Com o fim da geração PS3/X360, os consoles PS4 e XOne haviam se estabelecido e seriam objetos de desejo dos gamers nos próximos 8 ou 10 anos, mais ou menos o tempo que duraram PS3 e X360, certo? Bem... Nem tanto.
PlayStation 4 PRO, Xbox One X... Uma geração esquisita
Esta geração, apesar de todo poderio técnico e esplendor visual, parece ter dado um tanto quanto errado. Basta analisar os respectivos (re)lançamentos. Redesenho de consoles é comum, algo feito desde os tempos de NES e Master System, onde as empresas remodelam seus aparelhos para sanar problemas como superaquecimento ou apenas para substituir peças ou mesmo retirar algum elemento do próprio para baratear os custos. Vimos isso com o NES, Master System, PS1, PS2, PS3 e por aí vai.
Agora, Sony e Microsoft anunciaram novos modelos que superam as capacidades da geração atual, com o já presente PS4 PRO e o futuro Xbox One X, que promete elevar todo poderio do já poderoso Xbox One. Isso é realmente necessário? Talvez, caso contrário, não o fariam. O PS4 vive um bom momento, liderando com folga as vendas de aparelhos, enquanto o XOne parece estagnado. Grandes jogos foram prometidos e confirmados para o console da Sony, enquanto ainda esperamos que a Microsoft mostre a que veio, principalmente depois de cancelarem jogos que prometiam muito, com Scalebound, além de fechar estúdios internos, como o Lionhead, da série Fable, o que limita suas ações. Além disso, os títulos “mastodônticos” como Halo 5 e Gears of War 4 não corresponderam às expectativas. Resta esperar que o Xbox One X e os títulos anunciados na E3 2017 façam com que a Microsoft se erga.
Um chute torto? Erro de estratégia?
Ao que parece, esta geração foi lançada antes da hora e ainda não estava pronta. Não fosse isso, por que o anúncio do PS4 PRO e Xbox One X? E nem citarei o fato da promessa dos famigerados 4K, reais ou não.Outra escolha estranha é o fato de jogos da linha Xbox saírem também para PCs, na rede interna da Microsoft que une Xbox One e Windows. Levando em consideração que títulos exclusivos levam os consumidores a optarem por marca A ou B, pode-se dizer que um gamer pode muito bem ter um PCque rode os títulos do XOne e um PS4 e, com isso, não há qualquer motivo em optar pela plataforma da Microsoft. Há também a história de que não haveriam mais consoles como conhecemos hoje. A impressão que dá é que Sony e Microsoft perceberam possíveis erros e tentam saná-los enquanto há tempo, mas prometem que os consoles já adquiridos continuarão a receber novos títulos.
E a Nintendo no meio disso tudo?
Bem, a empresa deu o pontapé inicial à geração atual com o Wii U, mas este não trouxe os resultados esperados depois de liderar a geração anterior com o Wii, ainda que não tenha tentado bater de frente com as concorrentes. Erros de estratégia e planejamento à parte, a empresa do Mario e Cia. Lançou o Switch, que está em um ótimo momento, mesmo que inicial. Contudo, apesar de inúmeros jogos anunciados e confirmados para o aparelho, preocupa o fato de empresas com EA não deem suporte total a ele, haja vista o anúncio de um FIFA "customizado", além da falta de títulos como Final Fantasy XV, Call of Duty ou Battlefield. Ao menos houve o anúncio de Pokémon para ele, e nós sabemos o que essa franquia pode fazer.
E agora?
Agora resta esperar que o os anúncios da edição 2017 da E3 deem os frutos certos e torcer por um ótimo futuro para as 3 marcas, afinal, quem acaba ganhando somos nós, jogadores.
* Revisado em 08/07/2017 às 02:27:11
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