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Um Herói Lendário

Análise de A Lenda do Herói - O jogo brasileiro "A Lenda do Herói" é um título do presente com os dois pés no passado...

autor João Roberto   datahora 01/07/2016 às 11:44:53   tagarelices 3

O jogo brasileiro "A Lenda do Herói" é um título do presente com os dois pés no passado...


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O ser humano está sempre buscando meios de melhorar sua vida, seja por uma maior comodidade, e aqui posso elencar móveis novos para sua casa ou veículos mais rápidos e confortáveis, passando pelos alimentos e um sem-número de itens, seja para o simples prazer de viver. E nessa busca incessante, as tecnologias têm contribuído, e muito, trazendo máquinas de lavar que trabalham praticamente sozinhas, aparelhos de televisão cada vez maiores para emular a sensação de ter um cinema dentro de casa. Há ainda os celulares, internet, automóveis... A lista vai longe. Ainda assim, este mesmo ser humano, que busca sempre o futuro, mantêm seus olhos voltados para o passado, em um sentimento de nostalgia que cedo ou tarde acaba arrebatando-o e levando-o a relembrar acontecimentos ou passagens de outros tempos que lhe trazem uma sensação que há muito não sentem. E nesse quesito, os videogames têm ajudado a manter aquela chama do passado acesa.

Ao menos nos videogames, descobriu-se um caminho, que não é novo, pois vem desde os tempos dos 8 e 16 bits, que são os remakes. Lembra do Super Mario All-Stars, com jogos do NES? Então... Acontece que o mercado descobriu que há um rumo para isso e tem cada vez mais insistido na "remasterização" de jogos (às vezes não tão antigos), tanto que durante a E3 de 2015, o grande chamariz foi o anúncio do remake do Final Fantasy 7, game originalmente lançado para o primeiro PlayStation.

Super Mario All Stars

Nesse caminho, uma onda retrô abraçou todos os gamers, trazendo jogos com visual dos 8 bits. Lembro-me com estranheza quando vi, pela primeira vez, o jogo Megaman 9 sendo lançado para o Wiiware. Mais oldschool impossível. Depois disso, notei o grande volume de títulos semelhantes sendo lançados para a PSN e, principalmente, Live Arcade. Mas, verdade seja dita, o grande repositório para tais títulos, muitos deles indies, acaba sendo o Steam, a plataforma de compras de jogos digitais para PCs. E foi  através do Steam que um jogo chamou minha atenção, e o mais interessante é que se tratava de um game nacional: A Lenda do Herói.

A Lenda do Herói

 
Antes do jogo...

O jogo A Lenda do Herói surgiu de um vídeo produzido pelos irmãos Matheus e Marcos Castro, para o canal do Youtube Castro Brothers, onde satirizam jogos e filmes. Neste vídeo eles brincam com videogames e abusam dos estereótipos do gênero, com um herói em um mundo colorido, cheio de plataformas e empunhando uma espada, buscando salvar uma princesa sequestrada por um vilão.


Os fãs, na época, pensaram que se tratava realmente de um jogo e daí surgiu a ideia se fazer o game.

Após isso, já definido como seria a ambientação e estilo, foi realizada uma campanha no Catarse para arrecadação de fundos para o projeto e A Lenda do Herói pode ver a luz do dia.
 
Ok, fale-me do jogo, então...

O jogo em si é bem genérico, mas isso nem de longe é ruim, uma vez que remete aos tempos dos 8 bits.

Comparações

A Lenda do Herói é um plataforma estilo clássico, com um desafio que vai aumentando fase a fase. O que chama a atenção é quão belo e colorido ele é. Feito em pixel art, agrada, e muito, os olhos de quem vê.

Pixelart (charge, definição)

Nas primeiras fases, o herói, que não tem um nome definido, parte em busca de sua princesa munido apenas de uma espada, um escudo e um ataque simples. Em seu caminho ele enfrenta vários inimigos, como cobras, macacos, gorilas e "melecas de nariz", além de passar por plataformas e galhos que quebram ao pisar nelas. O desafio é excelente e não são poucas as vezes que em o jogador xinga os inimigos, como os macacos da segunda fase.

As fases são divididas em 3 atos, sendo o último reservado para enfrentar o chefe. Vale ressaltar que é impossível não se recordar de um certo personagem de armadura azul ao ver o primeiro chefe.

Chefe

Outro detalhe importante é a ambientação. Os cenários são muito bonitos e variados. Há ainda, na segunda fase, ao passar por um floresta, efeitos de luz muito bem feitos e que brincam com claro e escuro, o que faz até mesmo o personagem não saber se é dia ou de noite. O que nos leva ao fator mais importante do jogo: As músicas...
 
Um jogo cantado...

Todos os atos do jogo são cantados. Cada ação, até mesmo subir em uma árvore, é mencionada nas músicas. Essas músicas, na primeira fase, servem como um tutorial, já que indicam que podemos encontrar itens escondidos em baús, ou mesmo que poderes adquiridos durante o jogo podem ajudar a ativar certos dispositivos.

As músicas servem também para nos ajudar a perceber o avanço no game, uma vez que, apesar de ser um jogo 2D com movimentação lateral, devido aos diversos caminhos que escondem itens importantes, é fácil cair de algum lugar e voltar ao início da fase. Quando isso acontece, as vozes param e ouve-se apenas a melodia e somente é possível ouvir as vozes ao voltar ao caminho correto. Além disso, a música muda conforme o lugar ou o clima, assumindo até mesmo um tom um tanto quanto "sombrio" em algumas partes e, em outras, fica mais alegre. É mais ou menos parecido com o que acontece em Super Mario World quando saímos da fase dos Boos e a música volta ao normal. Quando o herói enfrenta um chefe de fase, as vozes param e nos deixam apenas com a tensão da batalha.
 
Anything else?

Como foi citado, o herói começa com poucas habilidades. Basicamente, ele anda, empunha uma espada e um escudo e dá "saltos de 5 metros", como dito em das músicas do jogo, mas é possível conseguir novas habilidades e poderes, como fogo e invisibilidade, e que acabam sendo muito importantes para conseguir derrotar os chefes de fase.
 
E o que você achou, João Roberto?

Eu achei A Lenda do Herói uma grata surpresa. O jogo canta conta uma ótima aventura que aumenta sua carga a cada minuto. Sua jogabilidade é simples e não compromete. Além disso, é possível jogá-lo tanto com um controle quanto pelo teclado. E não posso deixar de mencionar novamente que se trata de um título nacional e com uma qualidade ímpar. E, além de tudo o que foi aqui escrito, vale ressaltar a imaginação dos criadores ao nomearem as fases. E todas com nomes bem sugestivos como "As mina pyra", "Selva de Panthanum" e "Caverna Dummal".

Então, se o jogador é saudosista e procura algo que remonta aos anos dourados dos videogames, ou apenas busca um jogo que apresente uma ótima aventura, A Lenda do Herói é uma ótima pedida. Feito isso, empunhem suas espadas e escudos, segurem seus controles ou teclados e Vão Jogar!

A Lenda do Herói
A Lenda do Herói

Plataforma: Windows

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  • avatar de Ulisses 8Bits
    Ulisses 8Bits
    06/07/2016 às 22:34:34   localizacao Curitiba
    O jogo é muito bonito mas pessoalmente o fato de ser cantado o torna facilmente enjoativo, se fosse uma música simples de fundo em looping seria bem melhor, mas isso ao meu gosto é claro. O ponto positivo é que o game ficou bem original.

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  • avatar de sucodelarAngela
    sucodelarAngela
    07/07/2016 às 12:49:49   localizacao São Luís - MA
    Cara, que jogo bonito!

    Confesso que acompanhei o YouTube dos irmãos Castro por um bom tempo, adorava as paródias deles, são excelentes. A minha favorita é Mad Sina, foi um dos primeiros que eles fizeram:

    Depois passei a assistir mais a série Piadas Ruins (sou fã de piadas ruins) e, depois de um tempo e muita responsabilidade na vida, parei de acompanhar. E lembro que isso aconteceu exatamente quando eles começaram a divulgar o vídeo dA Lenda do Heroi e, pouco depois, o jogo em si.

    Apesar de curtir muito os caras e o trabalho deles, infelizmente sou da opinião do Ulisses aí em cima: o fato de ser cantado (quase) o tempo todo o torna enjoativo (para mim).

    Mas obrigada por me apresentar oficialmente o jogo, Professor! Abraço!

    Responda!
  • avatar de Gamer Caduco
    Gamer Caduco
    31/07/2016 às 21:54:32   localizacao SP
    Rapaz, eu tenho uma vontade enorme de jogar este jogo, sério!
    Tenho monitorado ele, assim que possível ele cai na minha lista.
    Achei os nomes de fases bem criativos, eles queriam deixar o mais genérico possível sem ficar absurdamente genérico e acabou ficando engraçado! Muito bom! kkkkk
    Pixel art, desafio, caminhos e boa música: precisa de mais algo? Acho que não!
    Ótimo escrito!

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