Eu já havia falado um pouco sobre a demo que joguei de Horizon Zero Dawn no primeiro dia de BGS, mas o RPG de mundo aberto da Guerrilla Games também teve uma apresentação de jogabilidade no estande da Sony, feita pelo produtor americano Daimion Pinnock, explicando um pouco mais sobre o jogo. Assim como em outros jogos apresentados, Daimion disse que se tratava de uma versão preliminar, embora de todos que eu tenha visto, Horizon Zero Dawn foi o que se mostrou mais polido, já contando inclusive com legendas em português brasileiro.
Na história do jogo acompanhamos a jornada de Aloy, uma arqueira que desde criança foi marginalizada por ter nascido fora do vale onde mora com um grupo de outros humanos, tendo sido criada por outro forasteiro que aparentemente também não é muito bem vindo por lá. A palavra "outcaster" é utilizada frequentemente, e o vale é considerado uma espécie de oásis em relação ao restante do mundo, uma região proibida e deserta, onde a natureza corrompeu as máquinas que assumiram formas de animais selvagens que atacam os humanos que encontram pelo caminho. As pessoas do vale acreditam que tudo ocorreu como uma espécie de castigo divino, e portanto nada deve ser questionado, eles somente devem sobreviver. A aventura de Aloy se dará fora desse vale, onde ela irá procurar respostas sobre o motivo real das máquinas terem se corrompido e solucionar de vez o problema. Em um dos trechos da apresentação, Aloy se depara com uma porta altamente tecnológica, onde um bioscanner a reconhece, dando a entender que ela é uma figura realmente importante nos acontecimentos daquele mundo.
Logo de cara não dá para não se impressionar com o quão bonito é HZD, não somente pelos seus gráficos, como também pelos lindos cenários, que me lembraram um pouco Xenoblade Chronicles X por seus "animais" de tamanhos variados. Durante a demonstração caminhamos apenas por uma savana, mas na apresentação da história também foi mostrado um cenário com uma intensa nevasca, indicando que haverá uma variedade de ambientes. O jogo em si não parece ser muito diferente de outros RPGs de mundo aberto com os quais estamos acostumados, com um mapa enorme e várias missões principais e secundárias, além de muitos diálogos, com um sistema de escolhas de respostas tal qual como um Mass Effect.
Mas onde HZD brilha mesmo é em suas mecânicas de batalha, que embora bem dinâmicas, exigem uma certa estratégia para que você consiga vencer os adversários mais fortes. Para isso você conta com uma grande variedade de armas, munições e roupas, cada qual com suas vantagens e desvantagens para cada tipo de inimigo. Ainda é possível coletar itens das máquinas abatidas para fazer mais armamentos.
A mecânica é bem variada, permitindo que cada pessoa utilize o estilo de jogo que melhor lhe convir. Você pode andar sorrateiramente, preparar armadilhas contra os inimigos mais fortes, utilizar coberturas, utilizar um modo de focus que indica a fraqueza dos inimigos e capturar algumas máquinas corrompidas para utilizar de montaria ou outras funções diversas, podendo até mesmo sair delas e chamá-las com um assovio depois, mas tudo sempre de forma bem ágil, tanto que o menu de seleção de armas não pausa o jogo, apenas o deixa mais lento.
Eu perguntei a Daimion sobre a ausência de um sistema de trava de mira, que foi algo que eu senti falta e me deixou um pouco perdido com a câmera quando joguei, e ele me disse que existe a possibilidade do recurso ser implementado até a versão final. Levando em consideração que ele mesmo falou que haverão batalhas com muitos inimigos simultaneamente em partes avançadas do jogo, seria algo realmente muito bem vindo.
Daimion também aproveitou para frisar sobre eles estarem fazendo um jogo com uma personagem feminina forte, diferindo do tradicional "donzela em perigo", um conceito que felizmente vem sendo mudado ao longo dos últimos anos.
Horizon Zero Dawn está prometido para o dia 28/02/2017, exclusivamente para PlayStation 4.
* Revisado em 14/07/2017 às 01:54:49
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