece nos jogos atuais!!!! valeu galera gamer!!!!

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  • avatar de sucodelarAngela
    sucodelarAngela
    19/02/2021 às 21:01:02   localizacao São Luís - MA
    Passando só agora pra ler sobre o jogo. Queria muito que a Naughty Dog proporcionasse com a Bend Studios uma forma de portar esse jogo pra PS4... Os toques na tela seriam mole de resolver, mas essa questão de giroscópio e câmera seria mais complicado.
    Enfim, não se deixe enganar pela história fraca desse título, porque os jogos realmente produzidos pela Naughty Dog tem enredos muito fodas e tenho certeza que, na oportunidade que tu tiver, tu vai amar a franquia!

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