Logo depois de publicar o escrito sobre Bust A Move, durante um bate-papo com o Xará sobre jogos de dança e ritmo, acabamos lembrando de um muito bacana, que a maioria conhece apenas por umas das demos do primeiro PlayStation: PaRappa The Rapper. Eu mesmo nunca tinha jogado a versão completa antes, até porque não é um jogo muito fácil de achar (leia, barato). Mas depois disso eu acabei empolgando novamente e por fim, consegui uma versão japa.
E depois de ter terminado o jogo pela primeira vez, o que não me levou muito mais que uma hora, já digo que está entre os meus jogos preferidos. A história é sobre PaRappa, um cachorro apaixonado por uma menina-flor (literalmente) chamada Sunny Funny, e suas aventuras para conquistá-la e se tornar um herói. Sim, é um típico romance adolescente, só que com altas doses de humor.
Para que tudo dê certo, PaRappa sempre vai estar em busca de algum aprendizado ou item para resolver os seus problemas, e para isso ele vai contar com a ajuda de diversas pessoas, ou mestres, como o icônico Mestre Cebola, que na infame primeira fase, ensina os segredos das artes marciais para nosso herói.
A mecânica é aparentemente simples e funciona da seguinte forma: o mestre canta um verso da música e PaRappa repete o mesmo verso em seguida, e cabe a você apertar os botões indicados no momento certo em que o cursor passa por eles. Quanto mais comandos você acertar, mais pontos ganha, além de manter o nível do seu rap alto o suficiente, já que se cair demais é game over. Tudo isso seria realmente simples, mas é aqui que a coisas complicam um pouco.
O grande problema, é que é difícil de saber quando você realmente está fazendo certo, porque mesmo acertando tudo, acontece do nível do seu rap começar a cair sem mais nem menos. Não funciona como um DDR, em que basta você apertar o botão quando o indicador passa em cima do comando e pronto. Mas nem tudo está perdido, pois ao mesmo tempo que isso é uma puta falha na jogabilidade, você rapidamente descobre que o jogo consegue fazer outra coisa de uma forma sensacional: dá para jogar somente seguindo a melodia e letra da música! Eu recomendo usar as indicações da tela apenas como base, e tudo vai ficar mais fácil de entender. A sensação de fazer o PaRappa cantar certinho só acertando os botões é incrível, além de bem diferente de outros jogos do gênero. Mesmo em Space Channel 5, que é bem mais resolvido em termos de jogabilidade, a resposta é muito mais baseada no tempo, memória e coreografia, nunca na letra da música, e isso faz com que PaRappa The Rapper seja único, mais baseado no som do que no visual. Você realmente sente que está "cantando" um rap.
Aliás, falando em visual, PaRappa The Rapper possui um bem característico, com personagens antropomórficos de tudo quanto é tipo, e bem parecido com a série Paper Mario, onde os personagens são totalmente chapados, parecendo de papel. Mesmo ligando o PSOne em uma TV atual, posso dizer que os gráficos, tirando obviamente a resolução, não envelheceram nada!
E é obvio que um jogo desse tipo tem que ter boas músicas, e PaRappa tem uma trilha sonora fantástica e extremamente chiclete. Muita gente pode torcer o nariz quando eu falo de rap por não curtir o gênero, ainda mais com um "The Hip-Hop Hero" na tela de título, mas a real é que as letras são muito bem escritas e a variedade é tão grande, que não tem como não gostar. E não por menos, o jogo foi uma criação do estúdio NanaOn-Sha, fundado pelo líder da banda de J-PopPSY • S, o músico Masaya Matsuura.
Apesar das falhas de jogabilidade e ser um pouco difícil de achar na versão original (mas existe um port para o PSP), PaRappa The Rapper é de longe um dos jogos mais divertidos do PlayStation e uma das experiências mais bacanas que já tive jogando videogames. Mesmo sendo curtinho, não vai ser difícil você querer jogar as fases várias e várias vezes, seja para melhorar a pontuação, ou seja para conseguir o nível "Cool" e fazer um rap freestyle, o que só é possível depois de zerar o jogo pelo menos uma vez. Ainda houve para o PlayStation um spin-off da série nos mesmos moldes, UmJammer Lammy, e uma sequência para PlayStation 2. Embora não tenha jogado esses outros dois, recomendo fortemente o primeiro título.
Embora o jogo falhe um pouco em conseguir indicar o momento exato de apertar os botões, Parappa the Rapper é um ótimo título de música e ritmo. A sensação de sentir a música fluir corretamente ao acertar as notas, principalmente quando se consegue isto "de ouvido", é algo que faz toda a diferença e o ponto mais forte do jogo. Avaliado noPlayStation (entenda o nosso sistema de notas)
Um dos jogos que mais gastei horas (leia dinheiro) na locadora! E só depois de muito tempo foi que eu descobri como a mecânica funciona e ainda sim não conseguia (acho q até hoje ainda não consigo) fazer um "Cool".
Por um lado algumas pessoas poderiam logo de cara se frustrar com essa jogabilidade e largar o jogo, mas comigo isso não aconteceu e confesso que o motivo foi exatamente o lance de jogar pela música e não pelos comandos em si como tu explicou. Inclusive acho que é por causa das músicas que eu gosto tanto desse jogo! E cara, eu acho que teria sido muito divertido se ele tive vindo com um multiplayer.
E @Xara, me desculpe por fazer você ficar com as músicas grudadas na memória por semanas! Haha!!
Putz, eu nunca joguei esse PaRappa aí, mas depois de ler "um cachorro apaixonado por uma menina-flor", creio que ele pode muito bem entrar naquela lista de jogos bizarros, junto com Hatoful Boyfriend e os outros lá, huahuahuahua!
Brinks, tenho que lembrar de experimentar ele no PSP (que é desbloqueado). Se bem que tem port, né?
E o Tchula sempre dando um jeito de falar de Space Channel 5, hehehe.
Se pegar Parappa simplesmente como jogo, é complicado gostar dele mesmo. Mas as músicas são tão grudentas e acertar elas é tão recompensador, que não tem como largar, rzs.
@sucodelarangela
Hwa hwa hwa, acho que não chega a tanto, mas é um mundo bem bizarro mesmo.
Sim, tem a versão para PSP que acho que tem até umas coisinhas a mais, acho que vale mais a pena para você.
Baita clássico. Eu concordo, o maior atrativo dele são as músicas e o design caricato dos personagens. Se a memória não me falha, ele tem uma continuação para PS2, que parece ser bem melhor, mas nunca joguei xD
Eu gosto também de UmJammer Lammy, que eu sempre pensei que fosse a continuação indireta do PaRappa The Rapper no PSone, hahaha!
Bem, a grana era curta nos tempos de revistas, hahaha!
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