Com a chegada da nova geração de videogames, a gente sabe que a quantidade de jogos que virão para a atual geração haveria de diminuir. É chegada então a hora de uma delicada decisão: aproveitar a queda dos preços dos atuais jogos no mercado ou partir com tudo para a próxima geração? Eu escolhi permanecer na atual, adquirir mais jogos para os consoles que tenho aqui e aproveitar a vida útil deles.
E numa dessas minhas pesquisas por jogos ainda não experimentados, vi um box com o inFAMOUSCollection, mais um dualshock azul lindão por um preço bem camarada. Nem pensei duas vezes: além de um novo controle bacanudo, eu também teria todas as DLCs que saíram para o jogo, incluindo o Festival of Blood!
Então, agora que eu já joguei todos (ou quase), posso dar minha opinião, opinião no geral bem positiva. Agora, senta que lá vem a história, e ela começa com...
inFAMOUS
O primeiro jogo da trilogia, nos apresenta aos personagens principais e já começa com uma explosão absurda em Empire City. Calma, nada do que tou dizendo aqui é spoiler, pois se trata da abertura do jogo. Voltando: no centro da explosão ergue-se o nosso protagonista - Cole MacGrath - surpreendentemente sobrevivendo a uma detonação que destruiu 6 quadras inteiras e, olhe só, com superpoderes!
A partir daí a história se desenrola, com Cole aprendendo a controlar seus poderes e se vendo em uma trama cada vez mais cheia de mistérios. Cole também tem um amigo - um cara gorducho chamado Zeke, todo trabalhado no Presley Style - que se acha o seu companheiro de aventuras, mas que só acaba fazendo gordices o jogo inteiro.
Cole também tem uma namorada - Trish - um relacionamento que ficou complicado depois da explosão e de uma quarentena ter sido instaurada na cidade, o que fez com que grupos surgissem querendo dominar o local e se apoderar da Ray Sphere, o item que deu os poderes para Cole na explosão.
As missões principais são demarcadas no mapa por ícones azuis. Como em qualquer sandbox, você pode simplesmente ir direto ao ponto e evoluir na história, mas você também pode cumprir missões secundárias (marcadas por ícones amarelos). Essas missões servem para "limpar" determinada área da cidade, diminuindo a criminalidade e, consequentemente, a quantidade de inimigos que surgirão no bairro que você "limpou". Trust me, você vai querer certas áreas limpas mais à frente no jogo.
Você também pode perceber alguns ícones de missão secundária que possuem seu centro azul ou vermelho. Isso quer dizer que tal missão é específica para a reputação do seu personagem: boa ou ruim. A reputação de Cole varia de acordo com seus atos no jogo. Haverão momentos em que você terá que fazer determinada escolha que afetará diretamente sua reputação e a maneira como a população o verá a cidade.
A reputação de Cole também afeta os upgrades que você poderá fazer nos seus poderes. Falando em poderes, Cole tem 16 poderes principais, além da habilidade de planar e deslizar em cabos de eletricidade e nos trilhos do trem. Alguns desses poderes podem ser evoluídos em até 3 níveis e outros em até 6 níveis, dependendo da sua reputação.
O bacana de todos esses poderes é que, sendo muitos, você pode criar diferentes estratégias de ataque/defesa e de navegação na própria cidade! Outra coisa que gostei é que Cole não inicia o jogo com todos os poderes disponíveis, ele vai ganhando aos poucos, a medida que o enredo avança. Aí você joga com aquela expectativa de "que poder eu vou ganhar agora?". Não se engane, todos os poderes são bem bacanas! Cole ainda pode executar ataques melee, mas eu pouco usei eles, são relativamente fracos, além de você ter que se aproximar demais dos seus inimigos.
Mesmo não sendo um enredo super profundo, é uma história que combina muito bem com o estilo do jogo. As cutscenes não são feitas em cenas CGs, são desenhos muito bacanas e com um estilo bem quadrinhos, como vocês podem ver no vídeo aí embaixo. Você também pode perceber isso nas cenas em que Cole interage com outras pessoas: as expressões faciais mudam bruscamente, fazendo referência às mudanças quadro a quadro das comic books, uma boa sacada. Infelizmente, muita gente considera o estilo artístico dos game como má qualidade gráfica. Confesso que os gráficos não são os melhores da plataforma, mas como disse, que se encaixam muito bem no estilo quadrinhos.
Voltando ao enredo: não é tão profundo, mas é bem instigador em alguns momentos, até porque você não sabe todos os detalhes de como ou porque Cole conseguiu esses poderes, e o porquê dos inimigos principais do jogo serem full of tretas com ele. Existem alguns plot twists bem colocados e o final explodiu minha cabeça, deixando um cliffhanger bem putaqueparístico!
inFAMOUS 2
O segundo jogo da saga é uma sequência direta do primeiro e a abertura do jogo é, tipo, um resumão do que aconteceu anteriormente. Vale ressaltar que, ainda que haja esse resumão, é bom jogar o primeiro para se adaptar tanto à jogabilidade quanto à própria história em si, até porque a maior revelação do primeiro jogo não é dita nesse "resumo", bem como algumas outras revelações ao longo da história. Cole também já inicia o segundo com alguns dos poderes adquiridos no primeiro, então a prática leva à perfeição!
O segundo jogo da franquia se passa na cidade de New Marais, e se eu disser sobre o que se trata o enredo posso estar dando alguns spoilers até mesmo do primeiro jogo, então é algo que nem vou comentar (viu, @tchulanguero?). Temos como personagens principais o protagonista Cole e seu amigo Zeke (que está muito menos atrapalhado e muito mais útil), a agente Lucy Kuo, e a nativa esquentadinha Nix.
Pouca coisa mudou em relação ao primeiro inFAMOUS, mas muita coisa foi melhorada: gráficos, expressões faciais, voice acting, a própria história em si e até o gameplay tiveram melhorias significativas, sem mudar o estilo. A marcação de missões no mapa permanece igual - porém, com missões principais em branco, secundárias permanecem em amarelo - e a novidade das CGU’s, ou Conteúdos Gerados por Usuários, que são missões terciárias criadas pelos próprios jogadores ou disponibilizadas pela própria Sucker Punch em seu servidor. Confesso que tentei criar uma missão, mas não me prendi muito nisso pois achei meio confuso. Só fiz mesmo porque tinha um troféuzim por isso, hehe. No entanto, algumas CGU’s são bem divertidas e, principalmente, desafiadoras.
O gameplay melhorou muuuuuito com a nova gama de poderes e os novos inimigos também. Em inFAMOUS 1 não tínhamos muita variação de inimigos, mas nesse segundo jogo temos até monstros, de médio e grande porte, cada um com uma estratégia de luta. Falando em estratégia de combate, você tem acesso a poderes diferentes dependendo do seu karma e do seu nível também. Quem me conhece sabe que eu sempre tento ser boazinha nesses jogos com mudança de reputação, mas em inFAMOUS 2 eu fiz uma escolha escrota e meu karma foi de Campeão para Mau Caráter num piscar de olhos. Mas foi aí que realmente percebi que, com a mudança de karma, mudam também os poderes e sua forma de combate, já que você deve adaptar seu gameplay a esses novos poderes. Logo, fator replay de jogo lá em cima!
Além disso, Cole agora tem uma arma para ataques melee em vez de socos e chutes. Essa arma se chama Amp e foi criada pelo seu amigo Zeke (veja na foto acima). Pra quem tem as DLCs, a Amp habitual pode ser alterada por Katanas, tacapes, etc. Vocês podem ver essas variações aqui! Em determinados momentos, você tem a oportunidade de interagir com Kuo e/ou Nix, e pela união de seus poderes eu sou o Capitão Planeta é possível atacar inimigos de formas diferenciadas.
Em relação aos poderes, como disse anteriormente, alguns deles foram herdados do primeiro jogo, mas inFAMOUS 2 possui muitos outros. É até complicado dizer quantos são, mas vamos fazer as contas A-GO-RA: são 7 poderes do tipo Bolt, 8 poderes do tipo Blast, 7 tipos de Grenades, 6 tipos de Rockets, 6 tipos de poderes diversos (usados com R2), 4 poderes iônicos, 5 Amp Upgrades, 6 upgrades e 6 karmic boosts, somando 55 tipos de poderes/upgrades. Ainda, muitos desses só podem ser adquiridos depois de alguns requisitos completados, diferente do primeiro jogo onde bastava você ter pontos de experiência o suficiente para comprá-los.
O final do jogo é muito bonito (pelo menos o final do karma bom, que eu peguei) e quase causou um summon de ninjas cortadores de cebola na minha casa, mas consegui vencer. O jogo inteiro é extremamente divertido, cheio de escolhas boas e ruins e suas respectivas consequências, mas o final me tocou bastante e me fez ver Cole com muito respeito e dignidade.
A saga inFAMOUS foi uma série que realmente surpreendeu, pois minhas expectativas para o jogo sempre foram baixas, em parte por certos comentários e análises web afora, em parte por alguns vídeos que assisti brevemente. De fato, como qualquer sandbox, o jogo tende a ser um pouco repetitivo caso você queira fazer todas as missões secundárias, mas é só correr pras missões principais que tudo se resolve. Minha experiência pessoal com inFAMOUS e, anteriormente, com Red Dead Redeption, só me ajudaram a certificar que pra você gostar ou não de um jogo, você tem realmente que jogar e deixar as opiniões alheias de lado. Claro que isso não é uma regra, mas aí já é outra história pra outro post.
O sistema de reputação afeta reações e cutscenes durante o gameplay. O jogo também possui um excelente sistema de upgrade dos poderes de Cole, permitindo abordagens diferentes em confrontos. Visualmente, o jogo é bem agradável com o estilo quadrinhos. Porém, assim como qualquer sandbox, o gameplay pode ficar um pouco maçante se o jogador focar demais em fazer sidequests. Avaliado noPlayStation 3 (entenda o nosso sistema de notas)
O estilo de jogo pouco mudou em relação ao primeiro, mas o sistema de upgrade de poderes continua sendo o melhor ponto de todos. A nova gama de poderes de Cole permite que as formas de ataque mudem de acordo com o seu karma, o que leva a criação de novas estratégias e aumenta o fator replay. Avaliado noPlayStation 3 (entenda o nosso sistema de notas)
Vai, Planeta!!! rsrs "Existem alguns plot twists bem colocados e o final explodiu minha cabeça, deixando um cliffhanger bem putaqueparístico!" Wat???
Esse é um jogo que sempre tive um pé atrás, e tipo, se eu tivesse um Ps3 não sei se compraria. Já tinha "googlado" ele mas é primeira vez que vejo esse negocio de monstros na cidade. Belo escrito, só gostaria que tivesse uns spoilers pra eu me interar mais do jogo rsrsrs.
Ficou difícil entender a frase? Huahuahuahuahuah, é que na hora de escrever essas coisas eu me empolgo e acho que faz o maior sentido!
Quanto aos spoilers, tou dando uma folga pq o boss Tchulanguero tem reclamado muito
@Leon Belmont
O moleque do Second Son realmente parece mais carismático, mas você vai criando carinho pelo Cole no decorrer da história, não é um amor à primeira vista.
Eu acho cole Carismatico, no primeiro jogo ele é uma merd@ ,mas no segundo.. eu digo que ele é um otimo super heroi porque apesar de poderoso ele é muito humano, sofre como um, toma decisões como um e age como um e isso cria uma identidade bem legal e voce passa a se identificar com ele no decorrer do jogo.. poderes eletricos são demais o jogo em si é otimo e gostei da dublagem em portugues
No segundo jogo Cole está realmente fantástico, o final do jogo me emocionou! E o foco nos poderes elétricos dele foi muito bem aproveitado no jogo, criou-se uma vasta opção de usos, o que gera estratégias diferentes pra casos diferentes! Quanto à dublagem, eu joguei só o começo e achei boa, a voz que pegaram pro Cole em pt-br é bem fiel à voz original também. Mas eu sempre prefiro a dublagem original.
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