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Seja Nostálgico, Mas Não Seja Burro

Já diziam Os Replicantes em Tom & Jerry... ou quase.

autor Rafael "Tchulanguero" Paes   datahora 02/10/2015 às 12:01:57   tagarelices 25

Já diziam Os Replicantes em Tom & Jerry... ou quase.


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Eu sinceramente não me lembro muito bem se cheguei a escrever algo aqui no site sobre isso, apenas que abordei de leve o assunto na butecada de número 12, mas esses dias lendo o texto do Ulisses 8-bit sobre nostalgia, que tem uma visão muito parecida com a minha inclusive, me deu vontade também de escrever sobre.

Eu acredito que revisitar o passado através de nossas memórias é um exercício inerente do ser humano e de muita importância. É com isso que revemos conceitos e analisamos o que erramos ou acertamos, o que nos dá uma melhor visão do presente e futuro: o que chamamos de experiência de vida. Mas também relembramos o passado de forma a experimentar de certa forma momentos passados, algo bom da infância, viagens com os amigos, etc, o que também é importante, pois nos ajuda a reforçar certos laços e sentimentos. E toda essa situação acontece com mais frequência conforme vamos ficando mais velhos, afinal, quanto mais distante do momento você está, mais forte bate a nostalgia, o que explica também porque nossa infância seja alvo tão constante desse sentimento.

Crianças jogando videogame

Agora imagine isso nesse mundo de jogos eletrônicos. Boa parte das pessoas que viveram os primórdios desse meio em sua infância, com certeza já passaram dos trinta ou até mesmo bem mais que isso, e mesmo o pessoal que pegou um tempo depois, algo entre a geração 8 e 16 bits, já está no mínimo bem perto dessa faixa, que talvez seja uma das mais relembradas com carinho pelos jogadores mais velhos. Mas só para vocês verem como nem isso é imutável, já existe um movimento razoável de pessoas que se sentem nostálgicas com relação a geração 32/64 bits, com jogos de PlayStation, Sega Saturn e Nintendo 64. Eu mesmo lembro com muito carinho das tardes de jogatina na casa de amigos, onde algum Tony Hawk’s Pro Skater imperava antes de iniciarmos as sessões de Lobisomem: O Apocalipse.

Só que há um problema nisso tudo: nossa memória é traiçoeira... e muito. Tirando pessoas que infelizmente tiveram algum grande trauma na infância, normalmente nós esquecemos praticamente todos os pequenos momentos ruins que tivemos, frustrações de criança, castigos e tudo mais que na época era o fim do mundo e hoje são motivos de risada. Você talvez se lembre daquela vez que virou a noite jogando para poder zerar um jogo e se sentiu vitorioso ao terminar, mas é bem provável que não lembre muito bem do esporro que levou da sua mãe no dia seguinte, ou até mesmo de como foi mal na prova por não ter dormido bem. Claro, não foi nada grave, afinal você está aqui hoje, e mesmo que lembre disso, não é algo que lhe cause nenhuma grande frustração. Isso se você não confundir tudo e lembrar das coisas de formas bem melhores do que elas realmente aconteceram.

E é aí que chegamos na nostalgia relacionada a jogos, mas que pode ser aplicada a uma série de outras coisas também. Quem nunca ouviu frases como "bom mesmo eram os jogos antigos" ou "hoje é tudo fácil, quero ver é zerar [insira aqui o nome de um jogo antigo]"? Nesse momento a pessoa não somente está sendo nostálgica, como também está ignorando completamente os inúmeros bons jogos que temos atualmente. É claro que aquele jogo como game design todo quebrado parece a coisa mais incrível do mundo quando você lembra de ter ganhado ele como presente de Natal, naquele ano que rolou uma festa bacana em família. Também é compreensível esse tipo de reclamação, afinal, quantos jogos modernos realmente não são entregues de qualquer jeito, com uma experiência rasa, cheio de bugs, feitos de qualquer maneira, bem diferente dos jogos antigos, certo?

Nem tanto.

Uma coisa que eu sempre questiono é o parâmetro de que um jogo difícil seja necessariamente melhor que um jogo mais fácil, ou mesmo que seja um bom jogo por isso. Na grande maioria das vezes, eu vejo esse argumento sendo utilizado mais como uma medição de e-pênis do que de qualidade. E outra, as pessoas ignoram completamente o contexto da época para entender porque jogos antigamente eram mais difíceis. Por muitos anos, a grande influência dos jogos de consoles eram os fliperamas, por muito tempo considerado supra sumo da tecnologia de jogos. Máquinas de fliperama tinham que dar dinheiro para os donos, então se um jogo fosse muito fácil, a pessoa iria gastar apenas um crédito, zerar o jogo e nunca mais voltar... péssimo para os negócios. Então o jogo ser difícil, ter limite de continues e afins, era uma forma de prender o jogador por muito mais tempo e fazê-lo gastar mais dinheiro, dando tempo o suficiente para que outro jogo fosse lançado e assim começar todo o ciclo novamente. E nos consoles, apesar de uma vez que o jogo fosse comprado nenhum lucro adicional fosse gerado, afinal não existiam ainda as infames DLCs e o ritmo de lançamentos era bem diferente, era necessária essa experiência alongada artificialmente, para que a pessoa não zerasse o jogo de forma tão rápida de modo que ele seria rapidamente esquecido e nenhum vínculo com a série fosse criado.

Máquinas de caça-níquel
Não é tão diferente assim...

Agora imagine com os jogos atuais a mesma lógica sendo aplicada. Modos inovadores de se jogar, mapas imensos, histórias densas... mas que você vai demorar uma eternidade para terminar, porque é difícil pra kct e não dá para salvar. Não iria dar muito certo, não é mesmo? Mas mesmo que você realmente goste de jogos com esta característica, títulos como Dark Souls ou até mesmo o Guacamelee que eu já escrevi por aqui, estão aí para mostrar que há jogos para todos os gostos, que podem trazer um bom desafio através de um game design inteligente, sem te punir só porque sim. É preciso entender também que nem sempre a proposta de um jogo é um desafio mecânico elevado, muitas vezes uma jogabilidade simples aliada a um desafio pequeno ou até mesmo nulo, dá lugar a uma narrativa mais elaborada. Tudo é questão de você buscar os jogos no estilo que mais lhe agrada.

Também é bem questionável o quesito qualidade. É fácil pegar uma lista com os melhores jogos da geração que você mais gosta e sair esfregando na cara da geração atual, falando que isso sim é que são bons jogos. Mas será que você lembrou de contabilizar os inúmeros jogos ruins que eram lançados entre um bom título e outro? Quem aí nunca pegou aquele CD esperto com um emulador e todos os jogos do Super Nintendo, e resolveu dar uma espiada em um por um, até se cansar de tanta merda e ir finalmente jogar um bom título conhecido? E não sejamos injustos, aposto que você consegue montar uma lista bem extensa de bons jogos da geração passada, independente do console que você escolha. Sempre bom lembrar também que o crash da indústria dos jogos, quando o alto número de títulos ruins e repetitivos fizeram com que o mercado ocidental de consoles viesse a baixo, rolou na década de 1980, não agora. Apesar dos alarmistas, eu acho que estamos bem longe de estarmos próximos de outro desses, eu vejo mais o mercado se diversificando em várias frentes, e por consequência tendo uma certa redução em alguns setores, mas não um crash como aquele.

Sobre as táticas cada vez mais abusivas das empresas, como o que abordamos recentemente na butecada de número 20, além de como eu sempre martelar, isso ser mais uma culpa nossa por aceitarmos essa situação com nossas carteiras do que das empresas visando lucro fácil, não vamos esquecer das picaretagens passadas também, como as inúmeras revisões de Street Fighter II feitas pela Capcom.

E não podemos ter uma visão tão estreita do mercado. Além de ser essencial entender que nem todo jogo foi feito para você, hoje temos um número tão grande de plataformas, como consoles, computadores e celulares, além de uma gama imensa de níveis de produção, dos infames AAA até os cada vez mais relevantes indies, que dizer que não há absolutamente nada de bom soa como um puramente "não quero saber e tenho raiva de quem sabe". Eu entendo que as pessoas se sintam lesadas quando investem caro em um console da geração atual, que ainda não apresentam jogos o suficiente que façam jús ao gasto, mas tornar a sua realidade a única para todos é simplesmente estúpido. Seria o mesmo que eu dizer que como eu tenho um Wii U e pouquíssimos jogos grandes são lançados para ele, então todo o mercado está nessa situação também. Sim, não estamos nos melhores tempos, há uma série de problemas, mas hey, sempre há, ou já esqueceram dos tropeços do início da geração passada e o quão bem ela terminou?

3RL
É incrível, mas muita gente não lembra mais

E eu não acho que bons jogos anulem outros bons jogos, independente da geração. Eu sempre costumo dizer que não existem jogos fora do seu tempo, ou que envelheceram mal, existem jogos bons e jogos ruins. Não é porque você cresceu em um fliperama jogando Street Fighter II, que é legitimamente um bom jogo de luta, e isso lhe traga boas recordações, que uma Street Fighter IV seja pior ou mesmo ruim. Talvez algumas coisas realmente não tenham ficado bem acertadas, mas colocar isso a frente da qualidade do jogo é um tanto quanto injusto. Eu, por exemplo, quando joguei a nova Killer Instinct, torci o nariz para as mudanças que fizeram na jogabilidade e direção de arte, de modo que eu verdadeiramente não sinto nenhuma vontade de jogá-lo, mas ainda sim eu sempre digo que é um bom título para o Xbox One, e que tem o seu espaço já firmado junto a comunidade de jogadores da plataforma. Meu cartucho de Killer Instinct Gold continua aqui em casa, funciona do mesmo jeito que antes, e eu nunca precisei que um novo jogo fosse lançado para que o meu gosto por ele fosse validado.

Sim, novamente, eu sei que existem coisas grotescas lançadas nos dias de hoje. Eu sempre gosto de dar o exemplo de Other M, porque ele é o caso mais representativo do que aconteceu comigo, de toda uma experiência criada ao longo das gerações ter sido jogada no lixo a troco de nada. Se ele tivesse chegado com sua proposta de entregar um jogo com um foco maior em narrativa, sacrificando toda a parte de exploração, mas feito isso de uma forma decente, acreditem, não teria sido o meu Metroid favorito, mas eu teria aceitado de boa. O problema é que ele se propôs a fazer algo que não conseguiu cumprir, e não porque ele tentou ser diferente do que foi estabelecido lá no Nintendinho. Como eu já citei várias vezes, o enredo desse jogo é ruim por si só.

Samus de Other M
Mas eu gosto de você mesmo assim viu!

É bem contraditório um grupo que clama tanto por ter o seu hobby reconhecido como arte, que anseia tanto por inovações, mas que se fecha tanto para experiências diversificadas e ficam presos a épocas e modelos antigos, além de não conseguir ter um senso crítico mínimo sobre as obras, independente de qual época foram apresentadas em suas vidas. Quando alguém diz que um Battletoads tem um game design ruim, frustrante e punitivo, não significa que está querendo destruir a sua infância ou tão pouco mudar o seu gosto pelo jogo, apenas apontado um fato, da mesma forma que todos criticaram duramente e merecidamente Assassin’s Creed Unity quando foi lançado, pelo número incontável de bugs que deixavam o jogo quebrado, além da experiência cada vez mais rasa oferecida pela série. Vejam bem, não foi a época que tornou esses jogos bons ou ruins, foi pura e simplesmente o processo de desenvolvimento deles, seja por um modelo adotado ou pela pressa em lançá-lo.

Battletoads Turbo Tunnel
Não tem nada de divertido depois da centésima vez...

Então aprendam a aproveitar o melhor que cada geração tem a oferecer, sem que a nostalgia sobrepuje o senso crítico de vocês. Você lá jogando por dias seguidos até criar um calo no dedão e finalmente conseguindo zerar aquele jogo difícil pode ser uma ótima lembrança, mas se você ficar preso a ela, vai perder a  oportunidade de formar outras lembranças tão boas quanto ou até mesmo melhores. Portanto escolham um bom jogo, seja ele para PC, console, celular, velho ou novo e Vão Jogar!

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  • avatar de sucodelarangela
    sucodelarangela
    02/10/2015 às 12:56:51   localizacao São Luís - MA
    Minha nostalgia se limita bastante ao SNES e ao PSone. Duas gerações diferentes, mas igualmente importantes pra mim, lembro dessas épocas com muito carinho.

    Agora, em relação às memórias, eu lembro bastante tanto das coisas boas quanto das ruins. na boa, se duvidar, eu lembro bem mais dos esporros que eu e meus irmãos levávamos do que de algumas outras coisas boas que podem ter acontecido, até porque meu pai era um cara meio grosso e isso marcou um pouco (mas isso é pra outro assunto).

    No geral, concordo com tudo que você citou. Temos jogos excelentes hoje em dia que são ignorados por esses oldschoolnazis, que só acham lindo e maravilhoso aquele jogo que, convenhamos, hoje em dia não vale muita coisa... São eras totalmente diferentes e os méritos devem ser dados a ambas.

    • avatar de Ulisses 8Bit
      Ulisses 8Bit
      03/10/2015 às 03:30:07   localizacao Curitiba - PR
      oldschoolnazis kkkkkkk é a primeira vez que leio esse termo.

      Às vezes o que acontece com a gente que jogou Atari ou Master System na época em que o Master System era o que tinha de melhor no mercado.É que temos a falsa impressão que somos melhores porque chegamos antes.É tipo a síndrome do irmão mais velho, kkkkkk ou do cara da 8ª série(usa-se essa gradação ainda?) que zoa com o coleguinha da 6ª.

      Tem jogador das antigas que se fecha para o novo simplesmente "por que sim". :)

      Eu sempre evito ficar em cima do muro.se gosto, gosto, se não gosto de algum jogo, eu falo.Mas a questão do tempo de forma alguma pode influenciar essa análise.
      Quando isso acontece, aparece os oldschoolnazis, kkkkkk.
    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      03/10/2015 às 09:46:38   localizacao Vespasiano - MG
      Pois é... tipo o povo que fica puto quando eu falo que Mario Kart 64 é uma porcaria u.u
    • avatar de ryonagana
      ryonagana
      04/10/2015 às 16:34:54
      eu so achei facil demais, nao tive muito trabalho em fechar todas cilindradas + modo pista inversa em todas cilindradas, ja no SNES funca fechei 150cc pelo fato da AI do jogo ser muito apelativa e tambem trapacear um pouco
    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      05/10/2015 às 00:26:28   localizacao Vespasiano - MG
      Ryonagana, meu problema com MK64 é a jogabilidade, parece que todas as pistas estão cheia de sabão e você sempre está escorregando o tempo todo.

      Mas sério que teve tanta dificuldade assim nas 150cc de Super Mario Kart? De fato o jogo apela um bocado, mas me lembro que tive mais problemas em abri-la do que fechá-la. Preciso dar um jeito de jogar para relembrar depois, he he he.
    • avatar de Minquis
      Minquis
      20/10/2016 às 10:33:44   localizacao Belo Horizonte
      Belo artigo, gostei muito...
      Sei lá eu sou meio saudosista, vou ser bem sincero este ano eu tive a oportunidade de jogar Cronno Tigger no Super Nintendo pela primeira vez e galera..."EU ACHEI MUITO LOUCOOOOOOO"...serio tem coisa velha que era boa e continua boa...
      Joguei Lords of Fallen também este ano e achei bem fodinha...
      Acho que tem lugar pra tudo, hoje em em dia tem muito jogo ruim na praça mas antigamente também tinha (um abraço dos games: ET Atari, Hong Kong 97 Snes, Super man 64 do N64)como também existe muita coisa boa que vale a pena conhecer que ficou para trás e ainda tem muita coisa boa sendo lançada.
      O lance da dificuldade faz todo sentido mesmo, antigamente a proposta dos games eram outras e a de hoje são totalmente diferentes. Antigamente os games eram muitos curtos o que justificava a dificuldades elevadas, mas nada que com treino não possa ser superada, vide os speedrunners que existem por ae.
      Mas na boa, hoje em dia todos os games tem a opção de dificuldade bem definida. Quer passar um pouquinho de raiva, quer ficar aproveitar um pouco mais o game. Vai lá, passa para o hard. Acho que isso é ser gamer e saber tirar o prazer dos games, afinal eles existem para isso. Entreter e divertir.
      Halo é fácil, jogo no lendário então e fala isso. Rei Leão do Snes e jogo bobinho? Passa da segunda fase lá mano. God of War é só apertar quadrado? Põe na dificuldade Spartana e zera (fiz isto essa semana com o Gosth of Sparta no PSP). Cara num vem nem comentar as fase da motinha dos Batletoods que beiram o absurdo.
      Concluindo minha tagarelice antigamente tinham jogos bons e ruins independente das dificuldades e hoje em dia tem muita coisa boa e sinceramente a maioria que reclama que os jogos de hoje em dia são faceis não tem capaz de alternar a level de dificuldade do game e se diz frustrado.
      Querem um conselho: Aproveitem os bons jogos do passado, esqueçam os jogos ruins. Acham os jogos de hoje em dia muito fáceis, já na primeira jogatina vai no hard sem medo de ser feliz que o jogo tem a obrigação de ser difícil e vai te agradar.
      Então bora lá, vai ser feliz trem e vão jogar.

    Responda!
  • avatar de leandro (leon belmont) the devil summoner
    leandro (leon belmont) the devil summoner
    02/10/2015 às 13:11:56   localizacao Recife-Pe
    Pelo que entendi do texto é aceitar novas experiências de novas gerações. Pode ser um pensamento louvável, mas tem casos a serem exceções.

    Como eu nunca vou aceitar o Lords of shadows como ramificação em castlevania. Sobre o killer instinct novo, é um jogo insano para o gênero, mas ficar comprando personagem desanima. Tanto que o hype do game passou poucos meses APós o lançamento do XONE.

    E os fãs de battletoads que me perdooem, mas eu acho esse game supervalorizado. Como podem ter tanta estima por um jogo onde 99 por cento dos jogadores só chegaram a fase da moto e se passaram foi com muito sacrifício. (até com save state cansa) o pessoal aguarda o mesmo jogo com a mesma dificuldade, mas sera que vai divertir?

    E sobre a estima da Pessoa ter por um game de 8 bits a do que o reboot full HD do mesmo jogo, vai depender. Pois a games que perdem o charme por tentarem levá-los num nova geração.

    Basta ver o que houve com KOF quando inventou de sair do 2D para o 3D... é vão lançar uma nova KOF e o pessoal não está animado

    • avatar de Paulo Aquino
      Paulo Aquino
      02/10/2015 às 20:44:19   localizacao São Paulo - SP
      @Leandro (Leon Belmont) the Devil Summoner

      Pois eu sim torço pra que esse novo KOF seja bom, com todo o hype que se faz em cima do SF5 (longíssimo de mim esperar que fique aquela bosta).

      Sobre terem mencionado a bela Samus Aran, eu mesmo (apesar de nunca ter jogado o jogo em questão) achei o fim o que fizeram com a moça no Other M.
      Perguntem pra SKDLRGL.
      E não é (só) porque eu já "descasquei" muito pra Samus Aran (e vocês já devem imaginar o que eu quero fazer com a Samus Aran)!
    • avatar de Ulisses 8Bit
      Ulisses 8Bit
      03/10/2015 às 03:40:20   localizacao Curitiba - PR
      Bom.No caso dos jogos de luta.Eu pessoalmente não gosto de traduções dos clássicos 2D para 3D.Se o game já nasce em 3D, tudo bem.Mas pessoalmente, eu curto mesmo é jogo de luta em 2D.Eu gosto de Street Fighter e Mortal nas versões recentes, mas juro que não consigo ter o mesmo nível de interação que eu tenho jogando em 2D.
      Tem a ver com a mecânica da coisa mesmo.
    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      03/10/2015 às 12:27:27   localizacao Vespasiano - MG
      @leandro (leon belmont) the devil summoner

      Então, o ponto é justamente esse, você pode não gostar, mas não tem dessa de aceitar, o jogo foi lançado assim e pronto. O que você pode fazer é questionar a qualidade do mesmo.

      @Paulo Aquino

      Controle os seus hormônios homem! hwa hwa hwa

      @Ulisses 8Bit

      Mas a SF e MK novas tem apenas gráficos 3D, a jogabilidade continua 2D. Apesar que sim, eu sou doido para uma SF nova com uma direção de arte parecida com a de SFIII.

    Responda!
  • avatar de Paulo Aquino
    Paulo Aquino
    02/10/2015 às 13:19:25   localizacao São Paulo - SP
    Não sei se esse post iria pra aqueles "coroas escrotos" que ficam de "Ah, hoje em dia só tem modinha!".

    KKKKKKKKK

    E Street Fighter 2 Champion Edition foi o 1° DLC ("viadinho") da história?

    • avatar de Ulisses 8Bit
      Ulisses 8Bit
      03/10/2015 às 03:50:23   localizacao Curitiba - PR
      Rapaz eu já pensei sobre isso.Essa ideia do DLC existe desde os primórdios do videogame, mas ele só se tornou real com o advento da internet.
      Realmente, alguns jogos antigos podem ser considerados como uma espécie de DLC via hardware.Claro,me refiro a ideia da coisa,sabemos que DLC é "downloadable content",mas a ideia, no fundo é a mesma em alguns casos.Quer dizer,manter o jogo e fazer mudanças paralelas, mas não estruturais.
      Claro, este é um tema bem indefinido e cheio de interpretações.Mas com certeza, DLC não é um conceito novo.

    Responda!
  • Muito boa matéria, por acaso também li a Ulisses.

    Rapaz, é tão simples notar todos estes fatos aqui descritos, o que na verdade nos remete aos anos de 80 (no meu caso), não só em games, mas em séries como Jaspion, Spectreman, seção da tarde, tardes na piscina do clube e tantas outras traquinagens da infância, era a magia que envolvia toda aquela fase, a cabeça livre dos problemas que a vida adulta de trás e tantos outros fatores.

    Nostalgia em games, o foco da nossa discução, me vem à memória, dezenas de títulos, Double Dragon III The Roseta Stone (nes 8bits), me lembro que este jogo foi simplesmente épico pra mim, pegue a meses atrás para relembrar e fiquei com vontade de morrer de tão chato que foi, ele foi um excelente game, para o contexto de sua época. Assim aconteceu com tantos outros que resolvi "re-experimentar", mas alguns envelheceram muito bem para mim, como Mario 3, Guns Star Heroes, Duck Tales, Shenmue, Shinobi (Master e mega), Flash Back, Chrono Trigger, vishi, vários!

    Hoje tenho dois consoles novos, experimentei cada bizarrice, mas felizmente fui apresentado ao belíssimo Last of US, Unchated, God of War, Gears of War, Halo, Destiny, Fallout...

    Como você disse, aproveitem o que existe de melhor e Vão jogar, aliás, sexta a noite, chegando da faculdade aso 38 anos, é a minha hora de jogar, fui......

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      03/10/2015 às 10:02:04   localizacao Vespasiano - MG
      Pois é, desse jeito mesmo, quando você não tem mais uma situação nostálgica envolvida e tem toda uma bagagem cultural acumulada ao longo de anos, certos jogos realmente não passam mais impunes. Mas isso não impede que você tenha boas lembranças a respeito dele e nem necessariamente que deixe de gostar dele.

      Bom, e espero que a jogatina tenha sido boa, eu ultimamente quando falo que vou jogar a noite termino desmaiado no sofá com o controle na mão :P

      Abraço!

    Responda!
  • avatar de Ulisses 8Bit
    Ulisses 8Bit
    03/10/2015 às 03:19:30   localizacao Curitiba - PR
    Quem bom que de certa forma eu te motivei a escrever este artigo Tchulangero!Super Feliz aqui pela citação.

    Mas que papo é esse de e-pênis kkkkkkkkkk, pior que tem muita briguinha de "istas" por aí que segue esse argumento, "o meu é maior que o seu" e tals kkkkkk, e mal percebem o dano que é se fechar em defender apenas uma plataforma,por exemplo, lamentável.

    O lance dos nostálgicos de Playstation e Nintendo 64 eu também já percebi.Mas no caso do N64 tem mais um agravante,ele vendeu bem menos que o Play e muita gente não pode experimentá-lo na época...então, para algumas pessoas o N64 se tornou meio que, cult.Por incrível que pareça.

    Essa frase foi ótima:

    "Eu sempre costumo dizer que não existem jogos fora do seu tempo, ou que envelheceram mal, existem jogos bons e jogos ruins"

    É bem isso que eu penso.A questão da data, do tempo do jogo não é relevante.Cada geração possui jogos de vários tipos e sabores.É como a música.Meu TOP 10 de álbuns preferidos vai divergir de muita gente e nem por isso são músicas ruins.
    Jogos é o mesmo.E digo mais, meu TOP 10 de jogos hoje, pode ser bem diferente de um Top 10 que eu faça daqui 3 ou 5 anos,e isso é porque todo dia conhecemos e jogamos coisas novas(não novas de data, mas novas da nossa experiência) e essas listas podem mudar tranquilamente.

    O pior é que essa rixa existe dos dois lados.Alguns jovens entendem qualquer jogo 2D em pixel como lixo.Por puro desconhecimento,não jogaram nada do gênero.
    E os mais experimentados,ou velhacos como eu nos meus 37 anos,às vezes acabamos nos fechando aos consoles antigos e se negando a jogar um jogo de nova geração.Tudo bobagem,tudo perda de tempo.

    Videogame é uma coisa só, é coeso.Acho que é normal ter preferência por um estilo ou época de consoles, mas deixar de conhecer ou pior, criticar jogos sem jogá-los efetivamente, é um erro.E ninguém ganha com isso.

    Eu, pessoalmente não sou muito fã da palavra nostalgia.Eu uso ela, mas tento usar sempre dentro de um contexto que faça sentido.O que eu quero dizer é que o fato de alguém jogar um game de Super Nintendo, não necessariamente é um ato nostálgico, mas sim, o cara está jogando porque é bom.Só isso.Como dito antes, o jogo pode ser bom ou ruim, a data é algo irrelevante neste aspecto.

    Sem desmerecer o sentimento da nostalgia, mas às vezes um jogo velho, é apenas um jogo.

    Curti muito seu texto Tchulanguero!

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      03/10/2015 às 10:14:46   localizacao Vespasiano - MG
      Sim, eu gosto muito de textos relacionados a comportamento e cultura gamer em geral :)

      Mas é exatamente isso, rzs... briga de ego.

      Nintendo 64 eu acho que foi até razoável, por aqui é claro que existiram muito mais PSOnes, mas não era tão impossível achar alguém com N64. Agora, daí para frente esquece, o meu GameCube deve ser o único da cidade, rzs.

      Exato, rola essa mudança de gostos também, tem gente que fica presa a certas coisas por achar que não pode mudar, mas cara, mudar os gostos e opiniões ao longo do tempo e necessário para o nosso próprio crescimento.

      Sobre essa briga dos dois lados, quando é alguém mais novo falando mal de um jogo antigo eu nem ligo muito, afinal nós sabemos como adolescentes são, mas quando é um cara mais velho com esse pensamento que é meio zoado.

      Mas nostalgia tem haver com lembranças e os sentimentos que elas despertam, o jogo nesse caso, é só o objeto chave que liga isso na nossa cabeça. Por isso que você pode ter um puta carinho por um jogo e eu não, pra você ele pode trazer a tona uma série de lembranças e para mim é apenas mais um jogo, e é isso que muitos não entendem, esse tipo de sentimento é muito particular, não dá para esperar que os outros compartilhem dele.

      Valeu cara, abraço!

    Responda!
  • Nostalgia é algo perigoso se for levado como critério, diferente da revisitação. O passado teve muita tranqueira e coisas injustas, assim como atualmente temos nossos dilemas, mas se você for fuçar períodos anteriores agora tendo os meios de enxergar tudo de uma forma total, percebe erros grosseiros atualmente.

    O primeiro choque é constatar que o critério gráfico/cut scenes + encheção de linguiça foi catapultado ao máximo desde a adoção do CD. Um choque grotesco é reparar como um jogo em cartucho ou disquete tinha kbs de tamanho e um disco tinha um assombroso espaço com centenas de mbs. Daí o que precisava fazer? Quintuplicar a quantidade de fases, aumentar os limites do cenário, melhorar a IA ou mesmo antecipar o conceito sandbox, certo? Não! Melhor entupir com animações e entulhar de musica sendo que o jogo na tal mídia era minúsculo.

    Maior exemplo disso são os Metal Gears do MSX com a sequencia Solid de PSX copiando tudo de dois jogos 8 bits com mapa menor entulhado de teorias malucas dignas do Zeitgeist.

    O mesmo vale pros que tentam replicar exatamente as mesmas budegas velhonas adicionando uns modos extras com gráficos exorbitantes e assim ser cobrado um dinheirão das vítimas.

    Todo jogo atual não presta? Claro que não, existem ótimos jogos no mercado, mas a maioria ainda continua no conceito do sandbox que se for analisar não é tão livre assim, na verdade é um bolsão de ar contendo muito cacareco e um gargalo estreito em que o jogador dificilmente poderá burlar regras ou ter inúmeros finais.

    Fora que hoje os jogos estão caríssimos e ainda são defeituosos quando não são esmolados por serviços estilo kickstarter.

    O videogame se for reparar era também uma maquina inútil, resistente em sentido por esse tal veneno nostálgico, apenas se salvo pelas exclusividades. Hoje sua redundância foi agravada por aderir interface de sistema operacional. Ora, se o videogame era pra capar qualquer configuração, então hoje sai melhor ter um PC, ainda assim caro pra quem fizer uma configuração dita "PC gamer".

    Os indies também não fogem dessa regra, você tem ótimas ideias e também aqueles que costuram coisas das franquias antigas na cara dura com a pastiche de terem as atribuições passadas ruins, como dificuldade insana pros clientes falarem que são "heartcurry", "oldskull".

    Aí vem o lance da "arte", a maioria ainda só recorta elementos das outras mídias e até menospreza o poder de interação do usuário. Se o cinema e quadrinhos quebraram tabus e eram vistos extremamente como elemento descartável pela indústria, por que os jogos também não apresentam concepções anti establishment? Por que não amadurecem a mídia apresentando coisas que demonstrem outras facetas além do singelo entretenimento ou espírito competitivo?

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      05/10/2015 às 00:23:00   localizacao Vespasiano - MG
      Sobre gráficos, é fácil entender o motivo. Na real, este aspecto dos jogos sempre foi muito explorado, tanto antes como agora. Um bom gráfico é a melhor maneira de vender um jogo, nós seres humanos somos altamente dependentes do sentido da visão, é uma técnica apelativa, mas que funciona. E tudo piora quando os jogadores incentivam essa prática, vide a guerra (inútil) de PC x Console.

      Repetição de fórmulas de sucesso também sempre existiram. Sandbox e FPS são a bola da vez, mas não se esqueça dos inúmeros jogos de plataforma que vieram no encalço de Mario. O próprio Sonic surgiu nessa levada, a nossa sorte é que nesse caso se tratou de uma produção competente, mas essa foi mais uma exceção.

      Máquinas dedicadas sempre são melhores do que as multi-tarefas, mas sim, essa geração forçou a barra com essa questão de aproximar o console do PC, muito pela pressão das desenvolvedoras. Até hoje a adoção da arquitetura x86 gera muitas discussões a respeito.

      Sobre essa questão de arte, é um outro papo bem complexo também, mas eu diria que existem sim jogos que buscam essa ruptura, mas que por não serem comerciais, muitas vezes acabam fugindo do nosso radar. Porém de fato, são uma minoria.
    • Realmente, essa parte visual merece um estudo a parte. Evoluíram muito o conceito estético para os jogos ou pelo menos conseguiram transferir as técnicas das demais áreas para os videogames de forma (aparentemente) satisfatória.

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  • avatar de Gamer Caduco
    Gamer Caduco
    05/10/2015 às 20:13:37   localizacao SP
    Porra, Tchula! Tem um problema gravíssimo no seu texto... vc deveria ter começado ele com uma foto sua no estilo da de baixo:

    url imagem: 2.bp.blogspot.com/-TqJMo2UTSOw/VANl4nuPdKI/AAAAAAAAjRI/aSYcOrHveZ0/s1600/n%C3%A3o%2Bcara%2Bque%2Bloucura%2Bcomo%2Bvoc%C3%AA%2B%C3%A9%2Bburro%2Breaction.jpg

    Ficaria muito foda... hauhuahauhauhuaahua

    Como disse no Alfacebook, eu comecei um texto sobre Nostalgia, tiveram 3 revisões e ficou enorme e confuso, então desisti dele. Outro motivador é que eu cansei de tentar fazer a ponte ou meio de campo entre os velhos chatos e os novinhos pentelhos, mostrando que existe coisa boa (e ruim) em todas as gerações. Alguns velhos não entendem o sentido da palavra nostalgia, basicamente a saudade que a gente não vai conseguir matar nunca e que tá "contaminada" apenas pelas boas lembranças. E alguns novinhos não entendem que nas gerações anteriores os conceitos eram outros e que sim, existe muita coisa boa dentro desse contexto mais desafiador (que visava segurar por mais tempo os jogadores, é verdade, mas nem vou entrar no mérito, vc já falou no texto).

    Ou seja, eu basicamente concordo com tudo que vc disse no texto. Ou quase.

    Aposto que não, mas talvez vc se lembre que eu já tentei fazer uma série de posts que falava sobre tudo isso. Dificuldade não ser necessariamente sinônimo de diversão (embora possa ser divertido) e o preconceito idiota de jogadores versus jogadores. Tem pelo menos uns 4 textos sobre tudo isso lá no meu futuro ex-blog.

    O que mata é esse sentimento maluco de "o velho é melhor" versus "credo, coisa antiga, que zuado" acontece em TODAS as formas de entretenimento que eu me meti a besta de acompanhar durante a vida. Filmes, séries, música (em especial, eletrônica... que vc deve detestar, mas eu vivenciei isso muito fortemente), quadrinhos... e por aí vai. Logicamente atingiu videogames também, talvez com mais força que os demais citados. Isso tudo anda me cansando. E muito!

    Os dois são importantes: os antigos por questão histórica e por saber que existem medalhões que não jogamos e ainda podemos curtir. Os novos porque... bem, se novidade não fosse importante, estaríamos jogando Pong até hj, não? Enfim...

    O que eu não concordo do texto é quando vc diz que é "um fato" que Battletoads tenha um game design ruim, como vc já bem esperava que viesse na minha resposta (falamos recentemente sobre isso no Twitter se não me falha a memória). Frustrante e punitivo sim são fatos, mas game design ruim não. Eu prefiro acreditar que essa seja sua opinião (e eu respeito, de verdade), mas não concordo que seja "um fato" pq prefiro avaliar o jogo dentro dos conceitos da época e a intenção dos produtores e programadores. E não adianta falar pra mim que estou sendo nostálgico aqui, eu joguei este jogo pela primeira vez perto dos 30 anos, também fiquei enroscado na Turbo Tunnel e não tive paciência pra seguir em frente. Mas respeito a decisão que eles tomaram. Gosto também do fato deles terem colocado vários "estilos de jogabilidade" / desafios diferentes dentro do jogo, foi uma decisão inteligente por deixar ele menos cansativo (já não basta repetir inúmeras vezes as mesmas fases). Tem uma falha grotesca de design nele que é o lance dos continues multiplayer, mas fora isso não vejo nenhum grande problema com o jogo, já que ele te dá chance de ter reflexo e/ou pensar rápido no que fazer, diferente de um "Asshole Mario" da vida que te coloca blocos invisíveis em cima de buracos por pura sacanagem. Outra coisa, eu não tenho nenhum carinho especial por esse jogo não, nunca terminei, não sei o nome dos sapos, não lembro qual a história e vai demorar até eu reunir paciência suficiente pra jogar o suficiente pra tentar terminar. Mas reconheço que teve uns toques de genialidade sim, novamente considerando conceitos da época. Concordo que é um título bem elitista e tal, mas não que tenha um game design ruim pra época. Concordo que os conceitos ficaram um tanto quanto ultrapassados, mas os caras não sabiam disso quando o jogo foi idealizado. É quase como falar que os filmes do Chaplin são ruins pq não tinham vozes. Quando na verdade ele foi genial com os recursos e conceitos da época, sacanagem comparar com os filmes de hj. E tem muita gente que faz... apoiando um ou outro lado. Afinal, não se faz mais comédia como antigamente (diriam os velhos chatos que não acham nada mais engraçado).

    Agora, falar que isso "é jogo de verdade", ou "jogo pra macho" ou qualquer coisa assim eu acho besteira. Sei que tem gente que gosta de superar desafios e que fica entediado com coisas, por exemplo, mais focadas em enredo. Mas cada cabeça é uma sentença, né? Se a pessoa curte jogos assim, que pelo menos respeite quem gosta de outros tipos de experiência. O que eu mais gosto dessa evolução da indústria é realmente isso: a possibilidade de trazer mais pessoas pros jogos. Falei num dos textos que jogos mobile ou de Facebook podem ser porta de entrada de muita gente nos jogos e que isso só fortaleceria mais a indústria, mas as pessoas continuam achando que as empresas vão tudo migrar pra essas plataformas e que a "verdadeira essência" dos videogames será perdida. Galera maluca, esquecem que tem empresas e desenvolvedores independentes fazendo jogos pra tudo quanto é gosto por aí.

    Povo tem mania de querer se sentir diferente, aí começa essa palhaçada toda. Aí vc resolve fazer review de um jogo das gerações mais recentes, ninguém lê ou comenta pq "ain credo, jogu novu... num kéru". Aí vc resolve fazer um de antigo pra ver se pelo menos chama público e começam os "afff... que merda de gráfico é esse? jogo ultrapassado". Cansado disso tudo e das tentativas frustradas de tentar unir mais essa galera. Cansado de verdade.

    Chega, vou lá voltar pra minha vida patética e não vou jogar pq não tá dando muito tempo pra isso ultimamente... huahuahuahua

    Ótimo escrito, sempre bom trazer essas pautas pra discussão.

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      12/11/2015 às 18:43:20   localizacao Vespasiano - MG
      Vilxi, testamento do Caduco, deixa eu ler aqui...

      Hwa hwa hwa, pior que dá para fazer uma bem parecida mesmo, cabelo igual :P

      Cara, você tem que largar mão disso e terminar os seus textos.

      Eu já passei da fase de detestar estilos musicais, eu no máximo não gosto deles... mentira, aqueles CDs com músicas de time de futebol me irritam profundamente, rzs. E eu de fato não curto música eletrônica, mas... a trilha sonora de REZ é linda!
      Sobre Battletoads nós já conversamos pessoalmente na BGS, então nem vou me alongar aqui, rzs... mas só para ficar registrado, os trechos em que não importa o seu reflexo, você nunca vai conseguir passar sem decorar é que quebram esse jogo para mim... mas eu tenho um carinho muito grande por ele, fez parte da minha infância.

      Esse elitismo aliado a conflito de geração é um saco mesmo, mas como você mesmo disse, ocorre em várias outras áreas, não é exclusiva dos jogos. Um dia eu ainda faço um estudo sobre isso, a sério.

      Que isso rapaz, vida patética não, no máximo cansativa, mas é uma fase, depois passa... só decorar de onde vem os obstáculos :P

      Valeu Caduco, abraço!

    Responda!
  • avatar de helisonbsb
    helisonbsb
    05/10/2015 às 23:00:54
    fala galera! eu sempre falo bem dos jogos antigos,,, tenho saudade dessa fase 8 e 16 bits...a fase DOS dos PCS me trazem boas lembranças também,,,,bons tempos,,,jogos atuais só no pc mesmo,,,sai mais barato para o meu bolso,,,,interação, internet, música, filmes online é tudo num só mesmo,,,fica mais fácil porque eu não tenho tanto tempo para sentar no sofá e ligar o video game na televisão,,,tá dificil,,,o que posso dizer é que já vi muita gente passar raiva no bom e velho batletoads do 8 bits... e muita gente falando que os jogos de hoje são um tipo de quebra cabeça,,, os jogos de antigamente necessitava mais de bons reflexos e decoreba nos movimentos dos personagens e inimigos,,,, no atari era mais divertido por ser mais simples determinados jogos... opiniões a parte,,, sim, jogo desde a época do atari até hoje,,, e hoje tá mais caro para jogar video game do que antigamente,,, a verdade é que os jogos de hoje são mais elaborados em seus enredos e produções,,,, ao contrário de antes que as produtoras pensavam mesmo em como criar jogos com as suas limitações de 8 e 16 bits...lembro que o snes em seus cartuchos: mega man x, star fox, doom e outros, vinham com chips especiais para melhorar ou conseguir um efeito melhor para o jogo,,,,foi uma época bem inteligente em termos de não alterar a estrutura interna do video game,,,,nada de acessório,,,apenas o cartucho vinha com o chip...exemplo bom era o star fox com o chip super fx...saudades,,,, e hoje vejo que com toda essa tecnologia as produtoras podem fazer um ¨star fox¨ muito mais elaborado graficamente ... todo mundo vai ter boas lembranças com o video game,,, valeu

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      12/11/2015 às 18:47:39   localizacao Vespasiano - MG
      Acho que todo mundo que hoje está mais velho já possou por isso, de ter que se adaptar por questões de tempo e grana.

      Sobre essas fases do desenvolvimento dos jogos, tudo vai de acordo com a necessidade da época. Embora existam jogos que tenham mais essa pegada de dificuldade hoje em dia também, como Dark Souls, imagine se todo jogo de hoje, com seus mapas gigantes e complexidades fossem infernalmente difíceis? Eu sinceramente acharia um grande pé no saco, he he he.

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  • avatar de Kratos Vudu
    Kratos Vudu
    04/11/2015 às 18:42:05   localizacao Fortaleza - CE
    Ótimas palavras Tchula!

    Confesso q sou bem Nostálgico sim, mas certamente não chego ao ponto de perder o presente (e futuro) por causa do passado. Uma vez ou outra gosto de pegar os jogos q mais me marcaram e simplesmente jogar um pouquinho, apenas pra ter a lembrança. Isso faz bem.

    E eu não tenho preconceito nenhum com jogos, quais quer q sejam, eu apenas não tenho as oportunidades q gostaria de ter (vários consoles).

    Dá uma olhada nesse vídeo (antigo): goo.gl/aoU6Ug
    São apenas uns 6 minutinhos e o q esse cara fala a respeito do gênero musical é bem parecido com o cenário dos jogos (à respeito das pessoas).

    Valeu! Abraço!

    • avatar de Rafael "Tchulanguero" Paes
      Rafael "Tchulanguero" Paes
      12/11/2015 às 19:01:30   localizacao Vespasiano - MG
      Iaê Xará!

      Sim, claro que aqui eu falei de jogos, mas em música isso acontece muito também, sempre tem a galera xarope que tem que reclamar de tudo.

      Mas por outro lado, tem uma semelhança entre jogos e músicas que eu acho bem legal, que é a possibilidade de renovação através da galera independente. No vídeo o cara fala sobre a morte do metal, mas sempre existe a possibilidade de uma banda surgir do nada, conquistar um público mais mente aberta e se expandir, até mesmo criando um novo gênero, deixando de lado o pessoal preso ao passado e seguindo em frente.

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