Embora não seja necessariamente um gênero, jogos que envolvem música e ritmo são disparados um dos meus preferidos. Mesmo quando são apenas algumas fases em um jogo de plataforma, bastou exigir que eu coordene pulos de acordo com uma música, e lá estou eu sentado na beirada do sofá com olhos mais vidrados na televisão que criança assistindo Galinha Pintadinha. Não é por menos que eu gosto tanto de Space Channel 5, jogando-o de vez em sempre. Mas muito antes de eu ser apresentado a jovem Ulala no meu Dreamcast Demolidor, houve um outro jogo musical que me consumiu muito tempo, ainda na época de PlayStation 1: Bust A Move, que já até cheguei a citar por aqui.
Infelizmente, esse eu ainda não tenho Diferente de hoje, em que vocês tem o Vão Jogar! como fonte infinita de informação e conhecimento gamístico, lá nos idos de 2000, tudo o que nós tínhamos eram as saudosas revistas de videogames, que não eram lá muito bem escritas em sua maioria e focavam bem mais nos jogos mais famosos, então vocês imaginam as chances de nós, adolescentes sem um pingo de bagagem cultural e senso crítico, vermos algo sobre um jogo de "bonequinhos dançantes" e ficarmos empolgados... pois é. Mas sabe como é a vida, uma caixinha de surpresas. Um dia, um amigo meu arrumou, nem lembro como, um CD original desse jogo, todo arranhado. Fomos ver de qual é, e pouco tempo depois estávamos nós em disputas fervorosas e querendo zerar com todos os personagens e ver os finais.
Bust A Move: Dance & Rhythm Action, que mais parece um título de jogo do Kojima, foi publicado pela Enix lá em 1999 para o PlayStation 1, mas teve o seu nome no ocidente alterado para Bust A Groove, por conta que aqui, aquele puzzle japonês, Puzzle Bobble, já tem esse nome. Confusão de nomes entre regiões, novidade né?
A ideia é bem simples, você escolhe um dos dançarinos disponíveis, obviamente completamente estilizados e estereotipados com aquela visão oriental sobre o ocidente, e com as histórias mais peculiares que você possa imaginar, e vai enfrentando os adversários um a um em diversas e malucas fases até chegar no chefão do jogo, um robô dançarino gigante chamado... Robo-Z. Sim, esse jogo é japonesice pura! Durante as músicas, várias combinações de botões vão aparecendo na tela, mas diferente de um Dance Dance Revolution, o lance aqui é um pouco mais complicado. A barra de comandos irá piscar três vezes de acordo com o ritmo da música, e nesse meio tempo você faz uma das sequências mostradas na velocidade que preferir. Porém na quarta vez que a barra piscar, você tem que apertar o último botão no tempo exato da piscada, fazendo com que seu personagem vá incrementando seus passos e novas sequências, cada vez maiores e mais complicadas.
Ok, assiste aqui que é mais fácil Não é uma mecânica difícil, mas acredite, você vai gastar um tempinho para pegar o jeito, então não se assuste com o seu personagem todo lesado na tela porque você errou os comandos. Como se não bastasse a maluquice dos personagens e cenários, esse jogo também possuí ataques especiais. Sim, isso mesmo, você pode atacar o personagem adversário, e se ele não conseguir esquivar, vai ficar no chão por algum tempo, o suficiente para que você consiga pontos a mais. Claro, tudo isso tem que ser feito na sua sequência de movimentos, mudando apenas o botão de finalização para o de ataque ou esquiva. É lindo quando você é atacado tendo que fazer uma combinação de sete direções, e depois ter que repeti-la para finalizar o combo... ou esquivar novamente, é possível fazer dois ataques por dança.
Mas não somente a mecânica de Bust A Move é muito bem feita, como todo o jogo é cheio de detalhes que dão um charme a mais. Por exemplo, ao invés de ficar se focando em números para mostrar quem está ganhando ou perdendo, e no final das contas te distrair em um jogo que não permite distração, ele exibe isso através da câmera, que sempre vai se aproximando de quem estiver ganhando, até chegar ao ponto de ignorar completamente o perdedor. Todo cenário também possuí uma série de transformações que vão sendo ativadas conforme o seu desempenho, o que varia de furacões destruindo casas até um transito caótico com carros batendo e explodindo.
Desafio extra: conseguir quebrar todo esse cenário Como todo bom jogo que envolve dança e música, é claro que estes dois itens são muito bem feitos. As coreografias, apesar de estarem mais para um jogo de dança de Kinect do que para um musical estilo Space Channel 5, são muito bem encaixadas na variedade de comandos que podem ser executados e as músicas são excepcionalmente ótimas, todas obviamente cantadas e só possíveis com essa tecnologia maravilhosa e recém chegada aos jogos chamada CD.
Nesse ponto existem algumas diferenças entre as versões japonesa e europeia/americana, que tiveram alguns áudios trocados e até mesmo censurados, por conterem trechos relacionados a bebidas, cigarro e conteúdos tidos como ofensivos para os gringos. Aliás, alguns personagens também largaram o álcool e cigarro no ocidente pelo menso motivo. Particularmente, eu prefiro a versão japonesa, por achar a sonoridade das canções originais melhor.
Como todo jogo desse estilo, apesar do clima de fliperama, ou seja, "senta, joga e zera", Bust A Move tem muitos segredos e conteúdos desbloqueáveis, sabe, da época que você não precisava pagar para isso, para fazer com que você tenha vontade de jogar cada vez mais. Além de personagens extras, há também movimentos secretos para os solos a serem descobertos, e acreditem, eles dão pontos pra kct! Além disso, depois que você descobre que dá para fazer o ratinho de pelúcia chamado Columbo, aquele que fica no macacão da personagem Shorty, ganhar vida e dançar junto a sua dona ao fazer o maior combo, você vai querer ficar repetindo isso o tempo todo...
Ok, eu fico querendo fazer isso o tempo todo! É legal, dá licença? Ainda rolou uma sequência desse jogo para o primeiro PlayStation. Bust A Move 2 mantinha a mesma base do primeiro, com algumas pequenas adições na jogabilidade, como o movimento de contra-ataque, um sistema em que os adversários que você enfrenta variavam de acordo com o seu desempenho, e claro, novos personagens, cenários e músicas. Também é um jogo excelente, mas eu ainda sim prefiro o primeiro, mais por questão de gosto mesmo. Chegaram a rolar outras versões desse jogo no Japão, para arcades e PlayStation 2, mas essas eu nunca vi e nem faço a mínima ideia de como são. É uma pena que jogos desse tipo ficaram presos apenas aquela geração, mas se não me engano, pelo menos o primeiro jogo está disponível na PSN, então não há muita desculpa para não jogá-lo nos dias de hoje.
Se você também gosta de jogos de dança e ritmo, eu digo que o clichê "esse jogo é obrigatório" faz total sentido, e eu acrescento que você precisa jogar esse clássico da quinta geração... agora! Então vão lá, calcem suas sapatilhas de dança mais confortáveis e Vão Dançar Jogar!!
apenas digo que Bust a Move ERA FODA PARA 4@#@#@#@#@#@#@#!!!!!!! (foi mal a empolgação)
mas eu não era bom no jogo, mas o meu irmão (nos bons tempos) era viciado nesse game. tanto que ele comprou as versões americana e japonesa desse e do segundo jogo e os guarda numa caixinha na gaveta. ele gostava mais do Heat, por ele dançar break. ficou bom o bastante para ele jogar na dificuldade Hard com todos os personagens, eu mesmo no easy me atrapalhava nos comandos, até no modo treino errava muito
hoje em dia, eu não entendo como não tem Bust a Move nessa geração. as musicas do primeiro jogo são fantabulosas, a do segundo game...depende da versão que você possui, pois algumas musicas acho melhor em japonês e vice versa.
quem jogou muito PS1, já deu cara com esse jogo nas locadoras e não se arrependeu por ter se dedicado ao jogo.
Cara! Que post excelente, exala nostalgia, graças aos bons tempos fui também privilegiado com Bust a Movie/Groove. Sempre curti o Heat, exatamente pelo Break, mas sempre joguei com todos até não aguentar mais. O que mais gostei é que o modo como tratou o jogo me deu aquela vontade de parar a máquina da zoeira, voltar e jogar de novo (algo que farei lol). Alguns áudios em japa são superiores ao americano em termos rítmicos, então pra mim acabou sendo meio obrigatório explorar as duas versoes sem pausa. Aaaaaa ps1 querido, porque você se foi babxsjxhue.
Ah @Xará!! Joguei muito! Muito mesmo! Joguei tanto que já tinha chegado ao ponto de jogar com o "hud" dos comandos desabilitado, pois já sabia tudo decorado! E eis um ponto negativo desse jogo: os comandos são os mesmos para todos os personagens e o q realmente difere são os comandos secretos q tu mencionou, q só podem ser executados em um ponto específico da música, vale lembrar. E se eu não me engano o secreto mais "forte" é o da Kitty N. Eu costumava jogar com um amigo e fazíamos todos os passos iguais incluindo os secretos sem errar nada, mas quem estava com a Kitty N sempre ganhava. Eu acho q é pq o secreto dela é o q tem mais comandos a serem executados.
O personagem q eu mais gosto é o Gas-O, pelo estilo de dança dele e pelo visual. Eu adoro 2 músicas: a do estágio do Capoeira e o do estágio da Kitty N (essa última sendo a melhor das duas).
E esse lance dos cenários também é muito bacana, eu sempre chegava o máximo em todos! Tô dizendo, jogava muito!!!
Recomendo a sua sequência Bust a Move 2, Dance Tengoku Mix, com mais personagens e mais dificuldade, um jogão.
Tem também o Bust a Move Dance Summit 2001 em que podem se jogar 4 personagens ao mesmo tempo, mas tudo nele é ruim, acho que só eu que gosto desse jogo rs. Mas vale dar uma conferida na tela da nave espacial em que é uma das poucas músicas que prestam.
Kra que jogo fantástico,como vc disse no post, a vida é uma caixinha de surpresas, pois conheci o Bust a Move meio sem querer também.Lá no começo dos anos 2000(sessão nostálgia ON) eu vendi o meu Walkman pra um amigo e pro meu azar ou sorte, não é que ele me deu um calote, daí tempos depois eu o encontrei e pedi a grana que ele tava devendo, depois de se desculpar o mesmo falou q tava sem grana e propôs me pagar com jogos de Playstation 1, como já fazia muito tempo e as esperanças de ver a cor do dinheiro já não existiam mais peguei os jogos e adivinhem, junto com um monte de jogo esquisitos/desconhecidos/ruins veio um dos melhores jogos de dança até hoje, na minha opinião.Então é isso aí galera do vão jogar, parabéns pela matéria e nunca deixem de falar sobre essas maravilhas nostálgicas flw!!!
É como eu disse, no geral eu prefiro as versões japonesas das músicas, mas as gringas são boas também
@thr2e
Acho que a maioria gosta do Heat, porque 2 Bad é de longe uma das músicas mais empolgantes do jogo, he he he.
@Rafael Alencar
Putz, nunca fui para esse nível de jogar sem os comandos no HUD. Sobre o lance dos movimentos serem iguais eu até que não ligo muito, mas na verdade tem umas duas variações. Não sabia desse lance do solo da Kitty-N.
@Ulisses Seventy Eight
Já joguei bastante o 2 também, tem muitas músicas bacanas também. Mas sei lá, eu ainda prefiro o primeiro
@Renato
Vilxi, falou que já deve Walkman, denunciou que é velho, hwa hwa hwa.
É, tem umas duas variações mesmo. Mas ainda sim essa variação é a mesma para todos os personagens. Inclusive dentre essas variações uma é mais valiosa que a outra. E é por isso que eu cheguei ao ponto de jogar sem o HUD, justamente pq decorei os comandos.
Sabe aquele jogo que vc esquece completamente que se divertiu pra caramba um dia e de repente alguém te lembra? Obrigado, Tchula! Bust a Move é exatamente isso! Legal que eu não sabia de algumas curiosidades, que na época eu não me interessava em saber, mas hj achei o máximo: primeiro... o jogo é da Enix? Caraca! Segundo... agora eu entendi o que diferenciava o "a Move" do "a Groove". Tive os dois jogos (piratas, claro! hahuahua) e não entendia se era sequência ou o que era. Ou eu tinha o Move 1 e Groove 2. Não sei. Sei que conheci o jogo justamente pq estava completamente viciado em Dance Dance Revolution, com dois tapetes em casa e o caramba na época (2001 se a minha memória ajuda). Porra... 13 anos! Caralho! O tempo passa! Aqui pode palar falavrão, né? Enfim... Daí que levaram o jogo pra eu jogar e eu não entendi porra nenhuma de cara, tirei os tapetes e coloquei o controle. Aí o bicho pegou! hehehe Mas sabe que as primeiras N vezes (e foram muitas) eu não sabia que dava pra desviar de ataques especiais? Foda, eu sempre levava e ficava puto quando perdia por causa dos ataques. Aliás as primeiras eu nem sabia que dava pra atacar. Mas cara... eu joguei esse tróço viu. E eu também prefiro o primeiro jogo. Putz, eu acho que preciso mesmo conhecer Space Channel 5! Ah, e a porra do Puzzle Bobble... cara, quando vi Bust a Move de SNES (emulador) eu na hora fui ver qual que era e quando dei de cara com aquele jogo eu peguei uma raiva incontrolável dele. Não era o que eu esperava, que frustrante. É isso, ótimo escrito! Vão Dançar!
Eu não entrei nesse ponto, mas o estúdio que desenvolveu mesmo foi uma tal de "Metro Graphics", mas como quem publicou no Japão foi a Enix (lembra da Enix? Aquela rival de peso da Square? rzs), considerei que era algum estúdio filiado a eles, não consegui muitas informações a respeito.
É provável que você tenha tido o 1 Move e o 2 Groove, era o mais comum na época, sei lá por qual motivo.
Caduco dançando DDR... alguém filma isso e coloca no Youtube, por favor! E não pode falar palavrão não, porra!
É que você não fica tentando achar ele no Mercado Livre pra comprar, o que mais aparece é os cartuchinho do Super Nintendo, rzs.
E você tem que jogar Space Channel 5 mesmo... agora! Vai Jogar!
Sempre gostei de Bust-a-Groove, mas creio que joguei bem mais o segundo jogo! Nada pessoal, mas foi o que eu tive acesso pela primeira vez e meio que isso te marca!
Excelente jogo pra passar o tempo! Aposto que o Tchulanguero entra naquele modo de aprendizado dos movimentos e fica tentando imitar na frente da TV, huahuahua!
DegustaçãoBust A Move / Groove
Rafael "Tchulanguero" Paes 
08/05/2015 às 08:24:44 
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