Existem séries que são adoradas merecidamente por grande parte dos jogadores. Dentre os diversos títulos dessas séries, normalmente você tem ali alguns que são os preferidos desse público. E dentre as várias séries que se enquadram nesta descrição, existe uma que eu gosto muito e que por pouco não é a minha predileta: vocês sabem que eu estou falando de Zelda. E sempre que se falar de Zelda, alguém irá lembrar do grande clássico Ocarina of Time. Não há como negar, a primeira aventura 3D de Link é não somente um dos jogos mais bem feitos em TODOS os sentidos, como também foi o jogo que junto com Super Mario 64 definiu para o mercado como trabalhar em três eixos. Então vejamos, um jogo extremamente bem feito, de peso histórico e ainda por cima com um enredo que gira em torno da gênese de um mundo extremamente adorado por muitos: como eu disse, o mérito é inegável. Mas apesar de tudo isso, eu não tenho OoT como o meu título preferido da série, e sim um outro que junto com Twilight Princess encabeça o primeiro lugar: Majora’s Mask.
Apesar de recentemente ter se criado muito burburinho em torno desse título, a verdade é que por muitos anos ele foi de certa forma tido como um patinho feio da série, uma sombra de seu grande antecessor. E não importa com qual outro título vocês façam a comparação, MM é muito diferente dos outros Zeldas. Não estou falando de mudanças mecânicas, como a que ocorreu do primeiro para o segundo jogo, lá no Nintendinho, muito pelo contrário, os gráficos, músicas, jogabilidade e tudo o que compõe a parte técnica são idênticas a OoT, quase uma cópia. Salvo a adição das máscaras e o mecânica de voltar no tempo, vocês terão uma experiência muito semelhante. Mas não é isto que torna MM tão bom.
Vocês devem estar um pouco perdidos agora, não é? Pois bem, vamos pelo começo então. O jovem Link, o mesmo que salvou Hyrule em OoT, estava cavalgando em sua égua, Epona, por uma floresta a procura de uma velha amiga desaparecida. Aparece então Skull Kid, um espírito brincalhão que lhe rouba a Ocarina do Tempo e vai embora junto a Epona. Durante a perseguição para recuperar ambos, Link acaba indo parar em outra dimensão e é transformado em um ser meio planta chamado Deku Scrub. Como desgraça pouca é bobagem, além de se ver preso em uma dimensão paralela e transformado em um bicho praticamente inútil, Link também descobre que aquele mundo está para ser destruído em três dias, esmagado por uma lua muito mal encarada... literalmente.
Se vocês fizerem uma comparação direta com OoT, é óbvio que MM tem uma premissa muito mais simples. Mas o que torna este título tão especial é como esta história se desenvolve. Ocarina Of Time é um jogo feito para ser épico. É a história de uma criança que não é totalmente aceita pelos seus pares e que após uma longa jornada em um mundo fantástico se torna um herói. Já Majora’s Mask é muito mais sobre o lugar aonde Link está do que sobre ele mesmo. O personagem principal não é o próprio Link, a Lua ou Skull Kid, e sim o mundo de Termina, mais precisamente a cidade central do jogo, Clock Town.
Como eu já disse antes, Termina está para ser destruída em três dias esmagada por uma lua gigante, mas logo no princípio do jogo é introduzida a mecânica de voltar no tempo. Hoje eu não quero entrar em detalhes de jogabilidade, apenas saibam que a qualquer momento vocês podem voltar para o primeiro dia e evitar sofrer o mesmo destino trágico do lugar. Pois bem, uma das maiores sacadas desse jogo é justamente a forma com que ele lida com isso. Todas as pessoas que vocês encontra cumprem uma determinada rotina, o que é muito claro em Clock Town. Carpinteiros trabalham nos preparativos do Carnaval que irá acontecer em três dias também, o carteiro entrega as correspondências, comerciantes trazem itens de longe, artistas ensaiam suas apresentações, soldados discutem sobre a segurança dos habitantes com o prefeito... sim, esse é de longe o Zelda mais "vivo" de toda a série, e diria que mesmo comparado a grandes jogos modernos, não faz feio. Embora a ideia de voltar no tempo e ver todos sempre fazendo as mesmas coisas possa parecer enfadonha, conforme a história progride novos itens são adquiridos e permitem interferir nessas rotinas, o que nos leva a conhecer melhor cada um daqueles personagens e suas respectivas histórias, tornando no geral Majora’s Mask um jogo muito mais interessante, principalmente quando se analisa tudo com uma visão além jogo.
O maior exemplo disso é vocês pensarem que ao utilizar a ocarina e voltar no tempo, embora Link se salve movendo-se dentro do fluxo temporal, para todas as outras pessoas daquele mundo a lua continuou caindo até destruir e matar a todos. Claro que em nenhum momento isso é dito de forma explicita, mas é o que acontece. Aliás, morte é um tema muito recorrente em Majora’s Mask. E existem diversas outras pequenas histórias no jogo, que eu não irei contar para não estragar a surpresa de quem nunca jogou, mas que quando vocês analisarem um pouco mais perceberão que são trágicas, tristes ou emocionantes, em um nível que nunca mais vi em qualquer outro Zelda ou muitos outros jogos atuais.
Por esse motivo é que eu considero tão importante coletar todas as máscaras neste jogo. Claro que em termos de jogabilidade vocês podem pensar nelas apenas como itens que dão poderes, permitam a execução de alguma ação específica, ou lhes transformem em alguma criatura diferente. Eu concordo que poder jogar como um Goron ou Zora é algo extremamente divertido, mas é que toda máscara representa uma história também, inclusive as de transformação. Não é por menos que as partes do final deste jogo sejam exibidas conforme quais delas foram pegas e só sejam completas quando todas forem coletadas.
Eu sinceramente não sou muito a favor de um remake de Majora’s Mask, seja para qual console for, hoje ele é um jogo que pode adquirido facilmente através do Virtual Console do Wii ou Wii U, e eu preferia que essa energia fosse direcionada para o novo Zelda U. Mas por outro lado, me alegra muito os holofotes terem se voltado para ele e Anouma tenha-o tão presente assim em sua rotina. Além de toda a reformulação estrutural que a série vem precisando, acrescentar essa camada de profundidade aos personagens e mundo, vai com certeza tornar o próximo título um dos melhores, quem sabe finalmente retirando de vez o estigma de que Ocarina of Time segue sendo o melhor Zelda de todos, simplesmente porque os outros não são bons o suficiente. Aliás, muito me estranha Anouma ter demorado tanto a rever estes conceitos, uma vez que Majora’s Mask foi justamente o Zelda que marcou o início da direção dele na série, enquanto Miyamoto se afastava da função.
Eu sei que hoje o escrito foi bem diferente do habitual, mas é que muito mais que gráficos, som e jogabilidade, eu preferi escrever sobre o que realmente me fascina nesse jogo, e porque ele é tão diferente de todos os outros. Mas não se preocupem sobre o que eu não mencionei, toda a parte técnica é tão boa quanto o que foi apresentado em Ocarina of Time, e se vocês gostam de Zelda não irão se decepcionar. Porém assim como muitos outros, eu também não recomendo este título para quem está começando neste universo, joguem os outros títulos antes e depois voltem nele. Então o que estão esperando? Peguem o seu cartucho dourado e sua máscara preferida e Vão Jogar!!
Majora’s Mask além de trazer de volta toda a excelente parte técnica criada em Ocarina of Time, como gráficos, jogabilidade e trilha sonora, nos apresenta um universo extremamente rico, aonde cada personagem possuí a sua história e importância naquele lugar. O fato dele explorar temas como a morte de maneira sutil o suficiente para que o assunto não se torne apenas gratuito, também o destaca entre os outros jogos da série, o tornando um título único. Avaliado noNintendo 64 (entenda o nosso sistema de notas)
eu já tive muitas chances de jogar o Majora Mask...mas nunca o zerei. motivo? a coisa que para mim estraga qualquer RPG: Limite de Tempo. em muitas vezes nós tentamos chegar numa dungeon ou fazer uma tarefa daquele caderno e os dias estão acabando, só para tocar a canção na ocarina e voltar TUDO DE NOVO!!! isso para mim brocha até para explorar o mundo.
e tem de se pegar todas as mascaras para se obter a Fiery Deity Mask, onde Link fica overpower bagarai.
e sobre o remake, tem quem anseia o jogo refeito, então...
Já vi e ouvi algumas coisas a respeito do Majora’s Mask.
Soube que tem umas teorias malucas a respeito desse jogo, mas não pretendo me ater a elas, já que eu não tenho interesse nessas coisas.
Mas eu soube que esse jogo apresenta um elemento chamado "Game Over não-padrão".
Neste game, um outro jeito de se dar Game Over, é se a lua finalmente cair. Me lembra um jogo que eu tenho, Shinobido Imashime (PS2), onde há um segundo jeito de dar o chamado Mission Failed: se amanhecer sem que você tenha concluído sua missão (as missões são sempre à noite).
Pra se ter uma idéia, há dois outros exemplos de Game Over não-padrão que eu tenho aqui nos meus jogos.
- GOD OF WAR 2: Na hora de se enfrentar duas das Moiras, quando você vai pegar a Atropos, você luta exatamente em cima da lâmina que Kratos usou pra matar Ares. A lâmina está trincada. Se você demorar muito e a lâmina quebrar de vez... YOU DIED!
- STREET FIGHTER ALPHA 3: Use M. Bison no modo principal de jogo, chegue à última fase. Você enfrentará Ryu. Se você perder pra Ryu na última fase (isso mesmo, Ryu como chefe final), o "final ruim" que você obtem é exatamente o final de Ryu. Detalhe: a música dessa luta em particular é muito da hora!
Queria aproveitar e fazer uma sugestão pro Somari, pro Tchulanguero e pra Suco de Larângela: queria ver um escrito sobre os dez melhores games de luta de Playstation 2. Sob vários aspectos, claro!
É a primeira vez que vejo alguém jogando tanto louros em Majora Mask do que seu antecessor.
Sinceramente, fiquei muito mais empolgado para jogar esse título devido a profundidade que você mencionou.
Eu nunca terminei nenhum Zelda, não sei se foi por preguiça, só que nunca rolou. Assim que terminar de montar meu N64, comprarei esse cartucho e reze para que eu goste, caso contrário irei visitá-lo mineiro, hahaha!!
Majora’s é um jogo bom. Há um tempo atrás, estava numa maratona de Zelda (que não consegui terminar kk) e ele, junto com Twilight princes foram os que não consegui zerar por problemas técnicos. Eu jogava no emulador e aí meu PC deu pau. Tava na parte das múmias e acho que estava bem longe kk tinha feito muita coisa mesmo kk aí, desanimei de jogar kk mas fazer o quê, uma hora depois que eu terminar o Luigi’s Mansion do NGC eu volte a jogar ele kk só me falta coragem pra jogar ele de novo. enfim, eu achei melhor que Ocarina, mas a única coisa chata foi perder o save
Você usava a canção para deixar o tempo mais lento? Sem ela fica meio complicado mesmo.
E a Fierce Deity’s Mask é uma mão na roda para zerar o jogo, apesar que para pegar ela dá um bom trabalho.
@Paulo Aquino
Sim, deixar a lua cair é praticamente um final a parte, mas não mostra muita coisa.
Sobre os jogos de luta, não conheço muito o que é específico do PS2, mas já escrevi sobre muito coisa por aqui, como Street Fighter e Killer Instinct, dá uma pesquisada aê em cima
@Cyber Woo
Você sabe que eu sempre vou meio na contra-mão né? Hwa hwa hwa.
Mas monte o seu 64 sim, e de preferência jogue na seqüência, primeiro o Ocarina Of Time e depois o Majora’s Mask. O único foda é que terá que arrumar o cartucho de expansão para ele.
E mineiro é a... seu gordo chato do caralho!
@Fgap10
Nossa cara, pior que você estava bem na área final do jogo mesmo. É realmente desanimador quando isso acontece. Mas dá um tempo e depois volte a jogá-lo sim, vale a pena.
sou mais das antigas e prefiro mesmo a versão snes....bons tempos,,,,joguei pouco a versão n64 por motivos financeiros e tive pouca experiência,,,,meu primeiro contato com o jogo foi o desenho que passava na época na tv globinho ou tv colosso,,,,acho que era xuxa mesmo,,,,naquela época tinha desenho zilion, kid icarus, carmen san diego, mario bross e zelda,,,,bons tempos,,,,depois fui para o nes e ai snes.....bons tempos mesmo!!! dukaralho a matéria, gostei!!!! valeu
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