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Após um breve pronunciamento de Reggie Fils-Aime, foi assim que a Nintendo abriu a sua apresentação digital, com o primeiro trailer de verdade no novo Zelda, que por si só já foi o suficiente para deixar todos animados. Depois de sem muito motivo ter enfiado meia hora dos novos Pokémons (falo mais abaixo), durante o restante do dia foram feitas demonstrações e mais demonstrações do jogo. Sério, foi de umas duas da tarde até quase oito da noite.
Logo de cara dá para dizer que esse Zelda representará a maior mudança na fórmula da série desde Ocarina Of Time. Resgatando um pouco mais de suas origens, agora seremos jogados em um mundo aberto de verdade, sem indicações fixas do que fazer, como se alguém chutasse nossas costas e dissesse: vai!
A dedicação em nos dar um ambiente livre foi tanta, que agora nem há mais limites do que é possível ser escalado, Link pode subir ao que parece em absolutamente qualquer superfície. Ao olhar para o horizonte perdemos a vista, e o trecho mostrado na demo era apenas a área inicial do jogo, correspondendo a 2% do mapa final, o que parece ser absurdamente grande. Também foi dito que alguns personagens, vilas e cidades foram retiradas da demo, de modo a evitar spoilers.
Também foram introduzidos diversos elementos que são comuns em outros gêneros, mas nunca apareceram em Zelda. Por exemplo, agora não teremos mais os famosos corações ao sair cortando a grama, teremos que nos alimentar para isso. Seja coletando frutas, caçando ou roubando a comida dos inimigos, é possível até mesmo aumentar temporariamente o número de corações de acordo com o alimento ingerido, além de misturá-los e cozinhá-los para obter os efeitos desejados.
Outra novidade interessante, foram as mecânicas de stealth que foram introduzidas. Tal como acontece em um Metal Gear, agora os inimigos precisam lhe avistar efetivamente antes de resolverem atacar, mas você pode se esgueirar para surpreendê-los, ou mesmo criar distrações para passar desapercebido. Inclusive há um pequeno indicador de barulho no HUD do jogo.
Fora isso, também existem muitas outras coisas totalmente voltadas a exploração do ambiente, que vão muito além do que simplesmente sair escalando. É possível, por exemplo, derrubar árvores para utilizá-las como pontes. O mais legal é que agora as coisas não parecem mais pré-determinadas a acontecerem de uma única forma, a física está muito bem trabalhada de forma a permitir que você mesmo encontre a melhor solução para resolver algo. Aliás, essa questão da física está tão bem feita, que é possível atear fogo em uma porção de mato seco, e se o vento for favorável, ver um incêndio acontecer em determinada área.
O sistema de tempo também retornou, alterando inclusive a presença de inimigos ou até mesmo como eles reagem. Os bokoblins, por exemplo, acampam durante a noite e podem ser atacados mais facilmente. Além disso, também há influência do clima, e Link deverá se vestir adequadamente no frio ou no calor extremo, que são indicados em um pequeno termômetro no HUD.
No que se refere as famosas dungeons, característica da série, nada foi dito, mas sabe-se que elas estarão lá, muito provavelmente em menor número, tal qual como foi em Majora’s Mask. Em contrapartida, além de chefes que aparecem ao ar livre, existem mais de cem pequenos templos chamados Shrines Of Trials, onde você deve passar por alguns puzzles até chegar ao final e receber um orb, que posteriormente poderá ser usado como moeda de troca para obtenção de determinados itens, como o paraglider, além de ser onde você consegue atualizações para o seu Sheikah Slate, um dispositivo meio tecnológico e mágico, que parece ser uma representação do GamePad dentro do jogo (apesar do mesmo não ser obrigatório), e permite a utilização de diversas habilidades, como marcar os inimigos, verificar o nível de energia deles e até mesmo uma habilidade que permite manipular objetos metálicos através de magnetismo. As bombas também foram incluídas como uma habilidade desse item, que agora podem ser disparadas remotamente e possuem dois formatos, as tradicionais redondas, que rolam diante de qualquer inclinação e as quadradas, que servem justamente para as situações onde você precisa delas paradas.
Falando em itens e armas, essa é uma outra grande mudança na série. Enquanto antes você normalmente conseguia várias coisas como tesouros nas dungeons, agora grande parte das armas, roupas e armaduras são conseguidas normalmente durante o jogo. Você pode encontrar um galho no chão e usá-lo como espada, conseguir um machado em um baú ou roubar a lança de um inimigo, que aliás, também podem pegar qualquer coisa que encontrarem no chão para lhe atacar. Até mesmo o braço de um esqueleto pode ser usado! No entanto, é preciso gerenciar bem o seu inventário para não estourar o limite do que pode ser carregado, o que você pode fazer a qualquer momento jogando os itens fora ou em algum inimigo. Vale dizer que todos eles sofrem desgaste até se quebrarem quando utilizados. As roupas e armaduras agora também seguem um conceito mais expandido, podendo ser trocadas a qualquer momento, dividida entre torso e pernas, promovendo mais proteção contra danos e temperatura. Outra coisa inédita, é que todos esses itens tem atributos numéricos.
As mecânicas do jogo também sofreram algumas alterações e adições. A barra de stamina que apareceu em Skyward Sword está de volta, e será um limitador quando você resolver dar uma de Homem-Aranha por aí, e até mesmo quando estiver usando o paraglider, mas aparentemente poderá sofrer upgrades para durar mais tempo. No geral a jogabilidade continua muito similar aos Zeldas anteriores, com movimentos que lembram um pouco a variedade de Twilight Princess e Skyward Sword, em especial o contra ataque com o escudo. Existem alguns momentos da batalha onde tudo fica em câmera lenta, lembrando um pouco o Witch Time de Bayonetta, mas não ficou muito claro ainda como isso funciona. As armas também influenciam em alguns ataques, por exemplo, enquanto uma espada pode executar o tradicional Spin Attack, a lança irá executar uma série de estocadas rápidas. Curiosamente, neste jogo Link é destro, o que é estranho, visto que o jogo não utiliza o Wiimote. Mas com certeza a maior novidade, por mais besta que possa parecer, é que agora há um botão de pulo: desde Ocarina Of Time que Link só pulava de forma automática a beira de buracos. Ok, poder usar o seu escudo como prancha de snowboard também merece destaque.
Os amiibos também foram incorporados ao jogo, de uma maneira bem interessante. Wolf Link por exemplo, pode ser invocado e atuará como um companheiro controlado pelo jogo, atacando os inimigos e caçando outros animais por você. Outros amiibos também poderão ser utilizados, atuando como os acompanhantes dos jogos anteriores, tal como Navi e Fi, embora isso não tenha sido demonstrado. Aliás, fora uma voz que aparece em alguns momentos, nenhum companheiro de jornada foi mostrado. Como não poderia deixar de ser, claro que novos amiibos baseados no jogo já foram anunciados, e é bem provável que tenhamos edições especiais com eles no lançamento, que deverá ocorrer em março de 2017.
Na parte técnica o jogo parece estar impecável. Apesar de ser possível notar as limitações técnicas do Wii U, que foi a única versão apresentada, é incrível o que eles conseguiram levando em consideração o quão grande e detalhado é a nova Hyrule. Os gráficos seguem com um estilo inspirado em animações japonesas e pinturas feitas com tinta guache, e a trilha sonora abusa do piano, inclusive nos efeitos sonoros. Notei também um pouco de música oriental durante o trailer, o que é uma coisa que já aparecia um pouco em Skyward Sword. Segundo Anouma, a experiência no Wii U e NX será a mesma.
A respeito da história, não sabemos muita coisa, até porque a Nintendo intencionalmente removeu personagens e até mesmo cidades da demonstração, motivo do mapa parecer meio vazio demais em alguns momentos. A introdução é bem intrigante, mostrando Link sendo acordado por alguma entidade misteriosa, que aliás está dublada em inglês, outra coisa inédita, em um lugar quase tecnológico, cheio de desenhos de constelações. Em seguida já saímos pelos campos de Hyrule, que se tornou um lugar decadente, com um Templo do Tempo completamente abandonado. No entanto, há alguns detalhes que puderam ser observados, como a presença dos Koroks, sugerindo alguma ligação com Wind Waker, ou ao menos a linha temporal dele, citação constante as deusas de Hyrule, a presença dos Sheikah e a citação de Ganon como o grande vilão do jogo.
Apesar dos rumores, parece que não vai ser desta vez que teremos uma versão feminina para Link. Quando questionado, Anouma disse que a possibilidade foi levantada, mas que isso não iria condizer com a questão dos portadores da Triforce, uma vez que vez que a Triforce da coragem sempre pertenceu a Link, e que Zelda também não poderia ser a personagem principal, uma vez que isso deixaria Link sem sentido como personagem. Em resumo, não quiseram fazer e inventaram uma desculpa qualquer. Eu particularmente acho que não teria nenhum problema escolher se Link fosse homem ou mulher no princípio do jogo, a reencarnação do herói poderia se dar em uma mulher sem maiores problemas. Quanto a Zelda, eu sempre achei que ela poderia ser uma companheira de Link no jogo, tal qual como já aconteceu em jogos como Spirit Tracks ou no final de Twilight Princess, sem ter que necessariamente estar no papel principal.
Pokémon Sun & Moon
Como havia sido prometido, foi mostrado um pouco mais de Pokémon Sun & Moon, título a ser lançado para o 3DS no dia 18/11/2016. O jogo conta com melhorias gráficas significativas em relação aos títulos anteriores, principalmente em relação aos personagens e movimentação, que agoram perderam a característica "chibi", além de novos monstrinhos, claro. As batalhas também estão bem mais detalhadas, se aproximando bem mais do que era Pokémon Stadium, incluindo agora um modo onde quatro pessoas lutam umas contra as outras, ganhando quem ficar de pé até o final.
Mario Party Star Rush
Tivemos hoje também a notícia que no dia 04/11/2016 teremos um novo Mario Party para o 3DS, prometendo diversas novidades em relação a Island Tour. Mas junto com o jogo também teremos uma nova leva de Amiibos, que serão lançados junto com o jogo.
Indies
Vale mencionar também que a Nintendo anunciou nos últimos dias alguns jogos indies que estão aportando nos seus consoles. Destaque para Axiom Verge, jogo que bebe muito de Super Metroid e que já havia sido lançado para outros consoles, agora também no Wii U. Outro título interessante, desta vez para Wii U e 3DS é Severed, título antes exclusivo do PS Vita e feito pelo mesmo pessoal de Guacamelee, contando com sistema de cross-buy entre as duas plataformas.
* Revisado em 19/11/2016 às 01:36:51
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