Miguel fez questão de enfatizar a busca em destacar o estado de Minas Gerais em outras áreas que não as tradicionais, como mineração, através de investimentos em startups e criação de uma cultura de empreendedorismo, com programas como "Startup Júnior", que visa estimular ideias empreendedoras de jovens da rede de ensino médio pública, principalmente do 3º ano, o "Startup Universitário", que segue a mesma linha, mas voltada para as universidades, e o "Seed 2.0", que é uma nova versão de um programa já existente para apoio de empreendedores nacionais e internacionais com base no estado. Para isso estão prometidos 1 bilhão em investimento por parte do governo estadual, o que torna a inciativa, ao menos no papel, bem interessante. Vale lembrar que pequenos estúdios de desenvolvimento de jogos podem se beneficiar diretamente destes programas.
Depois foi a vez de Francesco Farruggia, presidente do Instituto Campus Party, que falou das dificuldades de organizar um evento deste porte, mas que a tempos tinha vontade de vir para Minas, uma vez que boa parte do público da edição de São Paulo vem do estado. Para o ano que vem estão prometidas mais três ou quatro cidades, com provavelmente uma edição em Pato Branco (PR).
Francesco ainda fez questão de enfatizar que na edição de São Paulo no próximo ano, em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, irá ocorrer a Big Hackathon, onde diversos programadores irão se unir para encontrar soluções para 17 objetivos de desenvolvimento sustentável a serem implementados até 2030 em diversos países.
Ainda passaram pelo palco da apresentação outras figuras ligadas ao evento e empreendedorismo nacional, como Bruno Rondani, que posteriormente fez um tour com os jornalistas pelo evento, Antônio Novaes, diretor da Campus Party Brasil, que infelizmente fez o típico comentário de jogos como coisa da "molecada", seguindo ainda aquela lógica de que jogos são estritamente diversão para crianças, Fábio Abreu de Carvalho, diretor técnico da Cemig Telecom que está fornecendo internet para o evento e Alex Magalhães, diretor da Telebrás.
O Evento
A Campus Party é um evento que surgiu em 1997 na Espanha e com o tempo foi ganhando edições ao redor do mundo, com o objetivo de reunir amantes de tecnologia em geral, tendo como característica o fato de boa parte dos participantes acampar no local durante a duração do evento, e daí o nome do evento e apelido dado aos participantes, campuseiros. Como também é padrão o fornecimento de internet de alta velocidade, é muito comum os participantes se reunirem simplesmente para ficar jogando com seus notebooks e até mesmo consoles, que passam por um sistema de registro bem rigoroso afim de evitar roubos.
Dentre as atrações desta edição, teremos o vocalista do Iron Maiden e empresário, Bruce Dickinson, a doutora em astrofísica e professora do Departamento de Astronomia da UFRGS, Thaisa Storchi Bergmann, e da área de jogos teremos a presença de Daniel Matros, que já trabalhou na produção de vários títulos da série Battlefield e Tim Kjell, designer de jogos e produtor de streaming em diversas séries, ambos com amplo envolvimento com e-sports.
As palestras e workshops se iniciam amanhã, e o Vão Jogar! irá acompanhar o que de mais interessante for apresentado com relação a jogos, incluindo o case de Sonho de Jequi, da Tower Up Studios, o qual nós já falamos aqui durante a cobertura da BGS. Para os interessados, os ingressos podem ser comprados no site do evento, variando entre R$ 120 para a entrada simples e R$ 195 para a entrada com direito ao acampamento, ambos para todos os dias.
* Revisado em 14/07/2017 às 02:15:19
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