SucodelarAngela
Geralmente, esperamos que jogos de grandes franquias nos emocionem e nos surpreendam, ou, pelo menos, que mantenham o bom ritmo de seus antecessores. Masssss cada ninhada tem que ter seu patinho feio, não é mesmo?
Como boa Çaçina que sou, não poderia deixar de falar primeiramente sobre Assassin’s Creed III.
Falem o que quiser, que a série é um caça-níqueis desgraçado, que é uma série anual e não deveria ser e tudo mais, mas eu realmente gosto da série. Admiro desde o primeiro, por mais repetitivo que seja, a história me instiga. E a jogabilidade teve alguns bons upgrades a cada jogo lançado. O problema é que ACIII teve um personagem insosso (CoRnor), uma história massa, mas muito mal aproveitada, e o sistema econômico mais filho da puta de todos os da franquia - Homestead me deixa confusa até agora, é sem graça e complicado. E pouco tempo atrás, finalmente revelaram que o jogo ficou essa bagunça porque a própria produção do jogo foi uma bagunça. What a shame, Ubisoft.
O segundo patinho feio da lista é Silent Hill Homecoming. Não é que o jogo seja ruim, é até bom. O problema é uma cisma que tenho com o personagem principal, Alex Shepherd. Explicar-me-ei: sempre vi Silent Hill como um excelente survival horror porque os personagens que controlávamos eram cidadãos comuns, pessoas sem nenhum poder especial, ou super conhecimento em táticas de defesa pessoal e combate. Isso aumentava o clima de tensão no jogo, deixava a gente mais imerso e querendo cada vez mais proteger o cidadão Harry, a cidadã Heather/Cheryl. E aí chega Homecoming com seu protagonista ex-soldado veterano de guerra que conhece todas as armas como a palma de sua mão e luta bem pra caralho. Where’s the graça? Não tem.
E pra finalizar eu trago pra vocês Resident Evil 6. Mas esse jogo ser uma decepção não é novidade pra ninguém...
Professor João Roberto
Traumas... Por que todos gostam de sofrer com más lembranças? Aqueles jogos que nos enganaram (literalmente); pois bem, se é pra enfiar o dedo na ferida, cá estou eu...
Os meus maiores traumas são da geração 16/32 bits. Foram aqueles jogos que algum colega dizia ser bom, e eu ingenuamente alugava, emprestava, ou pior, comprava.
O primeiro é Dragon’s Lair. Quando conheci, parecia legal. Meu Snes estava no começo ainda e o visual de desenho animado era bem feito, mas jogá-lo era insuportável. E as passwords? O que era aquilo? Pra conseguir completar a sequência era necessário levar as bolas correspondentes aos seus lugares, mas de maneira confusa, horrível! Nunca me irritei tanto com um jogo, ao menos até conhecer...
Space Ace. O que é isso? Eu juro, nunca consegui passar da primeira tela, apesar de tentar muito. Nela tem um raio que eu não consigo desviar, e além disso há uma animação de morte que, apesar de ser legal na primeira vez, irrita mais do que tudo. Nunca conheci ninguém que tenha zerado este game. Nem que tenha passado da primeira tela...
E por último, Dragon Ball GT - Final Bout... Ok, Dragon Ball é um anime bacana, Goku é daqueles personagens que a gente quer ver todos os dias, mas isso até a fase Z, pois GT é ruim que só. E tentaram passar toda essa ruindade pro game, mas não conseguiram. Se Final Bout fosse ruim como o anime, seria muito bom, mas o game consegue ser ainda pior. Na verdade é muito ruim!!! Onde já se viu? Os controles são precários, no anime todos os guerreiros Z são velozes (e furiosos), mas no game são todos umas lesmas, quando um lutador pula para o outro lado ele demora 5 dias pra perceber isso e virar pra trás, mas o adversário é uma besta reumática que não consegue atacar, pois o controle é a coisa mais bestial que eu coloquei as mãos!! E nem venham me falar que existe coisa pior, que Mortal Kombat Mythologies Sub-Zero tinha controles tão ruins quanto, pois, ao menos no jogo do "gelinho", se você ficar apertando o botão de virar rapidamente, o Sub-Zero começa a dançar. Quem puder, teste isso... DBGT talvez seja uma das maiores frustrações que tive, pois imaginava que, de acordo com o anime, o game seria muito bom, mas o que vi foram bonecos playmobil com cabelos espetados e jogabilidade que parece feita pro controle do Atari 2600. Com certeza, nunca mais jogo esse game...
Somari
Aquela época em que a única mídia em que tínhamos acesso era através de revistas de games... Ação Games, quem lembra? Recordo que naquela época era realmente o único acesso para ler sobre games e era nele em que eu descobria jogos novos e até consoles novos, tanto que numa dessas edições vinha um review de Knuckles Chaotix e foi aí que eu descobri a existência do Sega 32X, que veio a se tornar uma obsessão para mim até hoje. O problema é que as revistas eram muito caras e vinham falando de apenas alguns jogos. O resto, ah, você precisava realmente jogar. Dinheiro jogado fora? Sim, talvez.
Tirando as revistas, outras duas formas de se saber se um jogo era bom ou não eram comprando, o que era bem caro e você tinha uma probabilidade de se arrepender depois, ou alugando, que era a forma mais comum nessa época. A moçada de hoje não sabe o que é isso, infelizmente.
Por eu não ter tanto dinheiro assim para poder comprar jogos, além de ser bem novo na época, eu apelava para a segunda forma. O que eu tinha a perder era R$ 3,50 pelo aluguel do jogo e o tempo em que eu poderia ter pego algo melhor. Nessa época eu tinha três consoles: Mega Drive, Sega Saturn e Game Boy Color.
No Mega Drive, que eu tinha desde 1997, talvez meu maior arrependimento tenha sido Altered Beast. Podem falar o que quiser, mas esse jogo tem uma das jogabilidades mais travadas que eu já vi. O estilo é até legal, mas se fosse mais fluido como The Revenge of Shinobi ou Streets of Rage, outros dois clássicos da Sega, teria se dado bem melhor, na minha opinião. Não, eu não gosto desse jogo. Eu o aluguei e devolvi com gostinho de "quero meu dinheiro de volta".
Uma vez eu resolvi alugar um Street Fighter pro meu Sega Saturn. Mas era um Street Fighter diferente... com gráficos mais reais. Sim, era Street Fighter: The Movie, aquele mesmo, com o Van Damme. Se você já viu o filme, então já sabe como é o jogo. Nem vou me dar o trabalho de comentar sobre isso.
No Game Boy Color, sinceramente, achei bem difícil achar algum jogo que eu não tenha gostado. Talvez esse tenha sido um dos meus consoles favoritos de toda a vida. Acho que esse posto fica por Harry Potter e a Pedra Filosofal. O jogo é um RPG de turno... Do Harry Potter. Eu havia alugado na época porque havia gostado do filme. Sim, eu já sabia disso de jogos baseados em filmes, tipo o Street Fighter citado ali em cima. O jogo é chato, feio e... sei lá, não gostei.
Mas se vocês pararem pra pensar, alguns desses e outros jogos ruins possam até render uma famosa Análise Somari, quem sabe...
Tchulanguero
Ah, eu já joguei muita coisa ruim, coisas medonhas com Tekken 2 e The King Of Fighters 98... para Super Nintendo! Mas esses eu nem conto, pois não eram jogos que eu esperava nada além de rir muito de algo mal feito. Mas acho que minhas maiores decepções vieram de um console que eu gosto muito, que tem poucos jogos, mas de muita qualidade: o Dreamcast. E justamente por ter uma biblioteca enxuta e excelente, quase ao ponto de você poder escolher qualquer coisa cegamente, é que eu me decepcionei tanto.
A maior delas provavelmente foi Star Wars - Episode I: Jedi Power Battles. Eu já falei sobre ele aqui, mas reforço o principal: que jogo ruim e mal feito! Putz, a jogabilidade é medonha, os gráficos são podres e a trilha sonora... nem sei se essa merda tem trilha sonora, vai ver era um midi repetitivo qualquer. E pensar que eu fui iludido por algumas imagens...
A segunda foi com Head Hunter, que me venderam como um jogo estilo Metal Gear... igual mesmo, todos os dois são jogos de vídeogame e... e só! Head Hunter até tem potencial, mas se você está esperando um stealth, esqueça: apesar de você ser obrigado a fazer altas simulações virtuais chatissímas para aprender os movimentos de um verdadeiro ladino, na hora do vamovê você nunca consegue aplicá-las, porque o jogo praticamente te empurra para o tiroteio. Sério, nem aquela motoca maneira do protagonista me anima a jogar novamente.
Ah, tem um outro que também que me traumatizou bastente... Shenmue 2. Não me entendam mal, eu adoro Shenmue, embora não ache ele a revolução toda que falam. Mas quer trauma maior que chegar no final de um jogo foda, e quando rola aquela reviravolta na trama, aquela de fazer você sair correndo desesperadamente pela rua a procura do próximo... e não ter próximo? Conselho, não joguem Shenmue... sério, não joguem.
Ah, vocês devem estar se perguntando porque não inclui Other M na minha lista, mas o motivo é simples: eu já joguei sabendo que seria uma merda, sabe como é fã né
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Então kambada, e vocês, algum trauma que queiram desabafar? Isso aê, peguem esse caneco, virem de uma vez e afoguem suas mágoas... e também não deixem de nos sugerir novos temas, mandem uma cartinha virtual para o endereço butecada@vaojogar.com.br. Tagarelem aê e depois Vão Jogar!
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