Sony
A Sony era uma empresa que eu não esperava muita bosta. Ela já tinha mostrado ao mundo o Move, seu sensor de movimentos e duvidava que ela tivesse um grande trunfo na manga, o que de fato não ocorreu. Foi gasto um bocado de saliva falando sobre jogos que irão utilizar o Move e como ele vai mudar sua vida se você for uma mulher e não tem um vibrador, o que já era bem esperado. Outra boa parte da gastação de saliva da Sony foi em torno da tecnologia 3D e blá, blá, blá. Ora, é claro que ela iria focar bastante nisso, afinal não sei se lembram ela também vende televisores que estão vindo agora com qual tecnologia? Bingo! O fato é que dentro do universo da Sony, o PS3 é apenas mais um aparelho de entretenimento entre tantos outros, ou seja, bom pro bolso deles, ruim para os jogadores. Fora que eu já não vejo mais a Sony agressiva de antes, quer dizer, não estou falando dos caras lá fazendo indiretas idiotas e sim do direcionamento dos caras mesmo. Parece que tomaram prejú demais com o PS3 e agora que começaram a ter uma melhora querem manter assim, não arriscando perder mais.
Pra felicidade dos donos do PS3 a PSN não será paga como muitos pensavam, mas terá o acréscimo da PSN Plus que nada mais é que um pacote extra da rede, com alguns conteúdos exclusivos e coisas do tipo, decisão que eu achei bem justa, desde que não avacalhem com a galera do 0800, como vemos em muitos sistemas que tem esse mesmo modelo.
Foram apresentados alguns jogos, coisas já conhecidas e esperadas, muitos deles explorando o Move e outros para o PSP, mas dois apresentados para o PS3 me pareceram bacanas. O primeiro foi o Sorcery que é um jogo com toda a pinta de Harry Potter e que faz excelente uso do Move como varinha de condão. Apesar de parecer um plágio do bruxo popstar, achei bem criativa a proposta. O segundo foi uma nova versão para um jogo que não vejo a anos, Twisted Metal, que já divertiu muita gente na época do PSX. É o típico jogo que se não inventar demais não tem como dar errado, é diversão garantida.
Microsoft
Esta ao contrário era uma que tinha muito o que mostrar. Mesmo não gostando da empresa nesta área de entretenimento, eu estava curioso de como seria a conferência dela. Sobre o Projeto Natal, o nome oficial da parada agora é Kinect e dele foi boa parte da apresentação da vidraceira. No começo mostram que a parada também vai servir como controle remoto pro seu X-Box 360 e que tem o incrível recurso de acompanhar a sua cara feia durante uma vídeo-chamada... pois é. Agora sabe todos os jogos do Wii que utilizam sensores de movimento e são tachados de mongoloides ou feitos para os casuais? Então, para todos eles a Microsoft mostrou um jogo igual só que com resolução maior, e em um caso ou outro um detalhe a mais. Pra mim aqui fica sacramentado que o único interesse dela é conseguir a mesma grana que a Nintendo conseguiu com o Wii, o que pode ser bem desastroso, já que a estratégia da Nintendo não é bem assim baseada puramente em grana... pelo menos não assim tão diretamente.
Dos jogos apresentados, a maioria são continuações de já existentes com o acréscimo de serem compatíveis com o Kinect. Um jogo de dança chamado Dance Central foi apresentado e promete ser um legítimo jogo de dança, superando de vez as Pump’s, DDR’s e afins. Também foi mostrado um trailer de um jogo de Star Wars utilizando a nova tecnologia, que arranco suspiros de muitos marmanjos. Será que vão conseguir no Kinect o que não conseguirão no Wii? Outro bem badalado foi Metal Gear Solid: Rising aonde você terá o controle do cibernético Raiden podendo fatiar tudo que tiver vontade nos mínimos detalhes. O mais legal é a precisão que foi colocada na parada, apesar de parecer besteira a parte em que ele fica cortando uma melancia mostra bem isso. Claro que poderemos fatiar soldados inimigos também, tudo com a ajuda de uma câmera lenta pra facilitar mais as coisas, bem sádico e divertido.
O grande problema que eu notei (e mais um monte de gente) em grande parte destes jogos usando o Kinect foi uma certa falta de sincronismo, em muitos casos provavelmente por se tratar de um teatro (novamente). Mas se eu já não botava fé nesse poderio todo desde o anúncio do Projeto Natal, quando falaram que a bagaça ia usar processamento do X-Box 360 pra funcionar ae eu já tinha desacreditado mesmo, e o resultado está ae: lag. Duvido muito que seja nesta geração que a Microsoft eleve a jogatina a outro nível (se é que algum dia vai fazê-lo), a tecnologia está crua demais para isso ainda. Outra coisa que ainda estou na dúvida é se será confortável jogar certas coisas sem nada na mão, especialmente jogos de corrida e afins.
Fechando o evento, mostram o novo modelo de X-Box 360 (bem bonito diga-se de passagem) que agora é preto e não possui mais as três luzes vermelhas da morte... mas agora possui o pontinho vermelho da morte, hwa hwa hwa. Isso mesmo, tiraram as três luzes e trocaram por um pequeno led, solução perfeita hein?! Não sei se ainda existe o problema de superaquecimento já que no modelo anterior teoricamente haviam solucionado o problema, de qualquer forma parece haver agora um sistema que desliga a parada antes da bomba explodir, mas ouvi relatos de outros problemas menores neste modelo novo. Enfim, de lambuja a galera que estava lá presente ganhou um console do novo modelo zerinho... pois é, não tava lá, perdeu playboy. E a notícias boa para nós brasileiros é que a Live vai vir oficialmente pra cá, agora vocês vão poder ser chutados fora da Live por usar pirata por aqui mesmo utilizar de todos os recursos oficialmente no país.
Nintendo
A Nintendo era outra que não esperava nada demais, tirando o novo Zelda. Mas ae os japas me colocam um caminhão de jogos novos que não tem como ignorar. O novo Zelda foi mostrado e apesar de toda aquela história da espada não mostrou nada demais com relação a história... aliás não mostrou nada da história. O foco foi o subtítulo (Skyward Sword) e claro, a jogabilidade que é exatamente aquilo que foi esperado em Twilight Princess e não aconteceu. O problema é que a apresentação foi um fiasco, Shigeru Myamoto lá tentando mostrar um monte de coisa bacana e nada funcionava, botando culpa na infraestrutura da parada. Pra surpresa de muitos também os gráficos não seguem a linha de TP, indo pro lado do cel-shading mas nada a ver com Wind Waker, sendo infinitamente mais detalhados (ou como dizem, um WW + TP). Ae dispararam a metralhadora de jogos, alguns jogos caça-níqueis típicos da Nintendo e surpresas como um novo Golden Sun de nome Dark Down, um remake de Golden Eye como Daniel Teletubie Kraig no lugar do Pierce Brosnan, um joguinho do Mickey, um Dragon Quest novo, mais um pouco de Metroid: Other M só pro povo babar mais (já tá quase saindo), um novo do Kirby (sim, aquele bicho rosa) pra lá de estiloso, tendo como arte conceitual itens de armarinho (linhas, ziper, etc) e a grande surpresa da conferência: um novo Donkey Kong Country. Entitulado Donkey Kong Country Returns e conduzido pela excelente Retro Studios (Metroid Prime), o jogo resgata e muito todo o clima do Snes deixando todo mundo viajando na parada.
E como as outras duas mostram algum hardware novo a Nintendo também não podia ficar de fora da brincadeira e mostrou o seu mais novo portátil, o Nintendo 3DS. O bicho parece que vai ser bem purreta mesmo, sendo uma espécie de DS bem melhorado, com suporte a 3D, controles de movimento e toques de PSP, ou seja, passa a ser uma central de entretenimento também, incluindo filmes 3D, coisa bem deficiente nos modelos de DS atuais. É um portátil muito bom tecnicamente e que promete muito, só espero que a Nintendo não cometa o mesmo erro da Sony e tenha em mente que é um portátil e não um console de mesa menor.
Como não poderia deixar de ser, anunciou também um monte de empresas que apoiam a parada e todos os títulos famosos que já conhecemos, indo de Resident Evil até... Metal Gear Solid 3. Sim, Snake Eater vai dar as caras no negócio. Da Nintendo mesmo ainda não foi anunciado nada demais, apenas algumas coisas que todos já sabem como Mario Kart e remakes de Star Fox 64 e Ocarina Of Time. No final colocaram um monte de gostosas com 3DS’s presos a cintura pra que a galera pudesse ver o bicho em ação, já que não dá pra mostrar o efeito 3D no telão. Rolou também uns estandes com o novo Zelda pra galera testar, e pra felicidade de todos Myamoto havia dito a verdade, a parada tinha dado pau mesmo, porque ali funcionou perfeitamente.
Conclusão
O que vimos no fim das contas foi uma Sony bem retraida, pisando em ovos, uma Microsoft prometendo coisas que vai ter dificuldade em cumprir e uma Nintendo inspirada, seguindo o seu plano de ruptura. Pra já estava achando que esta geração não tinha mais nada a mostrar, vimos que ainda muitas farpas vão ser trocadas e que agora é que tudo vai ser decidido, mas garanto que nessa corrida toda pra ver quem é o melhor em punheta aérea quem é a gente como jogador. Pra quem não grada muito dos sensores de movimento, parece que a coisa agora está em um caminho sem volta, apesar do foco bem diferente das empresas. Mas é isso ae, agora aquietem os seus fachos até as próximas novidades das três grandes e enquanto isso vão jogar!
* Revisado em 18/11/2016 às 21:24:26
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