Fritando As Roda

Quando eu tinha meu Super Nintendo a alguns anos, um dos jogos que volta e meia caia na minha mão e me divertia pra caramba era Mario Kart. Não esqueço a paulera que foi pra eu e um colega fecharmos todos os campeonatos em todas as cilindradas do jogo. Mais uns anos e eu comprei um Game Boy Advance, logo em seu lançamento e não demorou muito, lá estava Super Circuit na minha mão. Eu praticamente devorei o cartuchinho do GBA. No Dreamcast eu fiquei um pouco na saudade, já que o mais próximo que consegui foi o mediano Loney Tunes Space Race. E agora com o GC é claro que não iria ser diferente. Aliás, põe diferente nisso...

Dose Dupla

Mario Kart: Double Dash!! é com o certeza o Mario Kart mais diferente da série. Embora eu não tenha jogado a versão do Wii, o fato de nesta versão você utilizar dois personagens no mesmo "kart" é no mínimo estranha. Pra quem estava habituado aos jogos mais antigos da série, demorou um pouco acostumar. Primeiro que neste não existe o pulo + derrapada, somente derrapada e segundo que não tem como se proteger segurando cascos e bananas. Porém o fato de você utilizar dois personagens, com a possibilidade de alternar entre os dois deixou o jogo com um ritimo muito foda. Destaque para o modo em que você pode jogar com um amigo (no meu caso a Dona Maria) no mesmo "kart". Um pilota e o outro joga itens, e no meio da corrida com um simples apertar de botões você pode trocar a posição (ei, sem sacanagem).

De Kart Só O Nome

Não sei se perceberam (e eu sei que não), mas escrevi "kart" até agora somente entre aspas. Porque kart mesmo são poucos disponíveis. Há barris, carrinhos de bebê, cadilacs, trens e toda um arsenal de veículos para disputar as corridas. E diferente dos outros jogos da série, aqui o que define as estatísticas é a combinação piloto + "kart". Conforme vão se conseguindo os troféis de ouro, novos carros (e até mesmo alguns personagens) vão sendo disponibilizados, o que deixa as coisas bem interessantes.

Circuitos

As pistas do jogo embora não sejam nada excepcional são muito boas e criativas. Nesta versão abusaram bastante da interação com o cenário (leiam, armadilhas a rodo) e não se assuste com inimigos praticamente invadindo a pista para atacar. Nota-se também que muitas são reciclagens de jogos anteriores, mas os traçados são bem feitos (tem uma que é a silhueta do Yoshi!) e não tornam a bagaça repetitiva.

Itens

Vemos muitos itens novos em MKDD e a mecânica de alguns antigos alterados. Por exemplo, como agora não é mais possível ficar segurando um item, na hora que estiver sendo persguido por um casco vermelho por exemplo, é bom ter algo pra jogar na hora certa. Mas o destaque fica por conta dos itens especiais, sendo que cada personagem tem um exclusivo, que variam desde cascos verdes gigantes até bolas de fogo na pista, o que faz com que a escolha de pilotos não seja por mero gosto.

Tecnicando

Na parte técnica MKDD segue o sempre excelente padrão da série, sendo um jogo bem colorido e com gráficos mostrando o potencial do console. Fica o destaque para a trilha sonora do jogo, que é bem simples mas bem no clima de diversão do jogo, diversão aliás garantida nos modos multiplayer, que é o ponto alto do jogo.

Jogando

MKDD é tudo que se espera de um jogo da série, divertido (principalmente com amigos, jogar sozinho é bacana mas enjoa), desafiante e tem todo aquele clima de "Filho da Puta! Tinha que me acertar um casco azul bem quando eu tava quase ganhando?" característico da série. Os modos de batalha agora estão um pouco mais variados, com destaque ao modo aonde o único item são bombas, com direito a um dos cenários ser um GC índigo. A nova jogabilidade também deixou as coisas mais interessantes, já que adicionam um "Q" de estratégia, além da putaria correria desenfreada que é. Enfim, jogo altamente recomendado e obrigatório para os fãs da série, e fica melhor ainda se jogado em turma e regado por qualquer coisa alcólica. Agora dá licença que eu tenho que habilitar o modo espelho...

* Revisado em 18/12/2016 às 16:02:06