Logo no início, antes da pandemia nos alcançar, eu ganhei de aniversário da minha gata um videogame novo e inesperado: um Xbox One. Apesar da minha pouca familiaridade com a Microsoft nessa área, coisas como a conta do dono anterior do console, jogos abaixo dos dez reais e assinaturas promocionais do Game Pass me colocaram a disposição uma série de jogos que até então eu não havia experimentado das gerações anteriores e atuais, que agora já se tornaram passadas, mas enfim.
Somando isso a eu ter passado a maior parte do ano desempregado e forçadamente recluso, foi a receita perfeita para eu ter jogado muita, mas muita coisa mesmo, até como uma maneira de desanuviar a mente em meio ao caos do mundo, apesar que não de uma maneira muito uniforme, eu sinto que no começo do ano eu joguei jogo atrás de jogo, para no meio eu ter dado uma freada brusca para me dedicar a outras coisas e voltar a me tornar mais ativo novamente mais para o final.
Relembre o que eu joguei em 2019
Mas sem mais enrolações, fiquem com a minha lista das coisas que joguei em 2020!
Mass Effect 3: Special Edition (Wii U)
Seguindo o embalo do final de 2019, claro que o jogo que abriu o ano foi Mass Effect 3, só que dessa vez no Wii U, usando o quadrinho interativo para refazer as minhas decisões anteriores, ou algo próximo a isso.
Não necessariamente ruim, mas mais fraco que os anteriores e assumindo totalmente o clima de épico de guerra, aqui (Raquel) Shepard abandona a sua aura de Danny Ocean do jogo anterior, para assumir o papel de soldado "Sim senhor! Não senhor!", o que pessoalmente eu achei um porre.
Mas o jogo tem os seus momentos, com alguns fechamentos de missões realmente tocantes, diversos reencontros com personagens de jogos anteriores e mecânicas de tiro muito mais refinadas do que seu antecessor. E sim, o final é bem sem graça, mas não é como se desse para esperar algo muito diferente e justificasse todo o rebuliço na época, por mim os últimos momentos do improvável casal Shepard e Garrus já valeu a pena, compensando qualquer outra coisa.
Leia a nossa análise da Trilogia Original de Mass Effect
Killer Instinct (2013) (Xbox One)
O Xbox One chegou logo no meio da jogatina de Mass Effect 3 e foi difícil resistir ao brinquedo novo. Então para não atrapalhar as aventuras de Shepard, eu peguei um jogo de luta que me permitia jogadas mais casuais, no caso, Killer Instinct.
Apesar de eu ter gostado dele um pouco mais do que naquela minha primeira experiência durante a longínqua BGS de 2013, ainda é um título muito aquém de seus predecessores, com alterações nas mecânicas que pessoalmente não me agradaram muito, além de possuir uma trilha sonora genérica e um visual que consegue ser mais cafona que os da série Mortal Kombat. Basicamente eu jogo de vez em quando porque é "de graça", rzs.
Outer Wilds (Xbox One)
Jogo do ano no meu coração, Outer Wilds é de longe um dos melhores jogos já feitos. Tudo gira ao redor de um astronauta alienígena de um planeta pacato, que se vê preso em um ciclo temporal de 22 minutos, ao mesmo tempo em que busca compreender o desparecimento de uma antiga civilização altamente avançada tecnologicamente.
Apesar de sua simplicidade, Outer Wilds vai na contra mão de conceitos já muito enraizados em jogos, unindo exploração e narrativa de maneira ímpar, onde o seu progresso é totalmente calcado em aprendizado, com textos muito bem escritos e trilha sonora maravilhosa.
Leia a nossa análise de Outer Wilds
Rocket League (Xbox One)
Rocket League teve dois momentos para mim no ano: no começo, quando por curiosidade eu o instalei para ver como era e depois, mais para o final, quando ele se tornou gratuito e virou o jogo online preferido do pessoal aqui do site, em partidas que se tornaram mais um grande bate-papo entre a gente, em que por acaso estamos jogando, do que qualquer outra coisa.
Para quem ainda não conhece, a premissa é bem simples, é o famoso "gol a gol", com uma quadra de futebol onde a bola não sai e os jogadores são carros com foguetes equipados, capazes de grandes saltos e pequenos voos. É a escola Mario Kart de bagunça divertida.
Hellblade: Senua’s Sacrifice (Xbox One)
Outro dos melhores jogos que joguei no ano, Hellblade traz a temática de saúde mental de uma forma diferente, através da saga de Senua pela mitologia nórdica em sua missão de trazer do mundo dos mortos o seu amado.
Não é um título por vezes muito agradável, o clima de tensão que ele te joga, as representações de ataques de pânico, dor e desespero por vezes me deram uma sobrecarga emocional que me obrigaram a fazer algumas pausas, mas sem dúvida é uma belíssima narrativa, muito bem atrelada a sua jogabilidade.
Leia a nossa análise de Hellblade: Senua’s Sacrifice
Forza Horizon 4 (Xbox One)
Eu me diverti muito com esse jogo por algum tempo, mas não da maneira que vocês estão pensando. Sinceramente, apesar do clima mais solto, muito de suas mecânicas são herdadas da série Motorsport e portanto mais voltadas para a simulação, que definitivamente não é o meu tipo de jogo de corrida. Então o que eu fazia? Simplesmente ficava andando a esmo pelas belíssimas paisagens do interior da Inglaterra e por vezes fazendo uma missão ou outra que não envolvia corridas diretamente.
Doom (2016) (Xbox One)
Quando eu penso nesse jogo a melhor coisa que me vem a mente é "se Metroid Prime fosse sobre matar demônios ao som de heavy metal". Apesar de ter algumas fases grandes demais para o meu gosto e história que eu não ligo nem um pouco, Doom é deliciosamente frenético e o modo como ele te impulsiona a ser agressivo torna recompensador cada demônio morto, além dele saber implementar a exploração de uma forma legitimamente boa. Ah, e "um tapinha não dói" como nome de dificuldade é uma das melhores localizações de termo já feitas, hwa hwa hwa.
Mega Man X (Super Nintendo)
Esse é de longe um dos meus jogos prediletos, o balanço perfeito entre dificuldade, controles e boas fases, então não é tão incomum que volta e meia eu pegue ele para jogar. No começo do ano eu já tinha brincado um pouco com ele, mas acabei só jogando algumas fases, porém assim que comecei com as transmissões foi o primeiro jogo que eu peguei para zerar de cabo a rabo.
Mega Man 8 (Mega Man Legacy Collection 2) (Xbox One)
Ao contrário do jogo anterior, esse aqui nem é lá muito bom e requer muito suor para terminar, com alguns trechos absurdamente difíceis sem mais nem menos, como o do vídeo acima. Foi um jogo que eu sempre tive curiosidade, por ter ficado meio que em um limbo ali na época do Saturn/PlayStation e foi legal visitá-lo por isso, mas vontade zero de jogar novamente.
Overcooked 2 (Xbox One)
Infelizmente não joguei muito esse "simulador de cozinha", mas as partidas com minha namorada dividindo o mesmo controle foram bem divertidas (e caóticas), apesar de nós não termos conseguido ir muito longe e ainda ficado com as mãos doendo, rzs.
Devil May Cry 5 (Xbox One)
O único Devil May Cry que eu havia jogado antes foi o terceiro, que eu lembro ter gostado bastante, até por eu curtir muito hack ’n’ slash. Mas quando eu comecei a jogar, apesar de ter achado interessante o lance dos vários braços de Nero e as mecânicas diferentes de V, faltava algo ali, faltava velocidade! Por algum tempo eu fiquei me perguntando se eu não estava sendo traído pela memória, até que eventualmente eu controlei o Dante e tudo ficou claro: o Nero é que é lento mesmo, rzs.
Pessoalmente eu ainda prefiro Bayonetta e não ligo muito para a história, mas é um jogo divertido de qualquer forma, bom ver que a série ainda permanece saudável até hoje.
Untitled Goose Game (Xbox One)
Nesse jogo que é uma grande comédia pastelão, as aventuras para levar o simpático ganso até os seus objetivos é ótimo para quando não se quer algo muito grandioso. Na verdade em apenas algumas horas é possível terminá-lo, sendo uma grande sucessão de quebra-cabeças de cenário, que eu recomendo bastante, só pela graça.
The Turing Test (Xbox One)
Mais um jogo que quer ser Portal e falha. Com uma narrativa mais séria e que até tenta trazer algumas questões filosóficas para a mesa, The Turing Test tem uma jogabilidade interessante, mas não é lá muito inspirado na composição de seus quebra-cabeças, sendo só mais um "sala após sala" até o seu final. Mas se for através de um Game Pass, aí vale uma jogada por curiosidade, até por não ser tão longo.
Deus Ex: Mankind Divided (Xbox One)
Poxa, como Deus Ex é uma série foda né?! Tudo bem que não houve muitas mudanças em relação a Human Revolution, mas Mankind Divided segue trazendo temáticas e um universo muito interessantes, onde a cisão entre humanos aprimorados e não aprimorados toma proporções ainda maiores, com uma jogabilidade que eu pessoalmente gosto muito. Infelizmente não cheguei a finalizar, pois o jogo foi retirado do catálogo do Game Pass quando eu já estava próximo ao final.
Superhot (Xbox One)
Esse aqui foi meio broxante. Realmente a mecânica de jogo de tiro, onde as coisas só se mexem quando você também se mexe, é bem legal, mas eu não acho que as fases no geral são lá muito inspiradas, fora que a narrativa apresentada não me chamou nem um pouco a atenção, ainda que as ideias para apresentá-las fujam do habitual.
Prey (2017) (Xbox One)
Ok, eu passei um cagaço imenso com esse jogo, é muito tenso você explorar uma estação espacial deserta onde qualquer objeto pode ser um inimigo, rzs. Infelizmente (ou felizmente) a narrativa, que me prendeu bastante a atenção, se estende por tanto tempo, que no final eu já estava com o meu personagem muito bem equipado, que nem do inimigo mais forte do jogo eu corria mais, tirando um pouco do clima de tensão do início.
Ace Combat 7: Skies Unknown (Xbox One)
Olha, eu nunca havia jogado nada dessa série, mas eu não sabia que ela tinha um aspecto tão novelesco assim, com dramalhões e mais dramalhões sendo apresentados entre as missões. Mas jogar é legal, não achei incrível e as vezes a dificuldade foi meio irritante, mas eu tive bons momentos, só não é um jogo que eu compraria normalmente.
Ori and the Blind Florest: Definitive Edition (Xbox One)
Jogo lindo, em todos os sentidos, além de ser uma excelente mescla de desafios de plataforma com exploração estilo Metroid, com controles muito precisos e gostosos. Agora, foi só eu ou mais alguém meio que também ficou com dó da vilã? hwa hwa hwa
Doom (Xbox One)
Doom é um dos meus jogos preferidos, meu primeiro trabalho, quando eu tinha uns 14 anos, basicamente era recompensado com a possibilidade de eu poder jogar esse jogo, mas eu nunca havia terminado ele por não ter tido acesso a versão completa na época. E jogando ele hoje, ainda mais com controles atualizados, digo que ele continua sendo excelente, com um design de fases legitimamente bom. Só não tive paciência para as fases extras pelo salto na dificuldade, mas o conteúdo principal foi devidamente finalizado.
My Friend Pedro (Xbox One)
Outro jogo que eu esperava mais, ele tem mecânicas de tiro interessantes, como você saltar em câmera lenta e poder acertar múltiplos adversários, além de usar uma frigideira para ricochetear balas, mas não vai muito além disso. A história é qualquer coisa, a banana falante perde a graça rapidamente, mas não é um jogo muito longo, deu para levar de boa.
Fallout Shelter (Xbox One)
Sim, eu peguei um jogo de gerenciamento feito para celulares para jogar em um console, rzs. Dessa vez sem o problema do aparelho não aguentar carregar o meu abrigo depois de um tempo, eu realmente me dediquei bastante a ele, fazendo as coisas crescerem muito, chegando próximo ao limite de habitantes. Apesar de eu ter deixado ele de lado um pouco, ainda pretendo alcançar o meu objetivo de ter um abrigo com os 200 habitantes no nível máximo, armados até os dentes e com todos os andares com um Mr. Handy coletando recursos.
Leia a nossa análise de Fallout Shelter
Dandara: Trials of Fear (Xbox One)
Esse é um jogo brasileiro bem interessante, com uma mecânica de movimentação diferente e que eu realmente queria gosta mais, mas que eu não acho que encontrou um bom equilíbrio entre as suas mecânicas e dificuldade, se tornando muito frustrante em diversos momentos. Felizmente é possível ligar algumas opções que deixam o jogo mais fácil, mas definitivamente não foi a forma como os desenvolvedores planejaram para que ele fosse jogado. Ainda sim, não me importaria de ver uma continuação que fosse mais bem resolvida para fazer jus ao universo criado.
Leia a nossa análisde de Dandara: Trials of Fear
Pac-Man Championship Edition 2 (Xbox One)
Em algum ponto do ano esse jogo foi dado de graça em todas as plataformas e, apesar de ser no final das contas o bom e velho "Come-come", este é um jogo muito divertido e dinâmico, ótimo para jogadas esporádicas e descontraídas.
Life is Strange (Xbox One)
Incrível como os melhores títulos que joguei em 2019 não pertençam a grandes estúdios e nem possuam temáticas épicas. Life is Strange é um excelente jogo narrativo, com uma mecânica de viagem no tempo muito bem integrada, sendo uma espécie de Efeito Borboleta (o filme), só que bom.
A narrativa me pegou de tal jeito, ainda que a realidade adolescente estadunidense me seja muito distante, que houveram diversos momentos em que realmente eu temi perder alguns personagens, tal o meu grau de afeição, embora um momento ou outro fosse meio previsível e no final tudo tenha dado mais ou menos certo na minha história.
Leia a nossa análise de Life is Strange
Red Dead Redemption (Xbox 360 / Xbox One)
Olha, eu entendo o motivo das pessoas gostarem desse jogo, eu entendo o motivo de você ter o momento "fazenda feliz", eu acho que ele realmente tem algumas coisas muito boas ali no meio, o valor de produção é inegável, mas eu não consigo ver consistência nele, além das mecânicas serem bem qualquer coisa.
Marston é um personagem muito inconstante, ainda que bem construído em alguns aspectos, que ignora os seus ideais convenientemente em diversos momentos e isso é uma das coisas que mais me tiram do clima do jogo.
Em dado momento eu cheguei até mesmo a começar a escrever uma análise mais detalhada sobre ele, mas acabei não indo muito para frente com isso, quem sabe um dia eu termine. De qualquer forma, pode ler a análise da Angela mesmo, apesar dela ter desgostado do jogo bem mais do que eu, boa parte do que ela critica ali eu concordo.
Leia a nossa análise de Red Dead Redemption
Mario Kart Tour (Android)
Pois é, eu voltei para essa joça. Como minha namorada não parou de jogar eu fui acompanhando mais ou menos as atualizações e isso eventualmente me trouxe de volta. Ele continua frustrante quando você tenta ser competitivo, sendo bem apelão em diversos momentos, exigindo uma precisão mecânica que ele não tem, só para te fazer querer gastar alguns reais no jogo, mas não deixa de continuar tendo os seus méritos.
Firewatch (Xbox One)
Outro jogo maravilhoso que tive a oportunidade de jogar, Firewatch é sobre pessoas comuns que de alguma forma estão sempre fugindo de seus próprios problemas. Ambientado em uma reserva florestal nos Estados Unidos no final da década de 1980, o jogo segue os dias de Henry como vigia florestal durante uma temporada de verão e, apesar de possuir mecânicas extremamente simples, traz uma narrativa e desenvolvimento de personagens excepcional.
Leia a nossa análise de Firewatch
The Witcher 2: Assassins of Kings (Xbox 360 / Xbox One)
Muito legal no quesito história e ambientação, mas que jogo pavoroso! Tipo, não é que ele seja mal feito, mas mesmo se pensando na época em que foi lançado, é um monte de ideia ultrapassada que em nada combinam com um pretenso jogo de mundo aberto. Teve uma parte específica em que a minha briga com o mapa era algo tão grande, que quase me fez desistir do jogo, fora que no final eu abaixei a dificuldade sem nenhum peso na consciência. Ainda sim me deu uma base maior para o mundo que me foi apresentado na série da Netflix, além de ânimo suficiente para eventualmente me afundar no terceiro jogo do Geraldo.
Destiny 2 (Xbox One)
Um MMORPG de tiro em primeira pessoa e... eu meio que gostei?! Além de ser um dos poucos títulos que dá para jogar online sem precisar de uma assinatura Gold, mesmo que de maneira um pouco limitada, Destiny 2 me serviu por um bom tempo enquanto eu estava sem muito saco para jogar, ótimo para entrar e dar uns tiros despretensiosamente. Sim, eu nunca entrei para nenhum grupo para jogar de galera nem nada do tipo, contando somente com as ajudas do pessoal no meio do caminho mesmo, e talvez pelo jogo ter funcionado assim para mim é que eu tenha me dado bem com algo desse gênero que nunca foi o meu forte.
Ikaruga (Xbox 360 / Xbox One)
Esse jogo nem ia entrar para esta lista, pois apesar de
Don’t Starve: Giant Edition (Xbox One)
Tem um canal/projeto que eu acompanho no YouTube onde dois caras ficam jogando videogame e comentando sobre política e, um dos jogos que eles focaram por um tempo foi justamente Don’t Starve. Aí eventualmente eu vi que ele era um dos títulos disponíveis na conta do dono anterior do console, então instalei, experimentei e gostei.
É um jogo de sobrevivência onde você fica jogando até morrer, aí você ganha pontos que habilitam novos personagens com novas habilidades, para eventualmente ir durando mais e acho que conseguir fazer o "final" do jogo. Enfim, a jogabilidade é bem feita e menos complexa do que parece, outro jogo ótimo para partidas rápidas e sem muito compromisso.
Pokémon GO (Android)
Ir ao supermercado em tempos de pandemia se tornou praticamente uma aventura, que eu resolvi dar uma aliviada com Pokémon GO. Claro que eu não ficava andando com o celular na mão o tempo todo, basicamente eu ativava uma parada que tem na frente de casa, colocava ele no bolso e deixava contando os passos para chocar alguns ovos até eu voltar para casa.
Mas foi interessante também como o jogo se adaptou ao fato das pessoas não poderem ficar saindo de casa o tempo todo, criando eventos que podem ser acessados de qualquer lugar sem maiores problemas. Foi divertido por um tempo, mas eventualmente eu enjoei e desinstalei.
Street Fighter III (Arcade - Retroarch / Wii U)
Eu coloquei Street Figher III, mas ele é só um representante, na verdade eu passei um bom tempo brincando com vários jogos de luta para fliperamas da Capcom, tudo por conta do Retroarch, uma central de emuladores que dá para instalar em praticamente qualquer coisa, até mesmo alguns consoles antigos e que no Wii U não precisa nem de modificações no console para funcionar. Mas Street Fighter III não está a frente por nada, é de longe o meu preferido da série e fazia muito tempo que eu não o jogava.
Agora no final do ano passado a coisa ficou mais fácil ainda, já que ganhei de presente a Street Fighter 30th Anniversary Collection, coletânea com vários dos jogos da série, que claro, eu já joguei várias vezes.
Virginia (Xbox One)
Virginia é um jogo que eu gostei, mas que sinceramente eu não sei o quão bem eu o entendi. Ele conta a história de uma agente do FBI recém formada, que ao mesmo tempo em que ajuda a sua parceira veterana a resolver um caso misterioso de desaparecimento, também deve ficar de olho nela a pedido dos seus superiores. Você vai ter pouquíssimo o que fazer além de seguir em frente e ver como a história se desenrola, que por sinal é contada sem nenhum diálogo, o que é bem estranho a princípio, mas funciona bem.
O jogo também se utiliza muito de uma linguagem cinematográfica, com cortes de cena não usuais em jogos e por vezes toma caminhos narrativos completamente bizarros. Para quem ficou curioso, ele não é muito longo e frequentemente aparece em promoção a preços mais baratos que uma passagem de ônibus de Vespasiano para Belo Horizonte.
Limbo (Xbox One)
Eu já devo ter Limbo em uma trocentas plataformas diferentes, mas isso não me impediu de comprá-lo mais uma vez, já que minha preguiça de jogar no computador é maior, rzs.
Eu gostei de como ele é focado em quebra-cabeças de cenário, apesar de ter passado um pouco de raiva no final, além de todo o clima sombrio que ele traz. De fato faz jus a fama e agora me colocou pronto para partir eventualmente para Inside.
Spec Ops: The Line (PC)
Eu acabei de reclamar de jogar em computador e logo na sequencia coloco um jogo de computador... bom, tem um motivo, rzs. O meu PC velho de guerra estragou, a placa de vídeo na verdade, então eu peguei o computador da gata emprestado para poder trabalhar e de quebra jogar algumas coisas da minha lista na Steam/Epic.
Normalmente jogo de guerra baseado na realidade é algo do qual eu fujo completamente, principalmente devido a glorificação da violência e patriotismo exacerbado, mas esse aqui sempre me foi tão bem falado que finalmente resolvi encarar.
De fato Spec Ops: The Line é muito mais uma crítica ao quão sem sentido é uma guerra para os soldados que dela participam, independente de que lado estejam, e a mudança psicológica dos personagens ao longo da história é muito tensa, em uma espiral de merda sem fim, mas que você percebe chegar de longe.
Super Meat Boy (PC)
Junto com Killer Instinct, foi o jogo que abriu as minhas transmissões na Twitch.
Super Meat Boy é um jogo de plataforma que eu gosto bastante, principalmente porque apesar do seu sadismo, ele tem controles perfeitos e ótimo bom humor. No entanto, eu nunca joguei muito dele, tanto que na transmissão eu abri um monte de fases novas que eu nunca havia visto. Felizmente ele funciona bem sendo jogado esporadicamente.
Sonic Generations (Xbox 360 / Xbox One)
Olha, eu lembro que na época de seu lançamento, Sonic Generations foi aquele fio de esperança para a eventual volta da série aos trilhos, mas sinceramente eu só o achei pavoroso, repetindo os mesmos problemas mecânicos da série Adventure e mais uma vez enfiando uns desafios sem noção que é tudo que você não quer para seguir em frente nesse tipo de jogo. Foi difícil, mas eu consegui superar todas as gigantescas fases, algumas vezes com a ajuda do Somari, colocando mais um Sonic finalizado na lista. Quem sabe um dia eu faço isso com os antigos?
Ah, e eu posso ter as minhas criticas ao jogo, mas a trilha sonora continua 10/10 com sempre!
Leia a nossa análise de Sonic Generations
Fallout: New Vegas (Xbox 360 / Xbox One)
Esse eu acabei pausando um pouco depois que peguei a assinatura promocional do Game Pass nessa virada de ano, mas putz, como Fallout: New Vegas é gostoso de jogar. Apesar de ser já meio datado a essa altura do campeonato, é impressionante como o seu mundo aberto é bem feito e me faz querer ficar horas perdido andando só para ver o que eu encontro, com algumas narrativas da história principal e missões secundárias muito bem escritas. Diferente das minhas experiências com o terceiro, dessa vez eu pesei a mão um pouco mais nas habilidades sociais, ainda que eu não resista a um bom tiroteio, mas tem sido interessante resolver algumas coisas só na lábia. Eventualmente com certeza eu volto a ele e termino.
Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest (Super Nintendo)
Foi só uma jogada durante uma transmissão, porque depois o meu save corrompeu e sumiu, mas como não gostar desse que é o melhor Donkey Kong já lançado?! Ainda sim foi um bocado de fases que passei, todas com aquele design impecável e controles precisos.
Cheirinho de Super Nintendo!
Super Metroid (Super Nintendo)
Claro que eu não ia deixar Super Metroid de fora das minhas transmissões, o melhor jogo do Super Nintendo, algo que eu pretendo fazer de tempo em tempo, em uma espécie de speedrun pessoal.
Terminado de cabo a rabo, com eu indo até bem melhor do que esperava, essa maravilha em forma de jogo dispensa maiores apresentações, tendo inspirado todo uma geração de títulos de exploração, inclusive Symphony of the Night, com o qual acabou compartilhando o nome do gênero por ele popularizado.
Leia a nossa análise de Super Metroid
Tetris Effect: Connected (Xbox One)
É um Tetris com LSD. No modo normal ele não é diferente de qualquer outro título da série que você já tenha jogado, mas há de se dar o braço a torcer para os visuais lindíssimos que compõe as fases, embalados por ótima trilha sonora, ainda que em muitos momentos eles dificultem um pouco a visão do que está acontecendo na tela. Já o modo online tem algumas coisas interessantes, mas ainda sim eu não sei se isso por si só justifica o valor monetário do jogo, que não é lá muito barato se for comprado em definitivo.
Tell Me Why (Xbox One)
Outro jogo da Dontnod, Tell Me Why tem um peso um pouco menor no sobrenatural, contando a histórias de dois irmãos do Alaska, que depois de anos se reencontram e tentam entender melhor sobre quem foi sua mãe, morta por um deles em legítima defesa ainda durante a infância.
Envolvendo temáticas como transtornos mentais, preservação de cultura indígena e transexualidade, Tell Me Why é um ótimo jogo, com uma ambientação belíssima, ainda que possua um escopo geral bem menor do que Life is Strange.
Streets of Rage 4 (Xbox One)
Eu não fiquei tão empolgado assim com o lançamento desse jogo, mas eu gosto o suficiente de Streets of Rage e beat ’n’ ups para curtir esse aqui. Apesar de ter apanhado um pouco para algumas mecânicas, o trabalho feito para unir a nostalgia e atualizar o título para os tempos atuais foi muito bem feito, tornando muito divertida a minha jornada pelas ruas de Wood Oak City.
Ah, e que Blaze que nada, Cherry, melhor personagem!
Doom Eternal (Xbox One)
Foi só a primeira fase durante uma transmissão, mas çokorro, como eu apanhei para terminar ela, que sinceramente eu não entendo o motivo de ser tão grande. Eu acabei desistindo de transmitir o jogo novamente, por motivos técnicos e de ruindade minha, mas eventualmente eu vou voltar a jogar para conferir com calma esse jogo dos infernos.
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Algumas outras coisas não entraram na lista, mas valem algumas rápidas menções: Project Cars 2 (Demo) (Xbox One) só reforça o quanto eu não me dou bem com simuladores de corrida; Dead Rising 3 (Demo) (Xbox One) é um puta jogo chato; Resident Evil 7: Biohazard (Demo) (Xbox One) me deixou cagando de medo, mas eu curti pela pegada diferente e um dia ainda quero arriscar jogar; Kingdom Hearts III (Demo) (Xbox One) é bem engraçadinho, mas a zona que é a história da série não me faz ter muito interesse; Need for Speed Most Wanted U (Wii U) ainda continua sendo aquele jogo que eu coloco de vez em quando só para ficar andando de carro a esmo e batendo racha com a polícia; Watch Dogs 2 (Xbox One) é melhor resolvido que o primeiro, mas o clima dele é medonho, parece que alguém assistiu Hackers e achou que as coisas realmente são daquele jeito; e Resident Evil 2 (Demo) (Xbox One) que já não me pegou, eu realmente não curto muito a série, apesar das melhorias notáveis.
Então esses são os meus jogos de 2020, que tanto me ajudaram a não surtar em tempos de isolamento e constante bombardeio de notícias bizarras, revoltantes e ruins. Ok, mentira, na verdade o que ajudou mesmo foi a terapia e apoio de pessoas por mim queridas, mas jogar para relaxar também é sempre válido.
Apesar das coisas estarem difíceis, espero que esse 2021 seja o menos traumático possível para todos nós, que logo todos estejamos vacinados e fazendo cosplay de K. Rool. Então é isso, vão
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Esta publicação faz parte do meme gamer "O que você jogou em 2020?", que foi organizado mais uma vez pelo nosso grande parceiro Marvox e irá ocorrer até o dia 31 de janeiro. Segue a lista com os demais participantes desta edição:
- Ácido Ascórbico - Luan
- A TV Vai Estragar! - Eduardo Farnezi
- Arquivos do Woo - Diogo Batista
- Arquivos do Woo - Tony Horo
- Arquivos do Woo - Geovane Sancini
- Desocupado - Paulo Victor e Convidados
- Gamer Caduco - Caduco
- Indiesgraça - Angelo
- Locadora Resident Ivo - Ivo Ornelas
- MarvoxBrasil - Marvox
- RetroSabat - Sabat
- Vão Jogar! - Tchulanguero [ Você está aqui! ]
- Vão Jogar! - SucodelarAngela
- Vão Jogar! - Somari
- Videogames com Cerveja - Felipe B. Barbosa
- Jogatinas Saudáveis - Vigia
- Universo Retrogamer - Marcão
- UsoppBR (Alvanista) - João Carlos
* Revisado em 09/04/2021 às 12:35:03
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