SILENT HILL HOMECOMING
A franquia Silent Hill é uma das minhas favoritas, de longe. Tem sempre uma história envolvente, acontecimentos bizarramente agradáveis, um certo nível de profundidade nos monstros do jogo - que não são criados à toa - além de terem personagens cativantes à sua maneira e uma trilha sonora fodasticamente maravilinda. Não posso deixar também de dar créditos aos enredos e temas abordados, que são fantásticos. Tenho um amor especial pelo primeiro Silent Hill, que pra mim é incomparável a qualquer outro da franquia, nem por Silent Hill 2 que é o favorito da galera.
No entanto, SH Homecoming não jogou seu feitiço conquistador em minha pessoa e nem sei explicar direito porque, mas vou tentar. Primeiro de tudo, acho que uma parte do problema é o protagonista. Alex Shepherd é um soldado veterano de guerra que volta à sua cidade natal - Shepherd’s Glen - após passar um tempo hospitalizado devido à ferimentos sofridos na guerra. O problema já começa bem aí: nos jogos anteriores, nenhum protagonista tinha conhecimento em combate ou uso de armas e isso era refletido na jogabilidade, como Harry Mason recebendo o impulso do coice da arma ao atirar, ou o jeito tosco que o Travis tem de esfaquear, e a Heather Mason de usar a espada. Isso passava mais tensão durante o jogo, era perfeito para a imersão do jogador no estilo psychological horror do jogo. Alex não proporciona isso sendo um soldado.
Ao voltar para casa, ele descobre que a mãe está em choque e seu pai e irmão estão desaparecidos. A história toda é construída em cima do relacionamento familiar de Alex com o pai e seu irmão Josh, sem contar que o irmão dele sempre foi o favorito do pai, enquanto ele meio que era ignorado, algo que você vai descobrindo aos poucos no jogo. Tudo isso poderia ter gerado uma história bem bacana, mas até onde joguei, ela não me empolgou. Ficou parecendo mimimi ciuminho mimimi ele não me ama, e eu não curti. Talvez até melhore mais para frente, mas eu ainda não cheguei lá. O fato de eu ter parado no meio do jogo também é algo que atrapalha na imersão, então, quando for jogá-lo novamente, provavelmente terei que pegar desde o começo. Algo que também teria que fazer com...
METAL GEAR SOLID 4
... se ele fosse mais curto e tivesse menos falatório. O problema é que MGS é uma série que eu gosto bastante, mas a história em geral é tão atribulada, tão cheia de ramificações e com excesso de detalhes, que me dá preguiça. Não estou dizendo que é ruim, na verdade é uma ótima história, mas também não me empolga tanto. No entanto, MGS4 é até bacana nesse quesito por nos trazer muitos flashbacks de outros jogos da série que explicam melhor como cada evento é relacionado à história. Como fazia muito tempo que não jogava qualquer jogo da série, achei muito foda reencontrar Otacon, Naomi, Mei Ling, Campbell e Meryl, personagens que realmente me marcaram em MGS, o meu favorito da série até agora.
A jogabilidade também me frustra um pouco, principalmente com o Close Quarter Combat, que eu nunca acerto fazer direito. Sentia falta de um corpo-a-corpo antes que não fossem chutes e socos, mas as combinações de botão para fazer o CQC me enchem o saco. Na verdade, eu gostava bem mais quando as coisas eram mais simples, quando não tínhamos Octocamo, nem Wall-E para ajudar Snake. Dessa forma, mesmo com todos os upgrades que o jogo recebeu ao longo dos anos, eu continuo jogando ignorando sempre que dá essas quinquilharias, só que o jogo não foi feito para se jogar dessa forma e eu, vez ou outra, me fodo.
Ainda assim, confesso que só não terminei de jogar logo o MGS4 porque resolvi "testar" Mass Effect Trilogy quando o comprei e, nem preciso dizer, me apaixonei pela franquia e tive que desinstalar quase tudo do meu HD para que conseguisse instalar a trilogia (que comprei via PSN). Daí, todo o conteúdo instalado de MGS4 acabou indo pro saco, mais um motivo para eu ainda não ter continuado ele ainda, pois terei que reinstalar tudo. Muito chato. Mas não mais do que ter que jogar...
ICO
Todo mundo que já jogou o ama, mas eu achei muuuito fraquinho. Eu não conhecia nada sobre ele até muitos anos após ter zerado Shadow of the Colossus, que foi lançado 4 anos depois se não me engano, e me parece que com muita gente foi dessa mesma forma. Sendo assim, na minha opinião de merda, esse jogo só conseguiu fama por ter sido da mesma empresa e do mesmo universo de SotC
Eu tenho um problema muito sério com jogos que me colocam com uma situação damsel in distress, muito bem retratado por Sherry e Claire em Resident Evil 2, Ashley e Leon em Resident Evil 4 e por Ico e Yorda nesse jogo. Em RE4, pelo menos, você ainda pode jogar a Ash dentro de um bagulho qualquer e meter balas nos zumbis enquanto ela está lá, mas Ico tem que segurar a
DEMON’S SOULS
... que é até bacaninha, mas que não me dá paciência de jogar por dois motivos: a dificuldade absurdamente desnecessária e por ser meio que desinteressante de maneira geral, já que tema medieval não é o maior dos meus interesses.
Joguei bem pouco e achei absurdamente insuportável ter que voltar praticamente tudo para tentar chegar ao boss mais uma vez. O jogo tem uma mecânica legal, cenários bem fodas, dragões (♥), mas não considero divertido um jogo que cria "desafio" apenas colocando inimigos covardemente mais fortes e eliminando save points da fase inteira. Para mim, isso se chama falta de criatividade ou preguiça de pensar na hora de desenvolver o jogo. E tudo que digo aqui pode ser aplicado tranquilamente para Dark Souls. Haters haterão.
Apesar de tudo, talvez volte a jogar Demon’s Souls porque tenho ainda a esperança de conseguir apreciar ele pelo fator RPG e por eu ter criado uma personagem que gostei bastante, uma Thief. Também tenho vontade de experimentar as demais classes, já que são tantas, algo que achei muito foda no jogo.
Outro motivo para eu voltar a jogá-lo (se eu lembrar) é que corre pela Internet que, se você jogar no dia 31 de Outubro, os inimigos ficarão mais fortes. Claro, não quero enfrentá-los mais fortes, seria loucura minha, mas gostaria de fazer a comparação, então tenho que lembrar de deixar o jogo à vista para me lembrar na próxima sexta-feira!
ETERNAL SONATA
Eis um jogo lindo. Lindo de verdade, tanto no aspecto gráfico quanto na própria história e, ainda mais, na trilha sonora. O jogo é um JRPG cuja história mostra um mundo fictício sonhado pelo pianista e compositor Frédéric Chopin durante suas últimas horas de vida, que é influenciado pela sua vida e pela sua música, e no qual ele mesmo é um personagem jogável, entre outros. Sendo assim, o jogo apresenta duas narrativas diferentes, uma mostrando a vida "real" de Chopin em seu leito de morte e a outra é a narrativa onde você joga, dentro dos sonhos dele.
Apesar de a maioria das músicas do jogo serem composição de Motoi Sakuraba (vários Tales of, Star Ocean e Valkyrie Profile), algumas das composições mais famosas de Chopin foram adicionadas. Os capítulos são nomeados de acordo com essas composições, que são tocadas em determinados momentos. Imagine jogar ao som de Chopin, é uma experiência e tanto. Sem contar com o próprio trabalho do Sakuraba, que também é excelente.
Eternal Sonata, como era de se esperar, faz muitas referências ao mundo musical. O próprio nome dos personagens principais são referências a música, sendo eles Polka, Allegretto, Beat, Viola, Salsa, March, Jazz, Falsetto, entre outros. O sistema de batalha também apresenta elementos musicais, e os monstros também sofrem influência das luzes e sombras do campo de batalha, o que afeta tanto a aparência deles quanto aos atributos, podendo deixá-los mais fortes ou mais fracos, e servindo de base para estratégias.
E nesse exato momento, você deve estar se perguntando porque eu parei esse jogo no meio do caminho. A verdade é que o jogo é excelente, mas o grande problema se chama tempo, algo de que não disponho muito. RPGs demandam muito dele para serem finalizados e apreciados. Por ter pouco tempo, geralmente aproveito para jogar algo que me dê a sensação de avanço mais rapidamente, e assim eu vou deixando de lado os RPGs. A outra questão é que eu também travei no jogo. Parei num save logo antes de um chefão, mas não tenho personagens fortes o suficiente para enfrentá-lo agora, então quando for jogar novamente, terei que rodar bastante para evolui-los e, só então, enfrentar esse boss de novo. E para isso eu preciso de tempo, e tudo vira um ciclo. Um dia chego lá, mas enquanto isso, eu vou encarando alguns...
JOGOS CASUAIS
... que são alguns outros jogos que ainda não finalizei, como Loco Roco, Auditorium HD, Lumines e Cuboid. Até mesmo Rayman Origins está na lista! Sempre que tenho pouquíssimo tempo e quero jogar algo, apelo para meus jogos casuais. Assim me divirto mais em pouco tempo, visto que são jogos com os quais não crio a necessidade da finalização. Na verdade, eventualmente acabo finalizando um ou outro, como Tetris ou Scribblenauts Unlimitted, mas nem por isso deixo de jogá-los.
Bom, acho que deu para ver que há vários motivos para nos impedirem de finalizar um jogo. E você, leitor, tem algum jogo empoeirando nas prateleiras? Qual seu motivo para não ter finalizado ele? Compartilhe com a gente, a gente entende, dá aquela forcinha. Depois, peguem seu jogo parado e Vão Jogar!
Compartilhe