Esse escrito nasceu do improviso. Na verdade, eu estava totalmente sem ideias do que escrever. Estava deitado com o notebook largado no colo e ouvindo o tema de Phendrana Drifts, de Metroid Prime. Caramba, que música foda! Então pensei “ei, por que então eu não escrevo sobre minhas experiências gamísiticas... jogadas por meus ouvidos?”.
Afinal, todo jogo, qualquer jogo MESMO, não interessa qual, SEMPRE tem uma música que deixa marcado, também conhecido como “aquela música de tal fase ou de tal personagem”.
A minha vida com as músicas de jogos já começou cedo, e como não poderia deixar de ser, foi primeiro com Sonic, o que não é muita novidade pra muita gente que me conhece por aí
A primeira vez que ouvi o tema da clássica Emerald Hill Zone foi incrível, mas a coisa ficou ainda mais maravilhosa quando cheguei em Sky Chase. Foi a primeira vez de fato que parei e pensei “EI, ESSA MÚSICA PODIA TOCAR NA RADIO”.
Daí pra frente a coisa foi apenas melhorando. Aprendi a apreciar a música dos jogos e, junto com os rock que se ouvia na época, lá figuravam os jogos entre minhas listinhas de músicas favoritas. Tinha gente que até ria de mim dizendo que isso era bobeira! Mas não importava, pois eu era desses que gastava mais tempo no sound test do que no jogo propriamente dito. Em Streets of Rage eu ficava ouvindo o tema do Stage 8 mais do que jogava propriamente dito. O mesmo vale para o tema de Chinatown em The Revenge of Shinobi.
Lá pelos idos de 2000, quando ganhei meu Game Boy Color, fiz dele e de Pokémon Crystal o meu primeiro aparelho de música para sair ouvindo por aí (chupa, iPod!). Lembro perfeitamente da primeira vez que cheguei na batalha contra o Lance e ouvi aquele seu tema da primeira vez.
No SNES, Super Mario World já era batata. Minha prima tinha, meu vizinho tinha, meus amiguinhos da escola tinham. Todo mundo tinha, menos eu. Eu não tinha SNES, mas já conhecia tudo de cor de tanto jogar na casa de amigos e por causa disso, sempre me pegava cantarolando as músicas do Mario por aí. Aliás, no SNES o que mais me surpreendeu da primeira vez não foi Mario, mas sim Tales of Phantasia. Não foi o meu primeiro contato com um RPG, mas acho que foi a primeira vez que me apaixonei por um jogo do gênero (desculpa, Final Fantasy). Tales of Phantasia foi o jogo que mais me marcou no SNES e, provavelmente o que mais marcou meus ouvidos também. Afinal, pra um console de 16 bits que usa cartucho, uma abertura com uma música com vocais é algo que eu nunca ia imaginar que fosse possível. E não era só a abertura, pois durante o jogo sempre havia vozes para todos os lados, com ataques e tudo mais. O SNES é realmente incrível (mas eu ainda prefiro o Mega Drive).
Então eu descobri o SEGA CD. Ou melhor, o conheci pessoalmente.
Naquela época era extremamente raro eu ver um desses (ainda hoje é, mas enfim). Eu havia visto em um folheto do Mega Drive o Sonic CD figurando entre os jogos do add-on. MEU DEUS, PRECISO JOGAR ISSO.
Alguns anos depois disso, mudei de bairro e descobri um vizinho que tinha um SEGA CD e um Sonic CD. Finalmente eu botei minhas mãos naquele jogo.
Durante a tela de Press Start Button, o menino me disse “ei, não aperta start agora não. Espera um pouco”. Bom, se o rapaz disse isso, então é porque vai ter outra coisa sem ser a demo autoplay que sempre aparece nos jogos. Esperei um pouquinho e começou isso:
tem sobre as músicas.
O tempo foi passando, os jogos evoluindo e a qualidade do áudio também. Os 8 e 16 bits deram lugar para os 32 e 64 bits. E lá estava eu, com o controle largado de canto, jogado no sofá e ouvindo os temas maravilhosos de The Legend of Zelda, Banjo-Kazooie, Sonic R, NiGHTS Into Dreams, Daytona e Astal. Sim, só tive Nintendo 64 e SEGA Saturn (nunca tive um PS1 )
Irei dar um destaque especial para esse último jogo citado que, na minha opinião, é o melhor jogo do SEGA Saturn que já joguei na minha vida! E o que tem a melhor soundtrack também.
Da primeira vez em que joguei Astal, já em sua abertura a minha boca caiu no chão com a qualidade, tanto do áudio quanto das imagens.
Astal é um jogo de plataforma para o SEGA Saturn com uma trilha sonora simplesmente fantástica. Confiram um pouquinho dessa maravilha aí em baixo:
No Nintendo 64, é impossível falar de trilha sonora sem poder falar de Banjo-Kazooie. Esse jogo é tão... inexplicável! E suas músicas já falam do jogo por si só. Te enfiam no ambiente (no geral, todos igualmente cômicos) e tudo combina com tudo. Na minha humilde opinião, Banjo-Kazooie, juntamente com GoldenEye formam a melhor trilha sonora do Nintendão, mas não muito atrás ficam a série Zelda e Mario 64.
Já no PlayStation, console que nunca tive mas sempre joguei na casa de amigos (mesma história do SNES ali em cima), pude maravilhar meus ouvidos com jogos como Grandia, Brave Fence Musashi, Tenchu Stealth Assassins, Crash Bandicoot e por que não o remake de Tales of Phantasia? Sim, claro!
Cheguei no Dreamcast! Sonic Adventure foi o jogo, Open Your Heart foi o tema e Emerald Coast foi a fase. Assim iniciei minha vida nos 128 bits. As primeiras músicas do jogo já me ambientaram com o cenário paradisíaco da fase, e tudo era muito lindo. O mar azulzinho, o céu lindo, a areia e tudo mais.
Mas foi em Crazy Taxi que descobri que as músicas que eu já ouvia antes podiam sim ser misturadas com jogos. Eu nunca iria imaginar The Offspring em algum jogo na minha vida! E sim, eu joguei Tony Hawk’s Pro Skater depois de Crazy Taxi.
Metroid Prime foi o primeiro jogo que joguei no GameCube (em uma locadora, mas isso não vem ao caso). Já de cara a primeira música me enfiou num cenário de tensão, especialmente quando você deve fugir da Frigate Orpheon explodindo. Sabe aquela música que quando você ouve já sabe que fudeu? Então.
As músicas são partes fundamentais dos jogos e, mesmo jogos ruins tem músicas fantásticas ou até mesmo o fato de você ouvir a música de um jogo que você nunca jogou já te imerge naquele universo sem você nem mesmo ter visitado aquele lugar.
Ico é um jogo lindo e eu não deveria saber disso, pois nunca joguei esse jogo. Ao invés disso, ouvi sua trilha sonora e eu sei que a arte envolvida ali é tamanha para que o jogo também seja fantástico também.
Para ser sincero, nem consegui falar de tudo o que eu gosto aqui, se não esse escrito iria ficar MUITO maior do que já ficou agora haha, quem sabe uma outra oportunidade.
Enfim, seja como for, as músicas são pontos chaves dos jogos, sendo elementos tão importantes quanto os gráficos e a jogabilidade em si. Há jogos em que as música são a principal jogabilidade, tendo destaque Dance Dance Revolution (para os mais velhinhos), Guitar Hero (pra quem teve PS2 lá pra 2005) e Just Dance (pra galera de hoje em dia). Não importa qual seja o jogo, você sempre vai ter uma música favorita dele. Então, por hoje, eu recomendo você pegar seu jogo favorito, ir nas opções e deixar o sound test rolando. Hoje eu não vou dizer Vão Jogar!, mas sim Vão Escutar!
Abaixo seguem algumas menções honrosas de umas (POUCAS) músicas favoritas minhas.
Compartilhem suas músicas favoritas também!
* Revisado em 11/10/2014 às 14:46:21
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