Polybius era um jogo mais ou menos no estilo Tempest ou Asteroids, no qual o jogador controlava uma nave e tinha que atirar em vários obstáculos que apareciam na tela. Nada demais, né? Só um clone de Asteroids, que afinal, fazia muito sucesso no mesmo ano em que Polybius foi lançado. Talvez fosse só uma homenagem mesmo... Ou seria algo mais sério?
Diferente de Asteroids, Polybius continha muito mais poder de gráfico e uma jogabilidade muito mais simples, sendo apenas ir para frente, para trás e atirar. O jogo era bastante colorido e bem psicodélico. E é aí que a história começa a tomar a sua forma de lenda urbana.
Segundo conta-se, Polybius teria sido desenvolvido por uma empresa alemã chamada Sinneslöschen, que em tradução livre significa algo como “inibidor de senso”, ou “senso excluído / sense delete”, segundo o Google Tradutor.
Essa lenda surgiu, mais precisamente, em 1998, quando o registro do jogo surgiu no site Coinop.org. Nesse mesmo site, as informações dão conta de que Polybius é, na verdade, uma “máquina de hipnotizar pessoas que foi desenvolvida pela CIA”. Sim, minha gente... Estamos lidando com teorias da conspiração aqui.
A história conta que Polybius era uma máquina de lavagem cerebral. Segundo relatos de quem supostamente jogou o jogo na época, afirmavam que muitos jogadores ficaram viciados no jogo e que não conseguiam parar, sempre tentando baterem os recordes dela, como em qualquer arcade. A questão aqui é que o jogo possuía os gráficos muito – repito – MUITO coloridos e piscantes, o que causava reações variadas nos jogadores, sendo a mais comum, crises de epilepsia e até mortes por conta disso. Há quem ainda seja mais conspiratório e diga que o jogo é recheado de mensagens subliminares, sendo esse o motivo das tais “lavagens cerebrais” que o jogo causa. Alguns dos sintomas causados por Polybius seriam insônia, narcolepsia, pesadelos, epilepsia e até depressão, que supostamente seriam ativados através de um menu na bios do arcade e ao invés dos técnicos tradicionais, que coletavam as fichas e faziam as manutenções das máquinas, eram vistos homens vestidos com ternos pretos sempre mexendo em alguma configuração.
O arcade não foi muito divulgado, pelo mundo. Aliás, mal foi distribuído mesmo nos EUA, tendo ficado restrito à apenas uma cidade e com um número limitado de máquinas, colocadas em bares e outros estabelecimentos do tipo. Poucos meses depois, tais máquinas foram retiradas destes estabelecimentos e nunca mais foram encontradas. O motivo delas terem sido retiradas é desconhecido, mas é contado que o sumiço se dá por elas não terem cumprido sua missão. Talvez Polybius tenha sido um teste para algum tipo de arma psicológica para uso na guerra fria, o que é bem provável já que como todos sabem, essa foi uma época bizarra no meio da tecnologia. Até testes de cabeça de cachorro viva existiu... e isso é sério!
A lenda tomou uma forma grande e garantiu seu lugar no espaço da cultura pop. Na HQ Batman Incorporated (2012), na edição nº 1, há uma cena aonde Pandora está ao lado de um cara que está jogando Polybius.
Em um episódio dos Simpsons, também é possível ver a máquina do jogo. Destaque para o "Property of U.S. Government".
Em Werck It Ralph (Detona Ralph), na cena aonde dois garotos estão jogando, um dos arcades do canto da tela é o de Polybius.
Uma série americana chamada Blister, teve duas temporadas cuja história é centrada na busca pelas máquinas perdidas. A série nunca teve um fim devido ao seu cancelamento.
Hoje em dia, Polybius não passa de uma lenda, contada por gente que supostamente viveu naquela época e lembra de todas as coisas, as brigas para conseguir jogar a única máquina do estabelecimento e até os casos de depressões e suicídios que o jogo supostamente causou, além do pessoal que faz uma procura sem fim por alguma evidência física das máquinas.
Se você tiver coragem, baixe essa coisa medonha e Vão Jogar! Mas aviso, não jogue se você tem sensibilidade a luzes ou crises / histórico de epilepsia, ok? E se você se sentir meio deprê, sem sono ou tiver pesadelos depois disso, acho válido procurar um psicólogo e algum agente da CIA. Afinal, os EUA nos observa.
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