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logo Vão Jogar! DegustaçãoPokémon Red, Green, Blue & Yellow

A Primeira Geração Dos Monstros De Bolso: 20 Anos De Pokémon

Análise de Pokémon Red, Green, Blue & Yellow - Temos que pegar todos!

autor Rafael "Tchulanguero" Paes   datahora 11/03/2016 às 16:23:39   tagarelices 10

Temos que pegar todos!


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Há muito tempo que eu tenho um princípio de rascunho sobre a primeira geração de Pokémon salvo aqui no site, que por diversos motivos eu nunca levei para frente. Porém, devido ao aniversário de vinte anos da série no último dia 27 de fevereiro, achei que já era hora de falar sobre esse que é um dos meus jogos favoritos.

Pokémon Blue - Tela de título
Os portáteis da Nintendo nem possuíam cores ainda

Pois é, apesar de eu estar muito longe de demonstrar vastos conhecimentos, as 500 horas de X & Y do Somari e a exagerada empolgação de grande parte dos pokémaniacos, além de só ter jogado até a terceira geração da série, sim, é verdade, eu gosto de Pokémon. Diferente de muitos, eu pouco tive contato com o desenho, se eu assisti a um episódio foi muito. Aliás minto, eu assisti aquele OVA, Pokémon Origins, baseado na história da primeira geração, serve?

A coisa toda começou quando eu ainda estava com o meu primeiro videogame, um Super Nintendo, lá pelos meus dezoito anos. O PlayStation com seus milhares de CDs de RPGs japoneses já era uma realidade para a maioria das pessoas, mas apesar do 16 bits da Nintendo também possuir seus clássicos no gênero, conseguir os cartuchos por aqui, até mesmo para alugar, era tarefa impossível.

Mas então aconteceu de eu descobrir que um amigo possuía um Super Game Boy, aquele adaptador que permitia jogar os jogos de Game Boy clássico no Super Nintendo. Ele também possuía o famoso Pokémon Amarelo, que obviamente eu peguei emprestado depois, sendo provavelmente o primeiro RPG de turnos que eu joguei, ao menos que eu me lembre. E embora na época eu não possuísse toda a bagagem que tenho hoje para admirar o jogo de uma maneira mais completa, as muitas horas de diversão com certeza foram apreciadas pelo jovem Rafael.

Super Game Boy
O Super Nintendo também possuía a sua versão MegaZord,
mas não necessitava de mais tomadas. Rá!

Para os que são alheios a Pokémon, como eu ja disse, trata-se de um RPG de turnos, com a diferença que ao invés de lutar com toda a sua equipe, os adversários se enfrentam um a um, sendo substituídos quando derrotados até que não sobre mais nenhum. Aliás, nem podemos chamar muito de equipe, já que na verdade você controla um treinador de pokémons, que os usa para batalhar em seu lugar. Se você achou isso um pouco... errado, vamos assim dizer, não fique muito espantado: a ideia do jogo surgiu das famosas brigas de insetos no Japão, com princípio semelhante as rinhas de galo que tínhamos aqui no Brasil, que perduraram por muitos anos mesmo depois de proibidas. Não é por menos que até a PETA vive pentelhando a série, criando diversos jogos horrorosos e de gosto duvidoso como paródia, onde os pokémons se revoltam contra os humanos.

Pokémon Peta Parody
Tudo bem que a ideia base não é a melhor do mundo, mas eu acho que esse "protesto" foi um pouco longe demais...

Aliás, essa não e a única bizarrice que gira em torno do universo da série. A história começa com você controlando o treinador Red, um garoto de apenas 11 anos que sai pelo mundo em busca de capturar e catalogar o maior número de pokémons possíveis, tudo a perdido do Professor Oak, conhecido por muitos como Professor Carvalho por conta do anime. É ele também que lhe dá o seu primeiro pokémon.

Pokémon, trio inicial
Os três pokémons disponíveis no início do jogo.
É claro que a única opção correta é o Charmander...

Bem, exploração animal e crianças sendo largadas a própria sorte a parte, é em cima disto que gira toda a premissa de Pokémon: um jovem treinador, que deve capturar o maior número de criaturas selvagens possível, utilizando as famosas pokébolas, enquanto avança por várias cidades em busca de oito ginásios, locais onde treinadores mais fortes podem ser desafiados, em troca de insígnias, uma espécie de medalha dada pelo líder de cada ginásio caso você o derrote. Acumulando as oito insignias, você pode desafiar os treinadores mais fortes de todos, conhecidos com a Elite dos Quatro, e finalmente receber o título de Mestre Pokémon, o que lhe concede... nada, é só uma espécie de versão alternativa de Street Fighter, onde o importante é ser o mais forte. Mas você não é o único que deseja alcançar esse objetivo, o neto de Oak, Blue, também recebe a mesma missão, sendo o seu rival e adversário ao longo do jogo.

Capturando um pokémon

Toda essa mecânica parece simples e boba, mas é na minha opinião o que torna Pokémon um jogo tão atraente e divertido, além de cair como uma luva para os portáteis. Primeiro, porque a trama do jogo ganha algumas adições, como a infame Equipe Rocket, a qual você precisa derrotar várias vezes ao longo da história, além da própria ideia de ir de ginásio em ginásio para derrotar os lideres e poder se tornar o maior treinador de todos. E o segundo ponto, é o fator colecionismo que permeia o jogo.

Na primeira geração, existiam ao todo 151 pokémons, sendo um deles só possível de capturar através de eventos especiais da Nintendo ou glitches no jogo. Mas a grande sacada na época é que por mais que você se esforçasse, era impossível capturar todos os monstrinhos simplesmente jogando. Originalmente foram lançadas duas versões, Red e Green no Japão, Red e Blue no ocidente, ambas idênticas em termos gerais, mas com alguns pokémons exclusivos. Desse modo, para que você conseguisse todos, era necessário trocá-los com outro jogador, conectando os Game Boys com um cabo chamado Game Link. Pois é, antigamente não tinha essa mamata de internet. Apesar das complicações técnicas e de ser algo desnecessário para o aproveitamento do jogo, não preciso nem dizer o quanto isso se tornou febre pelo mundo, não é?

Game Boy - Cabo Game Link

Porém o jogo em si também tem os seus próprios méritos. Embora simples, o sistema de combate de Pokémon funciona muito bem, principalmente quando pensamos que é uma mecânica pensada para portáteis, o que significa que se você tiver que largar o seu Game Boy por alguns minutos, não há nenhum problema (na época ainda não existia a função sleep em portáteis). Aliás, essa falta de compreensão é o que levou a Sony a nunca conseguir levar muito para frente os seus portáteis. Embora obviamente tudo seja nomeado de maneira diferente, temos lá todos os elementos clássicos de um RPG, como status de personagem, níveis, barra de energia, pontos de "magia" e ataques diversos que são aprendidos naturalmente pelos monstrinhos ou até mesmo podem ser ensinados através de itens especiais. Infelizmente, apesar dos trainadores adversários serem visíveis, as batalhas contra pokémons selvagens são aleatórias, embora nesse caso seja compreensível o motivo.

Batalha em Pokémon

Também há a famosa evolução, que na verdade é uma metamorfose, onde alguns pokémon que alcançam um determinado nível se transformam em uma versão mais forte. Por fim, temos vários tipos de pokémon, como os de fogo, água, grama, etc, que funcionam em um esquema de jokenpô (pedra, papel, tesoura): por exemplo, fogo é forte contra grama, que é forte contra água, que é forte contra fogo. Isso requer que você tenha os tipos certos de pokémon para cada adversário.

A primeira vista você pode achar ele um jogo bem feio, mas eu sempre achei que ele tem o seu charme. Se você pensar que ele foi desenvolvido para um portátil monocromático de 8 bits, fica mais fácil de entender. Porém, se tem algo que se destaca bastante é a sua trilha sonora. Não, não torça o nariz para o chiptune extremamente simples, eu acho de verdade a trilha sonora desse jogo incrível, com várias melodias memoráveis, sendo das três primeiras gerações a que eu mais gosto.

A famosa música de Lavender Town, origem de creepypasta bem conhecida, é uma das músicas mais marcantes do jogo.

A versão Yellow, que eu citei no início do texto, veio algum tempo depois, com uma paleta de cores um pouco maior quando jogado no Super Game Boy ou Game Boy Color, além de ter ganhado alguns aspectos do anime, como os personagens Jesse, James e Meowth. Outra grande mudança, é que dessa vez você inicia com um Pikachu, que assim como no anime, não fica na pokébola, te seguindo para todos os cantos. Aliás, foi aqui que começou o sistema de "felicidade" da série: Pikachu ficava triste ou alegre de acordo com suas vitórias ou derrotas. Nesta versão também era possível ter Charmander, Bulbasaur e Squirtle ao mesmo tempo sem a necessidade de trocas, diferente dos títulos anteriores onde era possível ter apenas um.

Jessie e James
Nas versões originais, capangas genéricos da
equipe Rocket é que eram os adversários

Hoje em dia é de longe uma das séries mais rentáveis da empresa, sendo sempre sucesso de vendas em todas as versões, tendo direito a uma série de spin-offs, além de toda uma gama de outros produtos além dos jogos. Mesmo sendo um jogo antigo, a primeira geração de Pokémon é composta de títulos excelentes que eu acho válidos até hoje apesar da simplicidade técnica, sendo bem feitos o suficiente para terem resistido ao teste do tempo. Junto com o aniversário de 20 anos da série, a Nintendo relançou os três títulos no Virtual Console do 3DS, tendo inclusive adaptado toda a parte referente a transferências e batalhas através do cabo Game Link para que funcione com as funções WiFi do portátil atual, assim como a compatibilidade com o serviço Pokémon Bank.

Compatibilidade com Pokémon Bank
Será possível inclusive utilizar os pokémons transferidos
nos vindouros Sun & Moon

Então, sem desculpas que não há como jogar estes clássicos dos portáteis, peguem suas pokébolas e Vão Capturar!

* Revisado em 11/03/2016 às 17:11:24

Pokémon Red, Green, Blue & Yellow
Pokémon Red, Green, Blue & Yellow

Série: Pokémon
Estúdios:  e
Plataformas: 3DS e Game Boy

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  • avatar de Gamer Caduco
    Gamer Caduco
    11/03/2016 às 17:17:43   localizacao SP
    Ah, quer dizer que o Rafinha Tchulanguinho gostava de jogos por turno e o Tchulanguero de hj fica fuzilando o estilo? Tô de olho no senhor.... kkkkkkkk

    Eu nunca fui fã de Pokemão, a ponto de ter bronca do jogo. Já tentei terapia, álcool e até jogar Sonic Boom pra ver se odiava menos a série, mas não consigo.

    Tentei num passado remoto jogar, mas não consegui me empolgar. Não sei o que ocorre.

    As coisas da PETA são bem exageradas sempre mesmo, aqueles lá parece que querem atenção de QUALQUER jeito, a maior parte das coisas que vejo são bem espalhafatosas.

    Cara, eu tenho o cabo Game Zelda até hj aqui em casa, lembro da primeira vez que botei pra jogar Tetris de 2, foi um explode cabeça louco, obrigado por me fazer lembrar disso! \o/

    Não sabia que precisava do cabo pra completar a coleção. Que sacanagem. Se é nos dias de hj, nego faz um mimimi supremo! kkkkk

    Chega, meu comentário tá muito off topic e não quero tornar isto pior.

    Apesar de não gostar do jogo e da franquia, gostei do post!

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      11/03/2016 às 17:42:52   localizacao Vespasiano - MG
      Ah, para, rzs. Não é que eu sou completamente contra RPGs de turno, só acho que eles pura e simplesmente como eram antigamente não dá mais. Mas Pokémon é um bom caso onde eles se encaixam perfeitamente ainda ao meu ver :)

      É, se nem jogando Sonic Boom deu certo, acho que vai ser difícil mesmo.

      Cara, eu não sinto saudade do fato de ter que usar um cabo para ligar dois portáteis, mas com certeza também tenho várias boas lembranças do acessório, em especial, as lutas de Super Street Fighter II Turbo, he he he.

      Você pode dizer que a Nintendo tem todos os defeitos do mundo, mas se tem uma coisa que ela sempre soube fazer foi dar um jeito de arrancar uma grana dos jogadores, rzs. Até com Zelda ela já fez um sistema similar, em Oracle of Ages & Seasons.

      Hwa hwa hwa, serve :D

    Responda!
  • avatar de leandro (leon belmont) the devil summoner
    leandro (leon belmont) the devil summoner
    11/03/2016 às 17:37:12   localizacao Recife-Pe
    Essa onda Pokémon veio Para mim, como foi para a maioria: pelo programa da Eliana na Record. É quando era assinante da Nintendo World, me perguntava quando iria jogar algo da série.

    Me aventurei no Yellow, indo no Pokémon stadium 1 e 2 até o Gold e Silver. Foi uma experiência de várias emoções, desde vitórias a derrotas e não me arrependo dos momentos que tive jogando a série com primos, irmão e amigos.

    Bom post, parabéns aos envolvidos.

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      11/03/2016 às 17:44:30   localizacao Vespasiano - MG
      Pois é, eu não peguei essa vibe do anime na época... acasos da vida, rzs.

      Eu também fui muito nessa onda aí, até o Game Boy Advance. Só não acompanhei mais a série por não ter os portáteis que vieram depois mesmo, caso contrário, com certeza ainda estaria jogando os jogos da série.

      Valeu, abraço!

    Responda!
  • avatar de Somari
    Somari
    11/03/2016 às 19:13:51
    Eu sou suspeito de falar :P

    Conheci a série através do anime, como praticamente qualquer outro brasileiro, e pouco tempo depois consegui a minha cópia do Pokémon Blue. Foi uma febre na minha escola e em alguns bairros da minha cidade e fiz vários amigos por causa disso (e alguns duram até hoje).

    O grande lance de Pokémon é esse apelo social mesmo. Muitos dizem que o jogo só realmente começa depois que você o termina da primeira vez, pois é aí que você começa a se preocupar em treinar seus monstrinhos, montar o moveset, capturar e trocar.

    A série pode até seguir o mesmo clichê de 20 anos atrás até hoje, mas se ainda continuar juntando os amigos, então vai continuar sendo uma ótima série, tal como Mario Kart ou Smash Bros que seguem a mesma fórmula de sempre com alguns incrementos e mesmo assim são sucessos absolutos nos seus segmentos.

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      12/03/2016 às 02:51:36   localizacao Vespasiano - MG
      Eu nunca tive essa onda de ficar trocando pokémons com os outros, até porque normalmente, ou era um cartucho que passava entre várias pessoas, ou então depois quando o pessoal descobriu emuladores.

      A Nintendo tem seus jogos voltados muito mais para mecânica, fica fácil manter o mesmo núcleo e ir acrescentando as coisas com o tempo, sem parecer repetitivo. Pokémon é um bom exemplo disso, mesmo sendo um RPG.

    Responda!
  • avatar de D00d!
    D00d!
    12/03/2016 às 10:50:47
    Bom eu sou suspeito pra falar da série de jogos. O que posso dizer foi o primeiro game em que mostrei que era bom de verdade em algum gênero. Joguei até fritar as versões Red, Blue e Yellow além de suas continuações Gold, Silver e Cristal. E mais uma curiosidade: comprei o game na época por 50 reais (a versão azul) antes da febre toda aí depois o game passou a ser vendido por 100 reais. Numa época em que achar jogos de Game Boy era um verdadeiro garimpo.

    Só que com o tempo o interesse por Pokémon pelo pessoal daqui ficou bem baixo, por conta dos computadores emulando o portátil Game Boy e seu predecessor Game Boy Advance e eu tive praticamente uma jornada solo nos games Saphirre e Leaf Green - este último é que merecia a meu ver ser relançado por ser um remake mais completo. Aliás cheguei nesses período festivo da franquia a comentar minha experiência com a geração advance no meu blog.


    No Nintendo DS me relaxei e passei a piratear os games da franquia com o flashcard, hoje pra tu conseguir eles tem que vender um rim.

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      18/03/2016 às 01:18:03   localizacao Vespasiano - MG
      Estava pensando nesse tipo de coisa outro dia. Lembro que comprei meu Game Boy Advance, no lançamento, na loja e tudo mais, paguei míseros quatrocentos reais. Se perigar, tem cartucho do portátil sendo vendido a esse preço hoje.

      Pois é, eu nunca passei do Advance em portáteis, acabei chegando a conclusão que eles não funcionam mais para mim, então nunca tive um DS, PSP e seus sucessores. Um dia quem sabe esses jogos apareçam no Virtual Console do Wii U e eu acabe jogando.

    Responda!
  • avatar de helisonbsb
    helisonbsb
    13/03/2016 às 13:56:51
    simples e eficiente os jogos do game boy !!!!bons tempos de supergameboy!!!! valeu

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      18/03/2016 às 01:19:08   localizacao Vespasiano - MG
      Basta lembrar que o que impulsionou o portátil em seu princípio foi Tetris :)

    Responda!
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