Nem DS, nem PSP

Se você perguntar pra grande maioria dos jogadores qual portátil eles preferem a resposta será algo entre "Nintendo DS" ou "Sony PlayStation Portable". Eu particularmente prefiro o DS por sua biblioteca, preço e proposta. Até a alta do dólar no ano passado eu tava juntando uns trocados para comprar um agora no começo desse ano. Mas ae o preço subiu, minha grana sumiu, resolvi tirar carteira (com uns sete anos de atraso), no final das contas eu desisti de comprar a bagaça. A ideia era ter um passatempo para encarar o trânsito dentro do ônibus e outro momento qualquer que me fizesse ficar esperando qualquer coisa por muito tempo, coisa comum na vida de qualquer pessoa não favorecida financeiramente (é, to gastando).

Outro gasto que tive também no começo desse ano foi a troca do meu celular e o da dona maria. Não que eu ligue demais pra isso, mas os dois já estavam pedindo arrego, não tive muita escolha. No final ela saiu com um modelo bom pra caralho cheio de coisas enquanto eu sai com um mais fodido simples, coisa normal na vida de casado.

Pequena divagação sobre celulares: um celular deve ter como princípio fazer e receber ligação. No meu caso deve ter uma boa agenda de lembretes também, que só de existir já é melhor que minha memória. Todo o resto é secundário, apesar de eu admitir que a função Mp3 Player é boa pra caramba. Nunca consegui ver um celular como substituto de uma boa máquina fotográfica (por mais moderno que seja), nem como um videogame e nem como substituto a qualquer outra coisa que não seja básica a um celular. Só que o fato de eu ter várias coisas em um aparelho só traz vantagens como ocupar menos espaço e levar menos da sua grana.

Voltando ao assunto... no final das contas troquei a compra do DS por um celular, claro que com um objetivo diferente. Mas como eu disse no final do ano passado e no começo deste escrito, eu precisava de algo para passar o tempo em momentos de pobre. Bom, jogos em celular eu sempre tive, mas como meus aparelhos sempre foram mais fuleiros modestos, os jogos que eu tinha nunca foram lá essas coisas. Apesar que teve um shooter que eu achei duca, o "Air Strike" da Gameloft (que por sinal só faz jogos porretas para celular).

Com a troca do dito cujo por um melhorzinho, as possibilidades de jogos também aumentaram um pouco e com isso eu descobri inclusive era possível emular jogos de Nintendo e Game Boy Color de forma jogável (isso no meu, no da Mulher então nem se fala). Isso foi bom pra kct, porque pensando bem, eu não preciso de um portátil de última geração pra passar o tempo, o celular já me serve, ainda mais podendo colocar joguinhos de Game Boy nele, quer dizer, dá pra pegar aqueles RPGs que eu nunca tive saco de jogar no PC e zerar todos no balaio. Fora que se você garimpar bem pela net, vai achar jogos para celular mesmo bem bacanas.

Mas ae vocês me perguntam, pra que eu to contanto esse pequeno acontecido da minha vida?

As pessoas vivem reclamando que largaram seu console de lado porque a empolgação passou e coisa e tal, mas quantos realmente precisavam do console? Imagina se eu tivesse comprado o DS, eu já não tenho tempo pra jogar os jogos de PC e de Dreamcast, quando que eu ia ter tempo de jogar o DS de verdade? Ou seja, por mais que eu goste de jogar, os joguinhos "bobos" de celular me atendem muito mais hoje do que os de um DS ou PSP, por mais que eu ache eles bem mais fodões.

No final das contas, por mais que muitos jogadores digam que não, o que vale mais é realmente a diversão, mas a diversão que a pessoa precisa. Não é porque o cara se tranca no quarto e fica o dia inteiro jogando que todos precisam fazer o mesmo. Eu estou me divertindo pra caramba com jogos bestas de celular no ônibus e de vez em quando um jogo de 2000 e alguma coisa no Dreamcast ou um mais recente no PC. Console de última geração? No futuro pode ser, agora não, obrigado.

Se você concorda nem precisa falar pra ir jogar, não é?

* Revisado em 05/12/2016 às 19:32:21